-Cadê o Zac? –Gabriela perguntou.
-Não faço a menor ideia. –V respondeu.
-Ele parecia nervoso.
-É, eu percebi.
-E você também. Aconteceu alguma coisa?
-Não, nada. É impressão sua.
-Já estão de bem?
-Sim, foi coisa de momento.
-Se fosse comigo eu não perdoava. –Jason disse. –Ele
teve um caso com a sua amiga? Ele usou ela?
-Jason...
-Foi ela quem disse!
-Ela também disse que ele está usando a Vanessa. –Alexandra
disse. –A Vanessa parece usada pra você?
-Sim, parece. Ele está vivendo as custas dela.
-Ah, por favor. –V disse rindo. –Eu bancando o Zac? Eu
não gasto nem comigo, imagine com ele.
-Ele mora na sua casa.
-E dai? Só estamos lá por que eu não queria morar no apartamento
dele.
-E porquê você não aceitou?
-Por que não. Eu queria uma casa de verdade e era longe demais do
meu emprego... Bem, não importa. Ele não está me usando, na verdade, eu que
estou vivendo as custas dele.
-Como assim?
-É ele quem paga as contas, quem paga a empregada, nossas saídas,
minhas roupas, a segurança... Tudo é por conta dele.
-E o seu dinheiro?
-No banco. Não preciso dele, então nem retiro de lá.
-Quem diria, hein? –Alex se intrometeu na conversa. –A
garota que vivia dizendo que era independente e que homem nenhum ia pagar nada
por ela está vivendo as custas de um namoro que não tem nem cinco meses.
-As pessoas mudam. –V disse. –Estou feliz assim e ele
também.
-Mas...
-Esse assunto não está em discussão. Nunca esteve.
-Bem, mudemos de assunto. –Tyler disse. –Essa festa está
bombando. O Ian tem bom gosto.
-Tem mesmo. –Ela disse. Onde será que o Zac estava?
-Um minuto de atenção, por favor. –Eles ouviram alguém pedir
no microfone. –Eu prometo que não vou demorar muito. –Z disse e ela
gelou. Odiava ser o centro das atenções e o ele estava com cara de culpado. –Essa
festa foi organizada pelo meu colega Ian, obrigada cara. –Todos
aplaudiram. –Bem, estamos todos aqui para celebrar mais um ano de vida de
uma pessoa que é incrivelmente importante para mim. Eu não sou de fazer
discursos, mas hoje vai ser necessário. Amor, um passo pra frente, por
favor. –V arregalou os olhos e logo estava sobre os holofotes. Deu um
sorriso tímido e fez o que ele pediu.
-Eu não acho que isso é necessário. –V pediu entredentes.
-Sim, é. –Z disse. –Você não faz ideia de como é
importante pra mim. Talvez faça, mas vagamente. Nos conhecemos a um bom tempo,
isso é fato, mas em determinadas situações é como se fossemos dois
desconhecidos; como também em outras parece que somos amigos há mais tempo do
que a terra existe e eu acho que é essa instabilidade que me fez ficar viciado
em você.
"Somos amigos, somos namorados, somos inimigos mortais, somos
parceiros no crime. Não importa a situação, você sempre se encaixa
perfeitamente e isso faz com que eu também me encaixe por mais que esteja
odiando. Eu nem sempre faço de tudo para te agradar e não me arrependo, porque
por mais que a gente brigue e só falte derrubar a casa, a gente se entende
depois com um simples abraço. Eu disse abraço e não amasso. –Os convidados
riram. –Você me faz bem, e é só isso que importa e eu sei que é recíproco,
ou pelo menos eu espero isso. –Deu um sorriso. –Eu passei um bom
tempo pensado qual seria o presente ideal e cheguei a conclusão de que era
isso, te mostrar o que você significa pra mim. Te mostrar e não falar, porque
você já deve está cansada de ouvir e é como dizem: uma imagem vale mais do que
mil palavras. –Dito isso, diversas imagens começaram a passar no telão com
uma música do Bruno Mars de fundo. Eram fotos dos dois, fotos que nem ela sabia
que existiam. Chegou a pensar que eram montagens, mas depois percebeu que eram
flagras das câmeras de segurança juntamente com outras que deviam ser dos
agentes que os seguiam.
