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quarta-feira, novembro 27, 2013

Capitulo 11

-Está cansado? –Perguntou ela enquanto ele fechava o porta-malas que estava lotado de sacolas.
-Eu passei um mês sendo torturado pelo governo da República Checa e não me rendi, mas confesso que se eu precisasse entrar em mais uma loja eu pediria demissão. –Riu.
-Que exagero. Você vai me deixar em casa ou vamos jantar?
-Agora eu estou no comando. Vamos comprar as armas.
-Não pode ir sozinho?
-Não.
-Eu vou ficar no carro.
-Não seja medrosa. –Disse arrancando com o carro. Durante a trajetória até a loja de armas, eles iam conversando e implicando um com o outro.
-É sério, Vanessa. Eu ainda não entendo por que você namorou com aquele Zé ninguém. Ele era o maior mala sem alça.
-Mas era o maior gato.
-Pelo que percebo, você só liga para a aparência.
-Isso não é verdade.
-Mas é o que parece.
-Cale a boca. Você não sabe de nada.
-Chegamos.
-Eu vou ficar aqui.
-Deixe de ser medrosa.
-Eu vou ficar.
-Você vai nem que para isso eu precise te levar no colo.
-Tente. –Desafiou-o. Ele saiu do carro e foi para o lado dela. Abriu a porta e pegou-a no colo.
-Me solte. –Lutou, em vão.
-Se eu fosse você já teria desistido.
-Me põem no chão.
-Você vai comigo?
-Ok, você venceu. –Ele a pôs no chão e ela voltou ao carro.
-Ei.
-Só vou buscar minha bolsa. –Disse abrindo a porta que Zac havia fechado com as pernas dela. Pegou a bolsa. –Pronto. –Ela foi até ele e entrelaçaram as mãos antes de entrarem na loja.
-Bon nuit(boa noite.) –Disse um homem que aparentava está na casa dos 30, que estava atrás do balcão.
-Boa noite, Joseph. Alguma novidade?
-Não, e acho que será assim por um bom tempo. A única coisa nova que tenho é a metralhadora 30.
-Com balas?
-Um cartucho.
-Serve. –Joseph entrou no que deveria ser o estoque e voltou com uma caixa. –Não precisa abrir. Quanto custa?
-Seis.
-Certo. Amanhã o dinheiro estará na sua conta. –Zac pôs a caixa debaixo do braço e entrelaçou sua mão na de Vanessa. Eles voltaram ao carro.
-Coloca isso atrás.
-Por que?
-Tenho pavor de armas.
-Besteira. –Disse ele pondo o pacote atrás. Ele seguiu até a república e estacionou na frente da mesma.
-Não íamos jantar? –Perguntou ela tirando o cinto de segurança.
-E vamos.
-Mas...
-Faz parte do plano.
-Ok então. –Eles desceram e entrelaçaram as mãos. –Boa sorte para nós.
-Boa sorte.

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Está aí meninas, espero que estejam gostando da história e que gostem desse capítulo. Eu fiz as pressas, por isso está essa merdinha. Obrigado a quem comentou. O jantar me fez rir, espero que há vocês também, por isso comentem.
Xx

