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quarta-feira, janeiro 14, 2015

Capítulo 35

-Nossa, tão cedo e já estão de pé? –Alexandra perguntou assim que os viu descendo as escadas. –Vão sair?
-Vamos trabalhar. –Z disse.
-Mas hoje é sábado e ontem foi o aniversário da Vanessa. –Gabriela disse.
-E nós comemoramos e ela tirou folga.
-Hoje continua sendo sábado.
-Eu preciso trabalhar para viver, baby. –V disse sorrindo.
-Não precisa não.
-É verdade, mas eu gosto de me sentir útil. Nos vemos as sete. –Ela avisou abraçando um por um.
-Não vai almoçar com a gente? –Alexandra perguntou.
-Eu nunca almoço em casa.
-E você, Zac?
-Só almoço quando tenho tempo. –Ele respondeu.
-É por isso que vocês estão tão magros.
-Na verdade, eu ganhei peso. Nunca comi tanto. –V disse.
-Os exercícios também ajudam a aumentar a massa muscular.
-E eles já podem parar de fazer isso. Algumas roupas não estão mais fechando.
-Talvez você esteja grávida. –Jason disse fazendo o casal se entreolhar antes de cair na gargalhada.
-Obvio, porque eu não pensei nisso? E ainda tenho que procurar o pai, olha só que absurdo. –V disse brincando.
-Eu te falei pra usar proteção. –Z disse.
-Você me abandona as noites porque quer, a culpa é toda sua.
-Foi você mesma que disse que não queria ir.
-E não quero mesmo. Vou fazer o que lá? Fica vendo você ser útil enquanto aquelas mulheres babam em você? Não, obrigada. Prefiro ficar aqui com a minha mão.
-Pois então não reclame. Onde está a Leslie?
-Regando as flores. –Tyler disse e Zac foi ao encontro da governanta. –E então?
-Então o que? –V perguntou pegando o que deveria ser o seu lanche no balcão da cozinha.
-Vocês dois...
-Nós dois o que?
-Ah, Vanessa. Vocês estão noivos. Vai negar agora?
-Negar o que, Gabriela?
-Que vocês transam.
-Isso nunca aconteceu.
-E estão noivos porque então?
-Ele que me pediu em noivado, pergunte a ele.
-Vou fazer isso mesmo.
-À vontade, mas depois não venha reclamar que ele foi grosseiro. –V avisou vendo Zac surgir pela porta lateral. –Vamos?
-Vamos.
-Vocês não vão tomar café? –James perguntou.
-Já tomamos no quarto.
-Vocês transam, não é? –Gabriela disparou. –Qual o problema de negar? São maiores de idade, vivem juntos, estão noivos... Só confessem.
-Porquê isso seria da sua conta? –Z perguntou ríspido.
-Não é, mas...
-Fim de papo. Nos vemos no jantar. –E saiu puxando a Vanessa para fora da casa. –E então?
-Não tenho culpa, juro. Ela ficou me perturbando e eu disse pra ela perguntar pra você, mas não achei que ela teria coragem.
-Ela é tão curiosa.
-Mau de ser filha única. Gosta de saber de tudo de todos.
-Você é filha única e não é assim.
-Como você também é filho único e é assim, intrometido.
-Eu só preciso saber para proteger você.
-E ela precisa ocupar a mente.
-Não me importo, ela tem que aprender a se controlar. –Disse fechando a porta do carro. –Vai treinar?
-Não, o James me ligou avisando que vou precisar participar de uma reunião hoje de manhã.
-Com quem?
-Não faço a menor ideia. Ele queria me levar, mas eu disse que você podia fazer isso.
-Certo. A gente almoça junto hoje?
-Eu não sei, talvez ele queria treinar nesse horário para compensar o tempo perdido.
-Qualquer coisa me avise.
-Ok. –E ficou em silêncio. Vanessa estava normal pela manhã, mas agora parecia distante, como se o evitasse. O que será que tinha acontecido? Ela era naturalmente tagarela e agora estava assim, calada e quieta.
-O que houve?
-Nada.
-Você está quieta demais.
-Eu só estou pensando como que vai ser.
-A reunião?
-Nós dois.
-Nada mudou.