Vanessa estava fazendo um esforço enorme para não chorar. Porquê
ele fazia isso com ela? Primeiro agiu normalmente durante o dia, depois foi
super frio com Nina e ela podia jurar que ele ia tratá-la do mesmo modo quando
na verdade ele estava fazendo um discurso. Uma parte do seu consciente alarmava
que era tudo calculado e perfeitamente planejado, mas ela sentia que isso partia dele, do coração dele.
Estava se apaixonando, agora tinha certeza. Era tão errado e ao mesmo tempo tão
certo.
O vídeo encerrou e ele limpou a garganta.
-Eu acho que essa canção define você exatamente. Na verdade, todas
as músicas do Bruno Mars descrevem o nosso relacionamento, menos Grenade. –Sorriu
e ela podia jurar que os olhos dele estavam brilhando. Não, ele não estava
chorando. Impossível. –Você é incrível do jeito que você é. Eu passei
grande parte da minha vida pensando que não era o tipo de cara que precisava de
alguém para ser feliz e a vida me fez te encontrar como se dissesse "você
é um idiota por pensar dessa forma". Eu caí no seu feitiço e não me
arrependo. Você é tão amiga e adorável e eu seria um idiota se deixasse outra
pessoa tomar o meu lugar na sua vida. Então, eu quero te propor uma
coisa. –Gabriela arfou e Vanessa congelou. Ele não estava fazendo isso.
Não, não podia. Ele iria mesmo juntar o discurso com o pedido? Era tão mágico e
tão errado. –Vanessa Anne Hudgens, você quer passar o resto da sua vida
comigo?
-Oh meu Deus. –Alexandra começou a chorar.
-Vocês estão de brincadeira comigo. –Alex rosnou.
-Vanessa, se você não casar com ele, eu caso. Eu juro pra
você. –Gabriela disse.
-Responda alguma coisa, estou sem jeito. –Z avisou e ela
sabia que tinha que responder, mas não conseguia. Sua boca estava seca e
tremula. Por um momento esqueceu como se falava. –Vanessa!
-Eu odeio você. –Ela disse com a voz um pouco
alterada. –Oh meu Deus, sim. É óbvio que eu quero. –Falou não
conseguindo mais conter as lágrimas. Ele se aproximou dela e a abraçou forte.
-Você disse que não ia chorar. –Ele choramingou.
-Por favor, como eu não choraria? Você não me disse que seria
assim.
-Perderia toda a magia.
-Nem com toda a negritude do mundo isso perderia a
magia. –Disse sorrindo. –É impressão minha ou você está chorando?
-Tudo planejado. –Ele disse limpando a garganta e aquilo foi
como um tapa na cara para ela. –O que foi? –Percebeu que ela tinha
ficado imóvel.
-Nada, eu só... Só estou preocupada. –Mentiu. –O Alex
parece muito zangado. E se ele falar algo?
-Ele não vai falar.
-Espero. –Disse forçando um sorriso.
-O que houve? Eu fiz algo que não devia?
-Não, esta tudo bem. Cade meu anel?
-Não minta para mim. O que foi? Não gostou das fotos?
-Eu gostei de tudo, não se preocupe.
-O que foi então?
-Nada, Zac.
-Amor... –Ele disse e ela prendeu a respiração. –Vamos
conversar sobre isso mais tarde.
-Sim, vamos.
-Então, cadê o anel? –Gabriela perguntou se
aproximando. –Todos estão curiosos.
-O que vocês tanto cochicham aí? –James perguntou.
-Nada, eu só estou levando uma bronca. –Zac disse sorrindo. –Ela
odeia ser o centro das atenções.
-Você vai dormir no sofá. –V acompanhou.
-Bem, me mostrem o anel. –Alexandra pediu e Zac logo tirou
uma caixa mediana do bolso. –Não. Você vai da uma cartier pra ela? Que
romântico. Eu quero você pra mim.
-Alexandra, o que é isso? Se fosse a Gabriela, tudo bem, mas você?