quinta-feira, novembro 21, 2013

Capitulo 10

-Aqui? –Perguntou ela abaixando-se para tocar uma mancha de sangue onde ela havia pisado. Droga. Por que tudo tinha que ser tão difícil pra ela? Lágrimas tomaram conta dos olhos de Vanessa e ela as deixou vim. Não havia conhecido seu pai, mas pelo modo que todos os respeitavam, ele devia ter sido uma boa pessoa. Fungou e olhou para Zac que a olhava com compaixão. Os olhos dele brilhavam. Estaria ele chorando? “Não” pensou ela. “Deve ser ilusão de ótica”. –Você poderia ser mais sensível, sabia!?
-Do que você está falando? –Perguntou friamente.
-Achas que é certo avisar para uma pessoa que ela está no lugar onde morreu o pai dela, sendo que ela não o conheceu, mas ainda assim o amava, do modo como você me disse? Se eu não fosse tão controlada eu poderia ter desmaiado.
-Mas não desmaiou.
-Mas poderia. Tente ser mais sensível, por favor. Às vezes não aparento, mas tenho sentimentos.
-Desculpe, sim?! –Proferiu num tom zangado. –Eu não sei lidar com pessoas sentimentais. Na verdade, eu não consigo ligar nem comigo mesmo, ainda mais nesse assunto. Acredite ou não, eu amava seu pai como se fosse o meu. Tento não demonstrar, mas ainda não superei sua morte. Ele era um homem forte, não deveria ter partido. Eu... –Ele parou e ela viu que ele estava chorando. Arrependeu-se de tê-lo chamado de insensível. Ela que era a insensível da situação. Se ela que não o havia conhecido sofria, imagine ele que passou grande parte da vida com ele e estava presente na sua morte. Deveria se sentir culpado por não fazer nada para impedir. Ela não resistiu e o abraçou.
-Desculpe. É que você aparenta ser tão forte que eu... –Ele a empurrou.
-Chega de sentimentalismo garota. –Enxugou as lágrimas. –Não preciso da sua compaixão ou da sua pena. Esqueça o que houve aqui, sim? Vou esperá-la no carro. Não demore. –E saiu deixando-a estática. “Ele só pode ser louco. Nina vai ter que me explicar como me deixou próxima de uma pessoa assim, bipolar.” Ela enxugou as lágrimas e deu mais uma olhada no lugar antes de sair.

-Pensei que precisaria ir te buscar. –Disse ele enquanto ela colocava o cinto de segurança.
-E eu pensei que você era normal.
-Eu sou normal.
-Não acho.
-Sua opinião não conta.
-Como você é idiota.
-Mas um idiota gato com a voz sensual. –Disse olhando-a de rabo de olho. Ela corou e engoliu em seco. –Já se calou? –Ela apenas revirou os olhos e ele deu uma risadinha. Voltaram para a agencia.
-O que estamos fazendo aqui? –Perguntou ela destravando o cinto de segurança. –Achei que já não tínhamos mais o que fazer aqui, pelo menos por hoje.
-Vamos almoçar.
-Ainda está cedo.
-Eu sei, mas é melhor agora porque vamos estar ocupados o resto do dia.
-Tudo bem. –Disse descendo do carro. Ele pegou na mão dela. –O que você...
-Seu querido amigo Jason está do outro lado da rua, criança.
-Eu não sou criança.
-Mas age como uma. –Disse enquanto atravessavam a rua.
-Olha quem fala.