-Estamos namorando e agora é real, algo concreto. Sem planos malucos ou mentiras desnecessárias. Estamos juntos, o verdadeiro Zac e a verdadeira Vanessa.
-E isso te confunde porquê?
-Não sei. Parece algo tão errado, mas eu sei que não é. Eu gosto de você, mas sinto que estou traindo meus amigos.
-Eles sabem do nosso relacionamento.
-Acham que estamos noivos e que namoramos há meses quando na verdade não tem nem horas. Mal nos conhecemos.
-Eu te conheço melhor do que você imagina.
-Você me entendeu.
-Não, você que não me entendeu. Existem pessoas que convivem diariamente a diversos anos e ainda assim são completos desconhecidos. Hoje fazem sete meses que nós nos conhecemos naquele beco e que você passou a dormir comigo. "Namoramos" há seis meses e duas semanas e eu posso te responder qualquer pergunta a seu respeito corretamente.
-Cor favorita?
-Vermelho.
-Comida?
-Sushi.
-Bebida?
-Vinho tinto. –Suspirou. –Sei de coisas simples e de coisas pessoais como que sua média foi de 7.1 no colegial e de 7.9 no curto período de faculdade.
-Isso vocês todos devem saber já que me acompanhavam a distância.
-Mas existem outras coisas que só eu sei: você sente falta da sua mãe nas noites chuvosas, mais do que admite sentir; você dorme do lado esquerdo da cama; também escova bem os cabelos antes de se deitar; não tem medo do escuro, mas tem de altura; prefere lê do que escrever; adora borboletas... Acredite em mim quando eu digo que sei muito sobre você.
-Algumas coisas são bem óbvias para quem convive comigo, mas o da minha mãe...
-Você me confessou uma vez enquanto dormia.
-O que mais eu te falei?
-Muitas coisas. Eu não precisei vasculhar nada a seu respeito, você mesma me contou.
-Inconcientemente.
-Mas contou. –Suspirou. –Você está arrependida?
-Não, só estou com medo.
-Não vão nos matar por estarmos juntos, Vanessa.
-Então por quê nós não contamos?
-Eu tenho meus motivos.
-Você tem vergonha de mim?
-Essa é a coisa mais estúpida que você já disse. –Z disse a repreendendo. –Não, eu não tenho vergonha de você.
-É o que então?
-Eu conheço meus colegas de trabalho. Eles não vão saber lidar com isso e eu não quero problemas pra você, ainda mais agora que você vai passar a frequentar a agência.
-Que tipo de problemas?
-Piadas, repreensões, desaforos, intromissões entre outras coisas. Eu não quero que nós nos afastemos.
-E porquê você acha que isso pode acontecer?
-Primeiro: eu não acho, tenho certeza. Alguns agentes me detestam e você começaria a ficar perturbada e se afastaria de mim por desconfiança. Eles podem ser muito manipuladores quando querem. Segundo: o Agente Smith pode vê isso como um problema e me mandar pra longe daqui por tempo indeterminado. Não existe uma regra clara que diga "são proibidos relacionamentos amorosos entre os agentes" mas nós sabemos que devemos evitar para não corrermos o risco de problemas pessoais atrapalharem no desempenho do serviço.
-Mas a CIA...
-A CIA permite porque eles pensam de outra forma, mas claro que é em benefício próprio como também existem regras. O casal não se limitará a executar apenas atividades em conjunto, mas também com outros agentes do sexo oposto para não haver nenhum problema de desconfiança e é claro, tem uma meta de tempo no serviço e que tipo de serviço e etc.
-Interpol? SWAT?
-Vanessa, não se preocupe tanto. Não é você mesma que disse que gosta de viver um dia de cada vez? Se precisarmos sair do FBI, nós saímos e arranjamos outro lugar.
-Mas você ama seu trabalho.