-Ah Vanessa, você sabe que eu só estou brincando.
-Chego a duvidar. Primeiro o tanquinho e agora isso? Sai pra lá,
viu? –V disse abraçado o "noivo".
-Bem, posso continuar com o pedido? Obrigado. –Z
disse. –Espero que você goste. –Disse abrindo a caixa. –Use
tanto o anel quanto a pulseira. Os brincos você já tem.
-Você vai usar anel também? –Perguntou surpresa. "Tudo
calculado, não se anime" o consciente dela apitou novamente. –Me de
sua linda mão. –Ela obedeceu e eles logo fizeram a troca de alianças.
Os convidados aplaudiram e ele colocou a pulseira no braço dela.
Se abraçaram novamente.
-Epa, epa, epa. Nem um beijo? Vamos lá. –Gabriela
disse. –Fizeram a mesma palhaçada quando engataram no namoro, mas noivado?
Tenham dó.
-Gabriela, o meu chefe está ali. –V disse.
-E dai?
-Isso é embaraçoso.
-Você acabou de ficar noiva. Ele é seu chefe e não seu pai. Andem
logo, um beijinho só e eu desencano.
-Ah meu... –Vanessa nem teve tempo de completar a frase, Zac
já tinha lhe tomado a boca. Os aplausos ecoaram pelo salão, mas eles não
ouviram. A primeira e ultima vez que tinham se beijado daquela forma tinha sido
na casa de Fred. O beijo era possessivo e ao mesmo tempo romântico. Como ele
beijava bem, sem falar no hálito delicioso. Ela podia sentir o gosto de hortelã
da pasta de dentes e o do álcool. Vodka com certeza. Quem diria que era uma boa
combinação? Estava tão bom, mas ela precisava de ar.
-Droga! –V murmurou após o beijo.
-Digo o mesmo. –Zac disse e lhe roubou um
selinho. –Preciso falar com o Smith.
-Ah que lindo, vocês noivos. –Gabriela disse. –Isso é
maravilhoso. Me deem um abraço. –Vanessa sorriu sem graça e
abraçou a amiga. Ela podia sentir olhar de Alex. Arriscou observá-lo e logo se
arrependeu. Ele tinha uma expressão de ódio e incredulidade estampada no rosto.
-Alex, eu posso...
-Você deve. –Ele cortou-lhe no meio da frase. –Escolha o
lugar.
-O escritório, vamos. –Ele a seguiu mantendo distância e ela
percebeu que estava sozinha. Procurou Zac pelo salão e o encontrou conversando
com o Agente Smith. Ele tinha que lhe ensinar como se afastar sem ser notado.
[...]
-Hudgens, o seu chefe quer falar com você. –Axel disse depois
de abrir a porta do escritório.
-Já estou indo. –Ela respondeu.
-Não demore. –Disse antes de deixá-la sozinha com Alex
novamente.
-Bem, eu preciso ir. Você entendeu não é?
-Vocês forjaram um noivado pra agradar as meninas. Isso é
ridículo.
-Alex, entenda: vai ser melhor assim.
-Espero que você saiba o que está fazendo.
-Eu vou ficar bem, não se preocupe.
-Você está apaixonada por ele, não está?
-Eu não sei. Quer dizer, não. Ah, Alex, sem perguntas difíceis.
-Você que está complicando as coisas, Vanessa. Eu lhe disse desde
o começo e você não acreditou.
-Muita coisa vem acontecendo de uns tempos pra cá e bem, estou
confusa, só isso. Os agentes não podem manter uma relação amorosa.
-E como é que os pais dele eram casados? –Ele perguntou e ela
ficou pensativa. Nisso Alex tinha razão.
-Eu não sei e nem quero saber. Não estou interessada em me
relacionar com ninguém. Se dependesse de mim nem tínhamos começado esse namoro
fajuto.
-Mas você não fez nada para impedir.
-Eu não sabia que íamos tão longe. Bem, vamos logo. Não quero Axel
aqui de novo. Nada de contar isso pra ninguém.
-Não se preocupe, eu não vou fazer isso.
Desceram as escadas e o Agente Walter logo a puxou.