-Cala a boca, Vanessa. Você não amadurece, não? Tens 23 e ainda age como se fosse adolescente.
-E você tem 24 e age como se tivesse 50. Amadureceu tanto que apodreceu.
-Como você é patética.
-Te digo o mesmo. –Disse sentando numa mesa. A garçonete se aproximou e entregou o cardápio. –Eu não estou mais com fome.
-Ela vai querer um filé com fritas e para mim, o de sempre. –Disse ele para a garçonete que anotou e logo se retirou.
-Eu não estou com fome.
-Vai fazer birra agora?
-Argh. –Revirou os olhos. Ele tinha uma resposta pra tudo.
-Calma, Fiona. Sua comida já chega. –Sorriu.
-Você é muito patético.
-Achei que eu era gato.
-Será que você pode esquecer isso? Não é assunto seu. É meu e de Nina, seu... bisbilhoteiro.
-Que culpa tenho eu se vocês duas deixaram a porta aberta? E se me envolve, é assunto meu sim.
-Argh.
-Garçonete. –Gritou ele chamando a atenção de todos que estavam no recinto. –Não demore muito, a Fiona aqui está grunhido de fome.
-Cala a boca, Zac. –Disse ela começando uma série de tapas e socos enquanto ria.
-Ai. –Disse no último.
-Doeu? –Arregalou os olhos.
-Não, você parece uma mulherzinha brigando.
-Eu sou uma mulherzinha. –Lhe empurrou.
-Ui.
-Calado. –Sorriu. Finalmente o clima entre eles parecia ter voltado ao normal.
-Estou com fome.
-Eu sabia. –Ela apenas lhe deu língua. A comida logo chegou e os dois comeram entre piadas e brincadeiras.
-E agora nós vamos... ? –Perguntou ela enquanto ele pagava.
-Fazer umas comprinhas.
-Hm, gostei da ideia. O que vamos comprar?
-Armas.
-Mas você já tem. Está no seu porta-luvas.
-Você mexeu no meu porta-luvas? –Perguntou cerrando os olhos.
-Eu queria algo para me defender. Sabes-se lá o que você poderia ter feito comigo.
-Ah, criança. Normalmente, temos que ensinar uma pessoa a não confiar em ninguém, já com você a situação é inversa.
-Mas isso é bom.
-Não se você desconfia do seu parceiro. É a pessoa em quem você mais deve confiar.
-Eu não te conheço, não tenho porque confiar em você.
-Sim, você tem e você sabe disso.
-Me dê um motivo.
-Salvei sua vida. Quer outro?
-Não, obrigado.
-Se quiser, é só falar. Quer falar com o Jason antes de irmos? Ele ainda está lá na frente.
-Não, muito obrigado.
-Então vamos. –Disse. Se encaminharam até a porta, Zac sempre a abraçando de lado.
-Olá, Vanessa. –Disse Jason se virando.
-Olá, Jason. –E continuou a caminhar com Zac até o carro.
-Olha a carinha dele. Acho que ele vai chorar, Vanessa. –Disse Zac debochando já dentro do carro.
-Pare com isso. Apesar de tudo, ele é meu amigo.
-Deve está te amaldiçoando por você está tão bem de saúde.
-Deixe ele. Apenas está se acostumando com sua presença.
-E se eles te questionarem por você está desfilando por aí depois de sua aparente queda de pressão?
-Eu direi que você me faz bem, mon amour (meu amor). –Disse fazendo um carinho no queixo de Zac.
-Você é uma fingida mesmo. –Disse ele rindo.
-Também te amo.
-Já estou imaginando o quanto você deve gastar no shopping. –Riram e partiram.