-Eu posso continuar no meio sem problemas, mas em outro sistema, não sei. Isso não é importante agora. Nós precisamos encontrar o Flecher e prendê-lo, e aí sim nós pensaremos em um futuro.
-Se você acha que é melhor assim...
-Muito bem. Nada de contar isso pra ninguém, ouviu? Não deixe escapar nem sem querer para quem quer que seja. Eu só quero te proteger.
-Tudo bem, eu me calo.
-Ótimo. Se precisar conversar com alguém é só me procurar. Não sairei de perto do celular, por isso, entre em contato comigo caso algo estranho aconteça. Qualquer coisa mesmo, ouviu?
-Eu entendi, Zac.
-Acho bom. –Ele disse desligando o carro. –Quer que eu fique com você até o Agente Franco aparecer?
-Não se preocupe, vou ficar bem. Ele já deve está chegando ou até mesmo aí.
-Nessa, o Agente Franco é tudo, menos pontual, muito menos no sábado de manhã. Dificilmente ele já está aí. Tem certeza de que não quer que eu fique com você?
-Tenho. Você não tinha um projeto para apresentar?
-Posso chegar atrasado.
-Não acho que seria uma boa ideia, muito menos depois de ontem. Eu te vejo no almoço, talvez.
-Vou esperar sua mensagem. –Z disse saindo do veículo e Vanessa fez o mesmo. Deram as mãos e logo entraram no prédio. Esse era mais moderno do que a loja de conveniência da França. Z cumprimentou algumas pessoas pelo caminho e seguiu para o elevador sem soltar a mão dela em nenhum momento.
-Não será melhor esperar aqui? –Ela perguntou.
-Você espera na minha sala, é mais seguro. –Ele disse e V revirou os olhos. As pessoas falariam dos dois de qualquer maneira, ela conhecia a reputação dele, sem contar que nunca tinha entrado naquele lugar. Zac sempre a deixava trancada dentro do carro. Bufou enquanto esperava o elevador chegar no andar escolhido.
-Quantos andares tem esse prédio? –Ela perguntou.
-Qual o problema?
-O problema é que eles vão falar, afinal, sou a filha do Gregory e você é o gato e perverso que virou meu protetor.
-Para alguns, não esqueça.
-Isso é bastante confuso. Como vou saber se me conhecem como Anne ou Vanessa?
-Só responda por Anne Efron ou até mesmo Efron. A Vanessa Hudgens ficou lá fora. Você é minha irmã que ficou distante de toda essa vida durante anos para todos que perguntarem. Somente os que trabalham diretamente no caso sabem a verdade, mas isso não significa que você pode sair respondendo sempre que te chamarem pelo verdadeiro nome. Ignore caso surgirem erros do tipo e saiba improvisar.
-Tudo bem. –Bufou novamente.
-O que foi agora?
-Nem um beijinho de despedida?
-Você beijaria seu irmão?
-Provavelmente. Não vejo problemas em selinhos de carinho.
-O problema é que você não se contenta com um selinho. Não posso arriscar.
-Tudo bem. E as escutas da casa?
-Eu vou manda alguém instalar o material novo hoje.
-E os meus amigos?
-São sistemas de segurança, Vanessa. Não haverá problemas nisso.
-Espero. –As portas do elevador se abriram e Zac a levou por um longo corredor. –Aqui é tão deserto.
-Somente os agentes seniores tem acesso a essa parte da empresa. –Ele disse abrindo uma porta. –Essa é a minha sala. Vou avisar ao Agente Franco que você está esperando ele aqui.
-Só um beijinho.
-Vanessa!
-Meu nome é Anne, irmãozinho. –Ela ironizou. –Tenho certeza que não tem câmeras e nem escutas na sua sala.
-E não tem.
-Só um beijinho, eu prometo.
-Eu não sei.
-Que tipo de namorado não beija a namorada?
-Minha namorada está lá fora.
-Por favor. –Ele resmungou algo que ela não entendeu e se inclinou tocando-lhe levemente com os lábios.
-Primeira e ultima vez. Não podemos correr riscos.
-Tudo bem, maninho.
-Sou o mais velho.
-Por parte de pai, né?
-Você aprende rápido.

Zac a deixou sozinha e foi para a sala de reunião que ficava no andar de baixo para apresentar seu projeto. Vanessa, no entanto, não aguentava mais esperar e resolveu explorar. Abriu as gavetas e procurou nas estantes alguma coisa que lhe desse mais informações sobre o noivo "barra" irmão "barra" namorado. Não achou nada além de papéis e plantas de planos de fulga e invasões. Devia ser a especialidade dele, o que lhe deixava mais balançada já que isso não tinha nada a ver com proteger alguém. Ela devia tratá-lo melhor. Revirou na mesa principal e decidiu ligar o computador. Alguns segundos depois o monitor acendeu e pediu uma senha. Claro, ela deveria ter imaginado. Pegou o celular no bolso da calça e abriu as mensagens.

"Estou entediada e cansada e o Franco ainda não apareceu. E como vai a sua reunião? Espero não está atrapalhando. Qual é a senha do seu computador?
Xx V"

"Querida irmãzinha, eu avisei. A reunião está indo bem, já consegui quatro dos nove votos para a aprovação do meu plano. Você sempre me atrapalha, mas eu gosto. Não tenho costume de passar meus dados pessoais, mas só farei isso por que você está entediada. 01401812108887. Por favor apague a mensagem.
Xx ZE"

Vanessa analisou os números, mas deu de ombro. Devia ser coincidência a sua data de nascimento está no meio dos números. Apagou a mensagem logo após digitar os números. A imagem de fundo era de um cavalo correndo livre em um campo. Haviam algumas pastas espalhadas pela área de trabalho. Abriu uma aleatoriamente e se deparou com outras pastas e diversos endereços em ordem alfabética. Os países eram aleatórios. Fechou e resolveu ir em outra. Era praticamente a mesma coisa, mas em vez de endereços eram nomes de pessoas. 
Procurou pelo seu e logo encontrou. Deu dois cliques e a pasta mostrou outras cinco intituladas "fotos"; "informações jurídicas"; "informações pessoais"; "informações públicas"; "vídeos". Decidiu abrir fotos e mais pastas, mas com datas. "1990-2000"; "2001-2005"; "2006-2011". Desfez a ação e foi em vídeos. Lá estavam, mais pastas. "Com amigos"; "Colegas de trabalho"; "Sozinha"; "X-namorados zzz". Ela riu com a ultima pasta. Então ele achava tedioso os seus relacionamentos? Interessante. Retrocedeu novamente e clicou na pasta "informações pessoais". Hm, interessante. Encontrou cópias de sua certidão de nascimento, dados do banco, da escola, da faculdade, lugares aonde trabalhou, países aonde foi, plano de saúde e outras diversas coisas que ela não via motivo de alguém se interessar. 
Decidiu rever novamente a pasta de ex namorados. Lá estavam, todos os quinze namorados que teve durante a vida. Alguns nem chegaram a ser namoro e sim uma curtição, mas estavam lá. Fotos de passeios, cópias de cartas e bilhetes trocados, o tempo de duração e até mesmo flagras de beijos. Tudo era explícito e abusivo demais. Bufou. Foi em vídeos e lá estavam as cópias dos vídeos que Zac comentou uma vez. Seu primeiro beijo, primeiro encontro, primeiro dia no trabalho e flagras da noite do baile da escola. Somente um não possuía nome e ela resolveu clicar. 
Pela imagem ruim deveria ser de alguma câmera de segurança. Ela se lembrava daquela noite. Estava chovendo e ela tinha esquecido a carteira na cafeteira. Juan Pablo, seu ultimo namorado e provavelmente o "Pablo" que tinha tentado encontrá-la na república, surgiu no vídeo atrás dela. Ela não se lembrava muito daquela noite. Tinha bebido e discutido com ele. Ele a puxou e eles logo trocaram um beijo apaixonado. Ela não se lembrava da cena, mas era óbvio o que estava vendo. Eles andaram um pouco mais e logo entraram em um apartamento, fazendo ela arregalar os olhos. Acelerou o vídeo e lá estava ela saindo duas horas depois e entrando em um táxi. Mas ela não se lembrava daquilo. Não, não não não e não. Não podia ter acontecido, ou podia? Não, ela era virgem ainda. Ou será que não? 
Um turbilhão de ideias atravessou a cabeça da morena que fechou todas as pastas e desligou o computador as pressas. Não, ela não podia ter feito... com ele. Precisava saber. Nina, ela saberia o que fazer. Droga. Elas tinham discutido e ela havia desaparecido depois do pedido. Bufou. Era ela ou Ian. Discou o número e a voz feminina logo atendeu.

-Alô?
-O que houve?
-Ressaca. Quem está falando?
-Sou eu, Vanessa.
-O que foi?
-Eu preciso falar com você. Tenho uma dúvida de uma noite da época que você ainda era da república. Podemos nos encontrar?
-Aonde você está?
-Na agência.
-Estou de folga hoje.
-Durante o almoço?
-O seu noivo não vai se irritar?
-Me diga você, ex namorada.
-Não comece.
-Idem. E então?
-Te mando mensagem avisando o horário.
-Certo.

Ela suspirou e desligou. Nina deveria saber já que estava lá para protegê-la. Franco apareceu minutos depois colocando a culpa no trânsito. Se dirigiram para uma reunião e ela só ouviu Walter falar por duas horas sobre alguma missão que eles participariam de longe. Após pegarem os equipamentos, Franco a levou para o ginásio para treinarem. Ela estava realmente pegando o jeito da coisa. Durante um intervalo ela recebeu a mensagem de Nina informando o horário.

-James, eu vou almoçar com a Nina. –Ela disse casualmente.
-O Efron sabe?
-Estou cuidando disso agora.
-Você quem sabe.

"Não posso almoçar com você. Te recompenso no jantar.
Xx AE"

Zac riu para o visor. Respondeu com um simples "ok" e voltou as suas pesquisas. Então, o tal de Pablo tentou manter contato com a Vanessa. Tirou o telefone do gancho e discou o código da sala de Ian.

-E então? Conseguiu o que eu te pedi?
-Calma, Efron. Você só me deu um nome e um número.
-É o suficiente para rastrear.
-Não se o telefone está desligado.
-Fez as buscas?
-Sim. Ele comprou uma passagem para São Francisco, América, mas ele tem parentes por aqui.
-Duvido que seja uma visita familiar.
-Está com medo da sua "noivinha" ter uma recaída?
-Não, palhaço. Ele pode chamar a atenção.
-Não se preocupe. Vou tentar novamente mais tarde.
-Me mantenha atualizado. –E desligou. Não, o ex não podia estar somente fazendo uma visita casual. Droga!

[...]

-Já estou indo, James. –Ela gritou assim que ouviu a buzina.
-Tome cuidado.
-Não se preocupe. Logo estarei de volta.

Acenou é se dirigiu para o conversível.

-E então? O que é tão urgente? 
-Longe das escutas.
-Nossa, está sabendo de muita coisa, futura senhora Efron.
-Anne Efron, querida. Anne Efron.
-É claro. –Nina pisou fundo. Quinze minutos depois elas estavam entrando em um restaurante que ficava no subúrbio. Sentaram-se mais afastadas e logo fizeram os pedidos. –Estou curiosa.
-Você se lembra do Pablo?
-Seu ex?
-Isso.
-O que é que tem? Não me diga que ele tentou manter contato?
-Sim, tentou, mas não é sobre isso que eu quero falar.
-Pois então diga.
-Tudo bem. –V respirou fundo antes de continuar. –Bem, eu estava vendo uns vídeos no computador do Zac...
-Mexendo em informação confidencial.
-Minhas informações. Bem, eu achei um e eu não me lembrava daquele dia. Eu estava de porre, acho.
-Eu acho que sei qual é. Você chegou de madrugada pra lá de bêbada e foi direto pro quarto.
-E você não foi atrás?
-Eu fui e nós conversamos. Você falou tanto.
-Nina, no vídeo eu fiquei no apartamento dele por quase duas horas.
-Eu acho que sei o que você está querendo saber.


-E então? –Ela perguntou esperançosa.
-Eu realmente não sei, Vanessa. Eu não me lembro. Você falou muita coisa.
-E agora? –Choramingou.
-Só a um jeito de saber.
-E o que é? Eu faço qualquer coisa.
-Precisamos ir em um ginecologista. Só ele pode dizer com certeza se vocês... Bem, você sabe. Você não lembra de nada mesmo?
-Não.
-Bem, reze bastante. Deve ser péssimo não saber se perdeu a virgindade.
-Preciso parar de beber.
-Precisa mesmo. –Nina disse contendo um sorriso.
-Isso não tem graça.
-O Zac deve está subindo pelas paredes.
-Ele não sabe.
-Agora faz sentido o por que de você ter me chamado. Bem, querida amiga, só vejo essa solução. Ele vai matar você.
-Eu acho que ele meio que desconfia já que não suporta o Pablo.
-Futuro finado Pablo. Eu acho que existe uma grande chance de ter acontecido por que você era muito apaixonada por ele e bem, estava bêbada. Sem contar que você ficou estranha demais depois e ele também. Parecia seu dono.
-E foi por isso que eu terminei. Ele queria que acontecesse e eu não quis.
-Bem, pode ter rolado.
-Como não.
-Eu vou marcar uma consulta no meu nome amanhã durante o almoço. Durma de olhos abertos ou então logo estarei encomendando um caixão. Já sei até a frase da placa: Aqui jás Vanessa Anne Hudgens; boa filha, boa amiga, ex noiva e assassinada pela não virgindade. –Nina gargalhou.
-Você está adorando, não é?
-É claro. O Zac... –Não conseguiu continuar e Vanessa apenas revirou os olhos. –Sinto pena de você.
-Eu também.
-Mas bem, me diga como foi a noite de vocês. Adiaram a lua de mel?
-Não seja ridícula. Ele decidiu retirar as escutas porque os fios estavam velhos e tal.
-Nossa, nada romântico.
-Nem me diga.
-Gato, perverso e frio. Adorei. –Nina disse e Vanessa apenas se contorceu. Não gostava de mentiras, mas não ia falar para Nina que estavam namorando.

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Olá queridas, como vão? Ai está o capítulo. Iria postar de tarde but acordei com dor e depois recebi a visitinha da minha bfffffff e ficamos falando mal da vida alheia até agora haha. Bem, está aí o capítulo. Vanessa está esquecida, não é? Tenso. O que vocês acham? Sinceramente eu não sei se rolou ou não, me deem motivos para ter rolado ou não com o Juan Pablo, que como vocês perceberam está indo para São Francisco. Será que ele vai mudar a rota? Um maybe bem Tisdale pra vocês. Ok, sem mais torturas, espero que tenham gostado do capítulo. Agradeço aos comentários. 
Xx

4 comentários:

  1. Omg
    Eu n sei,n quero dar opnioes pq quero q seja uma surpresa p mim jkkkkkk
    Enfim,amei o cap,e caramba,eles tão namorando!!esperei por isso 34'capitulos kkkkkk
    N sei o q falar,só sei q eu quero logo logo ler o próximo p saber esse negócio de vanessa

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  2. Esperei 1 milhão de capítulos pra ficar com a ideia de qe Vanessa pode não ser mais virgem.
    Se não for, da pro Zac e finge que foi ele quem tirou ;)

    Arrasou no capítulo
    Poste logo viu

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  3. Lacrou td ahahahaha super normal, ah bebei e n lembro se dei. Manda ela colar super bonder e ta tudo resolvido :')

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  4. meu Deus,a V deve estar louca sem saber se é virgem ou não
    e se ela não for,o Zac vai pirar,kkk
    amei o capítulo ♥♥♥
    so cute Zanessa juntos *-*
    posta mais,kisses

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