-Qual é o seu problema?
-Só quero garantir que você vai chegar sem interrupções.
-Não precisa me apertar, seu ogro. –Disse se desprendendo
dele.
-Chega, Walter. –Z disse autoritário. –Não precisava
disso.
-Só a trouxe em segurança.
-Vá se ferrar. –V disse.
-Agente Hudgens me diga: o que achou do pedido de
noivado? –Smith perguntou.
-Um pouco demais, mas eles precisavam acreditar. –Vanessa
disse insinuando para os amigos. –Porquê?
-Fiquei preocupado com as suas lágrimas.
-Não se preocupe, eu nunca levei isso a sério.
-Eu avisei. –Z disse a abraçando por trás. –Somos um
casal para os amigos dela e somente isso.
-Bem, ela me pareceu muito convincente.
-Do mesmo modo que fui na primeira vez que estive na agência e
escapei do interrogatório, como também na noite da apresentação; na minha
despedida da França... Vocês me subestimam demais. –Ela disse
cansada. –Não sou nenhuma boba apaixonada, só sei atuar.
-E muito bem. –Z disse orgulhoso.
-Você também não é dos piores. –Sorriu antes de lhe da um
beijo rápido na bochecha.
-É que essas demonstrações de afeto de vocês...
-São para convencer meus amigos. Falando nisso, nós precisamos
conversar. –V disse olhando para o "noivo".
-Alex?
-Isso.
-Certo. Com licença e Walter, da próxima vez que você encostar um
dedo sequer nela, eu te mando para uma missão suicida. –Z ameaçou antes de
se afastar.
-Ela pode não levar a situação a sério, mas ele... –Walter
iniciou.
-Ele só está cumprindo a promessa que fez a Gregory. –Smith
disse os observando.
[...]
-Eu realmente não sei por que você contou pro Alex.
-Ele precisava saber.
-Não precisava não.
-Ele é meu amigo.
-Ele gosta de você, e não é como amigo. –Suspirou. –Ele
vai por tudo a perder, Vanessa.
-Ele me prometeu...
-Eu conheço caras como ele que também fizeram diversas promessas
de que manteriam sigilo e adivinhe? Todos abriram a boca. Ele não gosta de mim
e nem do nosso relacionamento. Uma hora ele vai explodir, acredite.
-Zac, eu confio nele e sei que ele não vai me decepcionar.
-O que eu te disse sobre confiar demais nas pessoas erradas?
-Ah, por favor. Você que não gosta dele.
-Não tenho nada contra ele, mas sim contra ele gostar de você. É
nojento.
-Pelo menos alguém gosta de mim de verdade.
-Ei, nada de drama. Eu gosto de você.
-Não como deveria.
-O que você...
-Esquece. Não é assunto para o meu aniversário "barra"
noivado, não é amor?
-Você ainda me deve um agradecimento. Ralei muito para conseguir
deixar tudo pronto a tempo.
-Fotos dos nossos passeios na França? Sério? Isso foi meio demais.
-Eles nem perceberam.
-Ainda.
-A Alexandra está nos chamando, vamos.
[...]
-Então, desembuche.
-Agora não. –Ela disse tirando os sapatos.
-Ah não, Vanessa. Você me deixou curioso a festa inteira.
-Estou realmente cansada. Amanhã nós conversamos. –Disse pegando
um papel e uma caneta.
-O que você está... –Z perguntou se aproximando dela e leu o
que ela tinha escrito.
"Precisamos conversar a
sós, sem câmeras ou escutas."
–Certo. Eu vou vê o que posso fazer.
-Obrigada. –Ela sussurrou. Não sabia se ia ter coragem
de confessar seus sentimentos, se é que eles existiam. Mas se fosse verdade...
Não era errado; ou era? Ele se afastaria ou somente iria lhe dar uma bronca e
ignorar? Ela só estragaria a relação dos dois. Ele nunca corresponderia, não do
modo que ela queria. Ela trocou de roupa e voltou para o quarto. –O que
você está fazendo?
-Desligando as escutas. –Ele respondeu com fios enrolados no
corpo. –Aqui não tem câmeras, já lhe disse.