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Agradeço a quem comentou e desculpem a demora. Estou em semana de provas e estou super atolada de trabalhos, já que não tive o 4º bimestre. Espero que gostem desse capítulo. Não acabou com suspense. Como acham que vai ser o resto do dia? Deem seus palpites.
Xx

terça-feira, novembro 12, 2013

Capitulo 9

-Esse seu silêncio vai durar até quando? –Perguntou Zac parando no sinal vermelho. Eles tinham saído da agencia e estavam indo para o AP de Zac. Ela não havia dito nada desde a confissão que ela fez para Nina. Estava muito envergonhada. Nem olhar pra ele conseguia. Ela ia matar Nina por isso. –Não vai dizer nada mesmo? –Ela continuava a admirar a paisagem pela janela. –Você que pediu. –Disse pisando no acelerador. Ela se assustou, mas não disse nada. Sabia que era um truque dele. Estava na hora de ela mostrar que ela também sabia se opor, mas estava difícil parecer indiferente. Ele pegou um caminho totalmente deserto e escuro, o que era estranho já que não passava das dez da manhã.
-Onde você está me levando? –perguntou com medo.
-Ah, voltou a falar?
-Responde.
-Está com medo, princesinha? –Perguntou se divertindo com a situação.
-Não tem graça. –Falou percebendo o sorriso dele. –Responde logo, Zachary.
-O que aconteceu com o ‘Zac’?
-Ficou na outra rua. Leve-me de volta a civilização.
-Qual a palavra mágica?
-Para de gracinhas, Zachary.
-Resposta errada. –E acelerou ainda mais, fazendo-a gritar. –Que foi? Está com medo?
-Para com isso agora. Pra onde você está me levando?
-Relaxa Vanessa.
-Só vou relaxar quando você me responder. E para de acelerar.
-Se você não percebeu criança, estamos sendo seguidos. Não vou parar de acelerar, não devo nada a ninguém.
-Seguidos? Por quem? –Perguntou virando para trás tentando ver alguma coisa, o que era inútil, pois o carro era tão fumê quanto o que eles estavam.
-Uns velhos conhecidos.
-Zac, me tira daqui. A gente vai acabar se perdendo.
-Não, não vamos. Calma, Vanessa. Estamos quase lá.
-Se o lá for o fim do mundo, eu sei que estamos quase lá.
-Quanto drama, eu hein. –Disse diminuindo a velocidade até parar em uma cabana abandonada.
-Onde estamos? –Perguntou ela com medo. Para onde ele a havia levado?
-Já você descobre. Fique aqui e só saia quando eu mandar. –Disse ele abrindo a porta. –Tranque. –E fechou-a. O carro que os seguia parou também. Ela começou a procurar alguma coisa com que pudesse se defender. Abriu o porta-luvas e encontrou uma arma. Pegou-a e analisou. Logo pôs no lugar. Não sabia usar e o melhor era manter distância. Levou um susto quando Zac bateu na janela dela.
-Que foi? –Disse sem abaixar o vidro.
-Desce.
-Pra que?
-Querem te conhecer. –Ela obedeceu e saiu do carro. –Essa é a filha do agente Hudgens.
-Muito bonita. –Disse um homem de preto a olhando de cima a baixo.
-Já a viram,podem ir.
-Cuidado, Efron. Estamos de olho.
-Digo o mesmo. –Disse encarando o homem a sua frente. O mesmo entrou no próprio carro e saiu de ré.
-Quem era? –Perguntou Vanessa.
-Um conhecido. Achou que eramos vandá-los.
-Esse lugar pertence a quem?
-Ninguém importante.
-E porque estamos aqui?
-Quero te mostrar uma coisa. Vem comigo? –Perguntou estendendo a mão pra ela.
-Tudo bem. –Suspirou. Eles entraram na cabana e Vanessa logo viu o estado deplorável em que se encontrava o lugar. –Que bagunça.
-Alguns adolescentes usam esse lugar para fumar droga...
-Ou transar. –Disse ela apontando uma camisinha usada no chão.
-Eu diria que foi estupro.
-Credo. O que diabos você quer me mostrar aqui? –Disse parando.
-Você parou exatamente no lugar onde seu pai morreu.

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Ui, momento tenso. Obrigada a quem comentou e sejam bem vindas novas leitoras (: Espero que gostem desse capítulo também.
Xx

segunda-feira, novembro 04, 2013

Capitulo 8

-É, eu. –Disse Nina sorrindo sem graça.
-Mas como? Não me diga que...
-Sim, eu sou uma agente. –Sorriu.
-O que você foi fazer na república, então? Vigiar-me?
-Não fui vigiar-te, até porque tem agente de sobra fazendo isso, eu fui para instalar as câmeras.
-Como é? Câmeras? –Perguntou olhando Zac de canto de olho. Ele não havia mencionado isso.
-Dentro dos cômodos, em alguns dormitórios... Aqueles quadros e flores que eu coloquei são onde estão as câmeras escondidas. Eu sabia que vocês não iriam tirar em ‘memória’ de mim.
-Então, seu sequestro seguido de morte foi invenção?
-Uma mentirinha a mais na minha lista.
-E nós sofremos por nada? Que grande amiga você, hein.
-Vocês que se apegaram rápido demais. Eu fiquei o mínimo de tempo possível. Não queria prejudicá-los.
-E o que você faz aqui ainda? Não tem medo de encontrar algum conhecido?
-Não, e se acontecer, eu tenho uma irmã gêmea, lembra?
-Que deve ser invenção também.
-Mas muito útil.
-Então, eu sou o Ian. –Falou se metendo na conversa antes que o clima piorasse.


-Eu me lembro de você. –Disse Vanessa apontando. –É o loiro louco que falou besteiras no café.
-Exatamente. Tingi meu cabelo de loiro somente para você. –Sorriu sedutor.
-Cheguei a confundir sua voz com a de Zac quando ele me puxou para aquele beco, mas agora percebo a diferença entre a voz de vocês. A de Zac é rouca e sensual, já a sua é grave e sensual.
-Minha voz é sensual? –Perguntou Zac.
-Um pouco. –Admitiu aparentando indiferença, mas por dentro ela queimava. Havia falado sem pensar.
-A minha é mais, eu sei. –Disse Ian sorrindo e ela logo percebeu que havia uma ‘rixa’ de amigo entre eles dois.
-Achei que tínhamos vindo para decidir o futuro de Vanessa e não comparar vozes. –Debochou Zac.
-Concordo, para que comparar o que já é comprovado? –Disse Ian puxando uma cadeira e se sentando.
-Chega, não é rapazes!? Ainda está cedo. –Disse Nina revirando os olhos e sentando ao lado de Ian.
-Enfim. –Disse Zac puxando a cadeira pra Vanessa sentar e em seguida sentou ao lado dela. –Eu estava pensando em ser na próxima semana, o que vocês acham?
-Muito cedo. –Disse Nina. –Os meninos tem que te conhecer primeiro, e te odiar.
-Esse é o plano de vocês? –Disse Vanessa olhando para Zac que apenas assentiu. –Que idiotice. Depois eu sou a criança.
-Tem uma ideia melhor? –Perguntou Zac a fitando.
-Qualquer coisa é melhor que esse clichê de vocês.
-Se eles me amarem, vão querer saber do nosso ‘relacionamento’ todo o tempo, vão ficar querendo manter contato e isso não pode acontecer. Uma relação de amor e ódio é o melhor. Assim eles vão evitar contato para não discutirem contigo. O problema são as meninas. Muito dóceis e amáveis. Vai ser complicado ter o desprezo delas.
-Mas e depois? Se eles quiserem ir pra L.A? Eu vou acolhê-los, estou avisando.
-Nós os acolheremos no nosso AP.
-Oi? –Perguntou. Apenas dormir era uma coisa, mas dividir um AP com ele estava fora de cogitação. Por mais que ele fosse confiável e ex-amigo do pai dela, eles mal se conheciam. Como se estivesse lendo os pensamentos dela, ele respondeu:
-Nosso AP será de mentira. Vamos morar em uma casa grande, confortável e segura, e assim você poderá me evitar ao máximo. O AP será apenas para dizer que somos um casal.
-E como acabará essa relação?
-Com uma morte trágica, digna de filme. –Disse Nina.
-Não, não vou mentir para meus amigos. Não sou você.
-É para o seu próprio bem, Vanessa. E não será agora. Será depois de meses, quando vocês estiverem afastados.
-Eu...
-Depois decidimos isso. –Zac interrompeu-as. Sabia que Vanessa estava magoada com Nina e por isso sempre descordaria das ideias dela. –Dentro de dois meses está bom?
-Acho que sim. A relação estará mais instável e já é uma boa data para morarem juntos. –Disse Ian anotando algo em uma prancheta. –Certo, temos a data. Como será?
-Pensei em algum emprego ou algo do tipo. –Disse Zac. –Algo irrecusável, assim os amigos dela não ficariam com tanta raiva ou mágoa.
-Vanessa tem meia faculdade de administração. –Disse Nina. –Poderia ser alguma empresa que esteja contratando e que está disposta a concluir o curso dos empregados. Uma empresa que seja reconhecida em todo o mundo, mas que só tenha vagas no EUA. Perfeito. –Disse ela.