-Isso tudo é curiosidade? Meu Deus, homem, se controle. –V
disse se segurando para não rir. A cena era uma das mais cômicas que ela tinha
presenciado: Zac estava nu da cintura pra cima com diversos fios envolta do
corpo e diversas ferramentas estavam espalhadas pelo chão. –Sabia que a
curiosidade matou o gato?
-E ele não se importou, tinha mais seis vidas de sobra.
-E você só tem uma. Isso me parece perigoso.
-Mas não é.
-Eles não vão desconfiar?
-Não. Esses fios precisavam mesmo de uma substituição. Estão tão
velhos que até tem uns escapelados.
-E você ainda me diz que não é perigoso.
-Eu os desliguei da fonte, só estou retirando o material.
-Tome cuidado.
-Já estou terminando. Espero que valha a pena.
-Eu não mandei você fazer nada. –Ela disse se acomodando na
cama.
-Mas ficou estranha a festa inteira.
-É meio pessoal.
-Mas você disse que precisava conversar comigo, ou seja, me
envolve.
-Eu poderia só precisar desabafar.
-Duvido muito, suas amigas estão aqui.
-Como você é chato.
-Inteligente. –Disse se levantando. –Vou jogar isso no
lixo, nem pense em fugir.
-Você está todo marcado.
-Eu ponho a culpa em você.
-Engraçadinho. –Zac desapareceu pela porta do quarto e ela
suspirou. Achou que teria a noite inteira para escolher bem as palavras que ia
usar, isso se ela resolve-se falar, e agora tinha apenas alguns segundos para
organizar os pensamentos. Era precipitado demais além de insano. E se ele
começasse a rir? Não, ela não queria ser motivo de piada. Do jeito que ele era
imprevisível, era bem possível.
-No que você tanto pensa? –Z sussurrou-lhe no ouvido fazendo
ela da um pulo.
-Que susto.
-Você concentrada e pensativa, eu que estou assustado.
-Vou fingir que não me ofendi.
-Ah minha bebezonha, não quero te ofender. –Falou meloso a
abraçando. –Eu gosto de você de verdade meu anjo.
-Hmm, muito carinhoso para o meu gosto. O que você aprontou?
-Nada, só quero te deixar confortável.
-Impossível.
-Bem, querida, confortável ou não você vai falar. Sou todo
ouvidos. –Ele disse se sentando na cama.
-Aí Jesus, me ilumina.
-Falando em iluminar, vamos acender essas luzes né. Que escuridão.
-Não, deixa assim. É melhor.
-Ok, estou mais preocupado do que deveria. O que houve? Não me
diga que está gravida.
-Grávida? Não me faça rir. Grávida de quem?
-Ah sei lá, você passa o dia fora.
-Treinando. Por favor, eu grávida? Essa foi a coisa mais estúpida
que você disse.
-Certo, então o que é?
-Bem, estive pensando e não sei como falar.
-Comece do início.
-Zac, depois que você saiu eu discuti com a Nina. –Ela disse
depois de suspirar.
-Você me disse isso.
-Sim, mas eu ocultei uma parte importante. Ela disse que eu estava
cometendo um erro por está apaixonada por você e não sei se foi o calor do
momento ou a presença dos meus amigos, mas eu confirmei.
-E...?
-E depois eu fiquei pensando nisso e cheguei a conclusão de que
não sei o que eu sinto. Eu gosto de você de verdade, mas as vezes sinto como se
fosse mais do que deveria. Estou confusa e não posso mais aguentar isso
sozinha.
-Vanessa...
-Ainda não terminei, espere. Por favor não ria: os seus beijos me
fazem pensar que talvez não seja tão errado e bem, seus pais eram casados e o
governo permitiu. –Ela suspirou novamente. –O que me confunde mais
ainda é que as pessoas que realmente conhecem a história estão dizendo que
estou apaixonada. Nina, Ian, James, Alex... Todos eles afirmam isso e eu não
sei o que pensar.
-O que você, Vanessa Hudgens, pensa? Você, só você. Sem se basear
nos outros. –Ele perguntou e ela desejou ter as luzes acesas pois assim
poderia saber o que se passava nos olhos dele.
-Eu gosto da sua companhia e do seu cheiro; do seu sorriso e dos
seus beijos. Gosto dos seus abraços e das suas broncas. Gosto de tudo em você.
É como você disse no seu discurso: o imprevisível me atrai em você. Me sinto da
mesma forma. Me identifiquei com suas palavras e se quer saber, fiquei magoada
quando você me disse que tinha sido tudo minimamente planejado. Doeu em mim
porque por um minuto eu estupidamente pensei que você estava sendo sincero.
Estou na beira do abismo da paixão, é isso o que eu acho.
-Você acha? Eu tenho certeza. Na verdade, acho que você já caiu há
muito tempo.
-Por favor, não se afaste.
-Eu não vou. –Ele disse e ela pensou ter visto um
sorriso. –Você não faz ideia, não é?
-Do que você está falando?
-Você não percebeu que eu estava tremendo no meio do pedido?
Você é cega ou o que? Até o Smith percebeu e foi por isso que ele mandou te
chamar. Queria ter certeza que era somente atuação.
-Eu imaginei e bem, achei que fosse da sua parte.
-Vanessa, você realmente acha que eu aguento tudo isso que você
faz pela promessa que fiz ao Gregory? Eu poderia muito bem te proteger de
longe, mas olha aonde estamos? Eu nutria uma paixonite por você desde que o seu
pai me mandou te vigiar; te achava a mais linda das garotas, mas ele sempre me
mandou ficar longe. Com o tempo, fui deixando de lado essa admiração, porém o
destino te pôs em meu caminho... Eu não menti no discurso, mas não iria te dar
o luxo de se sentir desejada por um cara que nunca te interessou. Você sempre
deixou claro que só queria a minha amizade, sempre. "Somos amigos por obrigação"
e "não preciso de você,
tenho o Ian" foram as
coisas que mais me machucaram. Quando eu achava que estava te conquistando você
me jogava um balde de água fria sem dó nem piedade. Gosto de você, mas não acho
que eu seja o cara certo.
-Você está falando sério? Você gosta de mim?
-Como eu não gostaria?
-Mas eu continuo sendo a criança chata e birrenta que você mais
detesta.
-Você mudou, Vanessa, só não percebeu. Uma coisa boa que essa
mentira fez foi te ajudar a amadurecer. Você não é mais aquela chatinha que por
qualquer coisa me enchia de tapas. Você é uma mulher agora. Só me bate
dormindo. –Ele riu. –Você merece mais do que isso. O que eu posso te
oferecer? Somente uma vida de mentiras.
-Não me importo com o futuro, ele não está ao meu alcance. O
presente que realmente me interessa. Se eu gosto de você e você de mim, porquê
não tentamos?
-Vanessa, não é permitido.
-Mas seus pais...
-Eles eram da CIA; nós somos do FBI. Aqui é mais rígido.
-Duvido que o Smith não tenha esposa e filhos.
-Sim, tem, mas é fora desse mundo. Ela nem imagina que ele é do
FBI.
-Particularmente, eu acho isso um grande erro. Quem melhor do que
sua companheira de trabalho para ser sua companheira na vida? Vocês podem conversar
sobre tudo sem preocupações.
-Isso era o que o meu pai dizia. É por isso que ele era da CIA. Lá
é mais liberal, já te contei.
-Sim, eu lembro. Você e seus romances.
-Isso não vem ao caso. –Dessa vez Zac que suspirou. –Meu
último relacionamento não teve um bom resultado.
-Você se encontrou com ela depois?
-Não, de maneira nenhuma.
-Zac, pela milésima vez: ninguém tem culpa da morte do meu pai.
Erros acontecem.
-Nunca tinha acontecido comigo.
-Existe uma primeira vez para tudo.
-Você não devia confiar tanto em mim.
-Mas eu confio. Sei que você é uma boa pessoa, mesmo tendo essa
fama de gato e perverso.
-Odeio esse apelido.
-Eu gosto, acho estimulante. –Vanessa sorriu sabendo que ele
não podia vê-la. –Podemos aproveitar, o que me diz?
-Bem, nós já fazemos isso, não acha?
-É verdade. Podemos tentar então? Sem restrições.
-Eu não sei.
-A vida é curta demais para se prender a regras.
-E se ficar sério?
-Estamos noivos, o que pode ser mais sério?
-Você me entendeu.
-Qualquer coisa nós vamos pra CIA.
-Ou largamos essa vida.
-É uma possibilidade, mas o que faríamos depois? Prefiro a CIA.
-Pra quem deu o maior show por que não era uma agente e jamais
seria, até que você está pegando gosto.
-A culpa é sua que tornou a experiência prazerosa.
-E foi? –A puxou para um abraço.
-Foi. Tudo se torna melhor com você.
-Ah, bom saber.
-Podemos tentar?
-Não quero te magoar.
-É só não se engraçar pra nenhuma garçonete magricela.
-E as gordinhas podem?
-Se você não se incomodar de dormir no sofá depois de uma surra,
pode sim.
-Adoro você. –Disse a beijando.
-Não mais do que eu. –Sorriu. –Isso é um sim?
-Sim, claro, com certeza, óbvio... O que mais você quer?
-Beijos, quero muitos beijos.
-Isso com certeza.
-E café da manhã na cama.
-Isso aí tem que ser combinado. Um dia você e outro dia eu.
-Posso pensar no assunto.
-E o que mais?
-Só isso por enquanto. E você, quer algo?
-Só que não comente com ninguém, não importa se faz parte desse
meio ou não.
-Pode deixar. Adoro segredos. –Disse montando em cima dele.
-É mesmo?
-É.
-E eu adoro você. –Ela sorriu antes de beija-lo. Como ela
adorava o gosto dele, era tão saboroso.
Era como se um peso estivesse saindo das costas dela ao mesmo
tempo que outro tomava conta. Agora eram duas mentiras. Como se não bastasse
fingir um noivado para seus amigos, tinha que fingir que não tinha nada para
seus colegas de trabalho. Bem, pelo menos ela não mentiria mais pra ele.
-----x-----x-----x-----x-----x-----
Ei girls. Desculpem a demora, eu realmente esqueci de postar. O capítulo está pronto há duas semanas, mas eu estava concentrada demais na leitura. Enfim, acho que estou perdoada. O nosso casal perigo já está junto na fic, oficialmente agora. Eu quase chorei fazendo o pedido de noivado. Eu quero um Zac pra mim, e vocês? haha. Rafaela, eu realmente vou tentar acompanhar sua fic, ok? Eu sei que é só pra da um enfase maior a história, mas uma amiga minha passou por isso recentemente e isso meio que abalou meu emocional. Preciso de um tempo até me restabelecer novamente e é por isso que até agora os meus capítulos estão puro mel. Vou tentar não esquecer de postar o próximo capítulo hahahaha.
Enjoy Xx
Enjoy Xx
Mulher do céu, tu quer me matar?
ResponderExcluirQue capítulo perfeito.
Ain o pedido de casamento foi a coisa mais linda do universo.
Ficou simplesmente perfeito esse capítulo.
Arrasou
Mal posso esperar para ver Sr. e Sra. Efron em ação. Haha
Poste urgentemente
Bjos
OLHA MANA
ResponderExcluirFINALMENTE OH!
Ta incrível 😍😍😍
OMG \o/ \o/ \o/
ResponderExcluiresse capítulo tá mega perfeito
mentira,tá mais que perfeito *-*
nem acredito que os dois estão juntos de verdade...e o pedido de casamento?!menina,até chorei aqui....quero um Zac desse em minha vida,haha
amei,amei,amei ♥♥♥
posta mais e logo,kisses
Caramba
ResponderExcluirO q foi isso?
Mds,tu quer me matar né
Ai mds,q perfeito,ela falou o q realmente sentia p ele,e eu sei la,nunca imaginei q ele sentisse o mesmo por ela,eles são tão lindos,são um casal diferente,e eu amo isso,amo suas fics,amo o jeito q vc escreve
Pelo q eu to vendo ai,as coisas tão começado a se resolver,a fic está acabando??;-; pfv,diga q n
Até o próximo cap :*