-Temos a base do plano. –Disse Ian. –Em dois dias eu consigo a empresa. Alguma preferência, Vanessa?
-Não. Eu não vou trabalhar mesmo, não é?
-Não é assim. Você vai trabalhar e muito. Zac, você não...
-Não, ainda não chegamos lá.
-Do que vocês estão falando? O que você ainda não me disse, Zac? –Disse Vanessa se virando para ele.
-Ainda não chegamos lá, Vanessa. Depois conversamos.
-Mas...
-Mas nada. Então, é só isso. –Disse se levantando. –Depois entro em contato.
-Certo. –Disse Nina. –Vanessa, eu poderia falar com você?
-Claro. –Disse olhando para Zac.
-Eu vou buscar seu atestado. Ian vem comigo.
-Claro, dono da segunda voz mais sensual. –Sorriu e saiu, acompanhado de Zac que lançou um olhar de compaixão para Vanessa antes de sair.
-O que você quer? –Perguntou Vanessa cruzando os braços.
-Eu não fiz por mal, Vanessa. Sério. Eu realmente gostei de vocês e até ficaria se eu pudesse, mas eu não podia. Tive que sair. Se vocês não tivessem se apegado a mim eu manteria contato.
-Então a culpa é nossa? –Perguntou ofendida. –Se alguém é a culpada por sua mentira, é você mesma.
-Eu não disse que a culpa é de vocês. A culpa é do governo. Você acha que eu gostei de fazer o que fiz? Não, não gostei. Senti-me muito mal quando fui ao enterro como minha irmã gêmea e vi o sofrimento de vocês. Eu não queria que isso acontecesse.
-Então porque você foi para a república?
-Eu já disse, para instalar as câmeras. Como eu ganhei a confiança muito rapidamente, eles me deixaram por mais duas semanas, para colher informações. Meu erro foi aceitar.
-Seu erro foi mentir.
-Você não pode dizer nada. Você sabe disso, não é?
-Eu sei que vai pesar na minha consciência toda essa mentira.
-É o melhor, Vanessa. Se você abrir a boca o governo cai em cima de você. Você não pode fazer isso. Não envergonhe seu pai. Ele teve uma carreira brilhante e sei que você não quer destruir o respeito que ele conquistou.
-Você conheceu meu pai?
-Sim. Foi ele que me mandou para a república. Ele disse que eu seria uma ótima companhia pra você. –Sorriu. –Disse que éramos parecidas. Eu tinha acabado o meu treinamento na Suécia e o melhor era me readaptar novamente ao convívio com pessoas normais.
-Então, seu sotaque é falso?
-Não completamente. Sou da Bulgária. Meu nome não é Nina e sim, Nikolina.
-Uiii... –Riu.
-Eu sei, é búlgaro, ok? –Sorriu.
-Prefiro Nina.
-Somos duas. –Sorriram. –Desculpe, eu não queria mentir para vocês.
-Tudo bem. Eu não posso te julgar.
-Abraço?
-Abraço. –Sorriu e se abraçaram. –Menina, só tem gato aqui, é? –Riu.
-Um dos melhores empregos de todos. –Sorriu.
-Quem você pegaria? –Sorriu se sentando onde Ian sentara antes.
-Ninguém.
-Aham, sei.
-Dona Hudgens, fique caladinha porque você mal conheceu o Zachary e já dormiu com ele. –Riu.
-Eu não tive escolha, então, cale-se.
-Ele é um gato, confesse.
-Ele e o Ian, brigam muito? –Perguntou mudando de assunto.
-O básico, mas é divertido demais.
-Eu imagino. –Sorriu.
-Me diga logo, não mude de assunto. O Zachary não é gato?
-Não sei, me diga você.
-Isso foi um sim, eu te conheço. –Sorriu.
-Tá, ele é. –Sorriu. Nina fez uma careta e começou a rir. –Que?
-Ér... –Apontou a porta segurando-se para não rir novamente.

-Então... –Disse Zac com um sorriso tímido. –Vamos?

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Apenas ri com a Nina. Vanessa não vai ser a única mulher na história. Espero que gostem girls e comentem (: