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quarta-feira, outubro 30, 2013

Capitulo 7

-Agora vamos. –Disse Zac lhe estendendo a mão.
-Que? –Perguntou ela intrigada com o ato.
-Me dê a sua mão.
-Não. Eles já têm motivos suficientes para falarem de nós dois por uma semana.
-Não seja fresca. Me dê logo sua mão.
-Você pode falar o que quiser, sou eu que vou enfrentá-las depois.
-Se você fizer o que eu digo, não vai precisar dizer nada. Vai estar óbvio.
-Não.
-Vai mesmo querer discutir? –Perguntou ele cansado.
-Se for preciso. –Ele deu um sorrisinho. –O que?
-MAS QUE DROGA VANESSA. –Gritou ele assustando todos lá em baixo.
-Que diabos você pensa que esta fazendo? –Perguntou ela aos sussurros assustada com o ato.
-Você não queria discutir? Estamos discutindo. VOCÊ NÃO VAI ASSIM.
-SERÁ QUE VOCÊ PODE PARAR DE GRITAR? DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?
-Nossa discussão será sobre sua roupa, e quando chegarmos, ninguém vai te incomodar. ESSE PEDAÇO DE PANO RIDÍCULO. DESDE QUANDO AS ROUPAS SÃO VENDIDAS PELA METADE?
-Você tem certeza que vai funcionar?
-Tenho.
-Tudo bem. –Disse respirando fundo. Ele deveria saber o que estava dizendo. E se não soubesse, azar o dele, pois ela o mataria. –EU VOU SIM. E RIDÍCULA É ESSA SUA MANEIRA DE PENSAR QUE PODE ME CONTROLAR.
-VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FALANDO COM QUEM? NÃO SOU SEUS AMIGUINHOS SE É O QUE VOCÊ ACHA.
-EU SEI QUE NÃO. ELES TÊM EDUCAÇÃO.
-ELES SÃO CRIANÇAS.
-QUE? –Perguntou realmente assustada. –Enlouqueceu foi? Quer ser expulso daqui?
-Eu sei o que estou fazendo. No carro te explico. VOCÊ MUDOU MUITO, HUDGENS.
-QUEM MUDOU FOI VOCÊ, SEU... SEU OGRO.
-SE EU SOU UM OGRO O QUE VOCÊ É? A FIONA? –Ele disse sério, mas ela não pode deixar de rir. –Não estraga, Vanessa.
-VAI PRO INFERNO. –Gritou ela gargalhando e descendo escada abaixo. –Você é um babaca. –Parou no meio da escada enquanto ria.
-Quanto amor. –Disse a abraçando por trás quando chegaram ao último degrau. Ela se assustou, mas deveria fazer parte do plano.
-Corrida? –Perguntou se desprendendo do abraço.
-Você realmente gosta de perder pra mim, não é? –Disse sorrindo percebendo que ela estava entendendo a ideia dele.
-Você continua o mesmo iludido de sempre.
-Assim me apaixono. –Riu.
-Idiota. –Disse lhe dando um empurrão. –Estamos indo. Não me esperem para o almoço.
-E nem para o jantar. –Zac completou passando o braço esquerdo pelo ombro dela.
-A tour é pela cidade, não pelo país.
-E como agradecimento te pago um jantar.
-E porque não o almoço?
-Cala a boca, criança. E vamos logo. Temos muito o que fazer hoje.
-Eu que dou as ordens. Manda quem pode e obedece...
-Quem quer e eu não quero e nem pretendo.
-Cancelo nossa tour. –Disse recomeçando a subir as escadas.
-Fiona... –Disse ele puxando-a pelo braço.
-É a mãe. –Disse enchendo-o de tapas enquanto gargalhava. Os amigos de Vanessa os olhavam e podiam jurar que os dois já se conheciam há anos e não há poucas horas. –Agora vamos. –Disse parando de rir. –Gabriela, me faz um favor?
-Depende. –Disse coçando o olho.
-Quando Alex acordar, diga que vou matá-lo por me deixar tão preocupada.
-Ah, claro. Digo sim. –Riu.
-Vous étiez tellement inquiet pour Alex qui a passé la nuit dehors. (Você estava tão preocupada com o Alex que passou a noite fora.) –Disse Jason em tom debochado.
-Vanessa était tellement inquiet Alex que sa tension artérielle a chuté et je lui ai emmené à l'hôpital. (Vanessa estava tão preocupada com Alex que sua pressão arterial caiu e eu a levei para o hospital.) –Disse Zac passando a mão pela cintura de Vanessa.
- Si Vanessa est si malade, elle doit rester au lit et. (Se Vanessa está tão doente, ela tem que ficar na cama.)
- Ne vous inquiétez pas, Jason. Si quelque chose arrive à Vanessa, je sais prendre soin d'elle. (Não se preocupe, Jason. Se algo acontecer a Vanessa, eu posso cuidar dela.) –Um alarme soou. –Que droga. –Gruniu ele indo em direção à porta.
-Que foi? –Perguntou Vanessa.
-Alguém chegou perto do carro. –Disse abrindo a porta e viu que era um guarda aplicando uma multa. –Isso é um absurdo. Não fiz nada de errado. Isso é preconceito porque o carro é de origem inglesa.
-Pode até ser, mas também é proibido estacionar ali.
-Não é não.
-Sim, é. É proibido a partir das seis da manhã.
-NOUS AVONS SAUVÉ LEUR PAYS ET C’EST AINSI QUE VOUS NOUS REMERCIEREZ? (Nós salvamos seu país e é assim que nos agradecem?)–Gritou ele indo em direção ao guarda.
- Américaine (americanos). –Disse Jason com deboche. Todos na república, até mesmo Louis que era seu irmão, o olharam com a cara fechada.
-Ele está certo. Nós americanos que salvamos sua pátria. –Disse James.
-Seus ancestrais, não vocês em si.
-Você entendeu, Jason. –Disse Vanessa. –Acho que vou vê Alex.
-Ele vai demorar mesmo. Se não tomar cuidado com as palavras pode até ser preso.
-Duvido. –Disse Vanessa rindo. –Volto já. –Disse subindo as escadas correndo. Bateu na porta do quarto de Alex e nada. Deveria estar dormindo. Ele precisava, afinal... Lágrimas tomaram conta de seus olhos quando lhe veio à memória todo o pesadelo da noite passada. Seu amigo no chão agonizando. Ela entrou no quarto e o encontrou dormindo. Aproximou-se da cama dele e acariciou-lhe a face. Ele se mexeu um pouco antes de abrir os olhos.

-Desculpe. Não queria te acordar. –Disse enxugando as lágrimas.
-Não tem problemas. Estava esperando você. Temos que conversar.
-Depois. Agora você precisa de descanso. Está melhor?
-Na medida do possível. –Sorriu sem forças. –Eu quero te dizer que...
-Não, não diga nada. Conversaremos outra hora.
-Promete?
-Prometo. Não pense que vai fugir de mim assim tão fácil. –Sorriu. –Ainda quero saber como fez para enganá-los.
-Tenho um dom. –Riu e Vanessa pode perceber o quão fraco ele estava.
-Por que não esta em um hospital? Você está fraco e precisa de cuidados.
-Estou melhor aqui. Hospitais me deixam depressivo.
-Você não muda. –Negou com a cabeça. –Vou te deixar descansando. Depois eu volto.
-Vai sair? –Perguntou notando as roupas dela.
-Sim, só volto à noite, eu acho... Estou descobrindo a verdade sobre minha família. Assim que eu chegar volto aqui para te contar.
-Vou ficar te esperando.
-Espere dormindo. –Sorriu. Depositou-lhe um beijo na face e se retirou.  Respirou fundo e desceu as escadas. –Estou indo. Beijo para todos e boa sorte com a entrevista Alexandra. –Disse abraçando a amiga.
-Obrigado. Vá que seu gato lhe espera.
-Há- Há. –Fingiu uma risada.
-Está bem? –Perguntou Louis a puxando pelo braço. Louis era da estatura de Vanessa e tinha os olhos claros e cabelo num tom loiro platinado. Era dois anos mais novo que Jason, e mais simpático que ele também.
-Sim. –Sorriu. –Bem, se me derem licença...
-Sua carruagem lhe espera, princesa. –Tyler falou apontando para a porta onde o carro de Zac a esperava. Era preto e os vidros fumês impediam de ver qualquer coisa.
-Au revoir (Até logo.) –Disse ela saindo e sendo acompanhada por Louis. Assim que fechou a porta do carro desabou num choro.
-O que foi? –Perguntou ele assustado parando de acelerar.
-Eu fui ver Alex. Ele está tão debilitado, tão fraco. Lembrei-me de ontem à noite quando pensei que ele iria... –Não conseguiu completar a frase. Ele a abraçou de lado.
-Xiiiu, não diz mais nada. Já entendi. –Terminando a frase acelerou novamente.
-Para onde estamos indo? –Perguntou ela mais calma depois de alguns minutos.
-Para a agência. Vou pegar seu atestado e depois vamos ter uma reunião com dois agentes a respeito de nossa viagem para a América. Vamos decidir quando vai ser e como executaremos tudo.
-Certo. –Seguiram o resto do caminho em silêncio. Chegaram a agencia e Vanessa notou que era uma loja de conveniência. Ou deveria ser. –Essa é a agência?
-Sim. Você não percebeu ontem por que era de noite, mas sim. Parece um lugar comum, mas não é.
-Já passei aqui em frente diversas vezes... Quem diria. –Sorriu. Desceram do carro e ela entrelaçou a mão na dele, que a olhou intrigado. –É que me sinto mais segura assim, e não quero me perder. –Ele apenas assentiu a apertou a mão dela.  Entraram na ‘loja’ e passaram para os fundos. O ambiente era outro. De madeira, passou a ser de metal. Entraram em um elevador e seguiram em silêncio. Chegaram ao andar escolhido por Zac, cujo ela não se preocupou em saber qual era, e saíram do elevador. Zac foi seguindo pelo corredor e ela tinha que se espremer para não esbarrar em algum agente. Ele parou e deu duas batidinhas da porta. ‘Entre’ respondeu alguém de dentro da sala. Eles entraram.

-Bom dia. Vanessa, esses são Ian e Nina. –Disse Zac fechando a porta atrás de si.
-Olá, Vanessa. –Disse Nina.



-Nina? –Perguntou assustada.

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Obrigada a quem comentou e pelo 'boa sorte' para o enem. Hmmmmmm, de onde será que a Vanessa conhece a Nina?? Só no próximo hehehe.

sexta-feira, outubro 25, 2013

Capitulo 6

Zac acordou e olhou para o lado. Levou um susto, mas logo lembrou-se do que havia acontecido, ou melhor, do que não havia. Levantou-se e viu que eram seis e vinte. Droga. Vanessa não o havia acordado. Pensou em lhe acordar, mas viu como estava a face da morena. Parecia feliz. Estava num bom sonho, com toda a certeza. Tomou um banho rápido e trocou de roupa no quarto mesmo, ela parecia que não ia acordar tão cedo. Se benzeu antes de enrolar Vanessa na coberta. Ela se mexeu e logo abriu os olhos.

-Que você esta fazendo? Perguntou assustada pela proximidade.
-Estava te embrulhando.
-Porque?
-Eu ia te levar no colo. Parecia estar num sonho tão bom e dormiu tão tarde que preferi não te acordar.
-Ah, sim. Meu sonho... Suspirou. Não havia sido bem um sonho, e sim um pesadelo muito confuso.
-Sonhou com o que?
-Me lembro vagamente, na verdade. As imagens são embaçadas e embaralhadas. Que horas são?
-Seis e trinta e cinco.
-QUE? Pulou da cama. Por quê você não me acordou?
-Na verdade você que ficou de me acordar.
-Ah, foi. Desculpe. Disse procurando a toalha. Correu para o banheiro e se trancou lá. Enquanto tomava um banho rápido escutou uma batida na porta.
-Vanessa? –Perguntou ele.
-Que?
-Vou por sua mochila lé no quarto. Te encontro lá fora. Não esqueça de trancar a porta antes de sair.
-Ok. –Disse constrangida. Não queria ficar sozinha num lugar desconhecido, nem que seja por poucos minutos. E para onde ele estava indo? Terminou o banho e correu para o quarto. Notou que as suas roupas estavam limpas. ‘Será que ele... Não, Vanessa. Algum empregado deve ter feito isso’ pensou afugentando a ideia da cabeça. Pôs a roupa e quando abriu a porta levou um susto.

-Ham, bon jour (Bom dia). –Disse para a moça que deveria ter no máximo 17 anos e estava com roupas de faxineira.
-Bon jour. Désolé. Je ne savais pas que la dame était. L'appartement est toujours vide à ce moment et je... (Bom dia. Desculpe. Eu não sabia que a senhora estava. O apartamento ainda está vazio nesse momento e eu...)
-Non, c'est tout droit. Je suis déjà sortie. Bon jour.(Não, está tudo bem. Eu já estou indo embora. Bom dia.) –Sorriu e saiu incomodada. A moça a olhou de cima a baixo. Deveria estar imaginando que ela e Zac... Oh, Zac. Onde ele havia se metido? Saiu pelo pátio e nenhum sinal da motocicleta ou de Zac. Vanessa com certeza chegaria tarde ao trabalho. Um carro preto se aproximou. Vanessa gelou. Ela estava do lado de fora do condomínio. 'Deveria ter esperado la dentro' pensou. O vidro abaixou e ela encontrou quem tanto procurava.

-Entre. –Disse Zac.
-Porque não me disse que tinha carro? Podia ter usado desde o começo, não acha?
-Esse carro não é meu. Consegui emprestado, mesmo a motocicleta sendo o melhor meio já que estamos atrasados. –Disse acelerando.
-Onde esta a motocicleta?
-Foi pra oficina. O motor estava falhando desde ontem de manhã.
-Então nós poderíamos ter ficado no meio da estrada?
-Provavelmente.
-Muito bom saber. –Disse enquanto ele passava pelo sinal vermelho. –Ei, estava vermelho.
-Você quer chegar mais atrasada do que já está?
-Não, mas já estou atrasada, então não vejo porque a pressa. Segurança em...
-Primeiro lugar. –Completou ele. –Seu pai vivia me falando isso. Você é a cópia exata dele.
-Minha mãe vivia me dizendo isso. –Sorriu nostálgica. Zac lhe ofereceu o café que tinha comprado para os dois e ela agradeceu antes de dar um gole. Pensou em questioná-lo sobre as roupas limpas, mas preferiu não o fazer. Seguiram o resto do caminho em silêncio. Pararam uma quadra antes da república.
-Não demoro. –Disse destravando o cinto de segurança.
-Eu vou entrar com você.
-Não, espera aqui. Não demoro, eu juro.
-Eu vou com você, já disse, agora anda. –Eles saíram do carro. –É o melhor, serio. Há não ser que queira enfrentar as perguntas sozinhas. –Imitou o bico que ela fazia. –Ai, emburradinha.
-Para.



-O que foi que eu te fiz? –Disse andando de costas, ficando de frente pra ela.
-Você é muito grosso. –Cruzou os braços.
-Desculpe, o FBI não da curso de etiqueta. –Sorriu. Ela deu um sorrisinho falso e logo voltou a fechar a cara. –Mas que menina marrentinha você é.
-Já disse que não gosto de falta de educação.
-Aw. A mamãe mimou demais você, foi? –Disse fazendo voz de criança e lhe apertando as bochechas.
-Saí. –Tirou a mão dele.
-Que grossa. Eu deveria deixar você enfrentá-los sozinha.
-Enfrentar quem? –Perguntou irritada parando na porta da república. A porta logo foi aberta e por ela saíram Gabriela, Alexandra, James e Tyler, amigos de Vanessa da república, e Jason , juntamente com seu irmão Louis.
-ONDE VOCÊ SE METEU? –Gritou Gabriela parando no meio da escadinha de seis degraus. –Quer nos matar? Ah, oi. –Disse olhando para Zac e se encolheu. Estava apenas de pijamas e pantufas.
-Eu...eu... Como assim?
-A gente arrombou a porta do seu quarto achando que você tinha desmaiado e adivinha? Você não estava lá. Estávamos quase ligando pra polícia. Onde você estava, mocinha? –Perguntou Alexandra cruzando os braços. Alexandra tinha 20 anos e morava na república desde os 15. Era loira dos olhos castanhos.
-Vocês arrombaram minha porta? Com que direito?
-A Gabi foi ao quarto de madrugada para pegar uma coberta, mas como você não respondia, ela desistiu. Tentou de manhã às cinco e meia, que é seu horário de acordar e nada. Foi te chamar as seis pra tomar café e você ainda não tinha respondido. Achamos que poderia ter acontecido algo e arrombamos. A culpa foi sua de se trancar. Você nunca faz isso, mas já entendi o porquê. –Disse Jason no seu inglês arranhado, olhando Zac de cima a baixo com desprezo.
-A Vanessa se sentiu mal durante a noite e eu vim buscá-la para ir ao médico, mas acabamos conversando e perdemos a hora. –Disse Zac passando a mão pela cintura dela a puxando para mais perto dele.
-E porque não nos avisou? –Perguntou James.
-Eu não queria incomodar. –Disse V abraçando Zac de lado, se sentia mais segura com ele, o que fez o olhar de Jason ficar ainda mais fulminante.
-Mas deveria ter avisado. –Disse Gabriela.
-Me desculpem. Dá próxima vez eu aviso. E Alex, já apareceu?
-Já. Está dormindo. Estava fedendo a cigarro e a bebida. Deve ter ido pra alguma festa. E vocês, já tomaram café?
-Sim. –Disse mostrando o copo vazio do Starbucks na mão. –Se me derem licença... –Disse apontando para ela e Zac. Os amigos entenderam e entraram. –Essa foi por pouco.
-Na hora do aperto você me ama, não é?
-Engraçadinho. E agora?
-Eu liguei para seu trabalho informando seu 'mal-estar' e eles disseram pra você tirar o dia de folga e depois levar o atestado.
-Aí é que tá. Que atestado?
-A gente passa na agência e arranjo um falsificado pra você. Agora, nós entramos, você troca de roupa e saímos em seguida. Temos muito o que vê hoje.
-Então tá. E minha mochila?
-A noite eu trago.
-Então tá. –Eles entraram, Zac saudou a todos e antes que iniciassem uma conversa, ela o chamou para ir ao quarto com ela.

-Hmmmm, Vanessa está de namoradinho. –Disse Alexandra assim que eles subiram.
-Eu te disse que ele era gato, não disse? –Disse Gabriela sorrindo.
-E que gato. –Se abanou.
-Je ne pense pas qu'il soit si mignon. (Eu não acho ele tão bonito)–Disse Jason.
-Vous êtes un homme et que vous aimez Vanessa. (Você é homem e você gosta de Vanessa).

Lá em cima o assunto era outro.

-Por quê diabos me chamou? –Perguntou Zac de cabeça baixa.
-Para Gabriela e Alexandra não me encherem de perguntas aqui em cima e você não ser atacado por Jason lá em baixo.
-Então se apresse.
-Estou pronta. –Ele levantou a cabeça e ela estava com um vestidinho florido tomara que caia na altura dos joelhos e sapatilhas. –Não quis ficar muito produzida e nem muito mendiga.
-Está linda.
-Obrigado.

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Ta aí, espero que gostem. Me desejem boa sorte no Enem amanhã e boa sorte pra quem vai fazer também.
Xx

sexta-feira, outubro 18, 2013

Capitulo 5

Depois de meia hora, Zac saiu do banho, apenas com uma toalha amarrada na cintura.

-Que foi? –Perguntou ele, pois ela o encarava.
-Depois dizem que as mulheres que demoram. –Disse Vanessa se levantando e entrando no banheiro em seguida. Tomou um banho de quinze minutos e se enrolou na toalha que havia ali, provavelmente para ela usar. ‘Droga’. Pensou. Havia deixado a mochila com suas roupas em cima do sofá. Abriu a porta devagar e pôs a cabeça do lado de fora. Tudo muito quieto. Saiu em direção ao sofá onde estava sua mochila. Quando se virou para voltar ao banheiro, deu de cara com ele.

-Ai que susto. –Disse ela pondo a mão no peito como se para acalmar o coração que batia aceleradamente.
-Não sou tão feio. –Tentou fazer piada.
-Nem tão bonito. –Retrucou. Mas não era mentira, ele não era tão bonito. Era lindo, e ainda mais assim, sem camisa... ‘Para, Vanessa. O que deu em você? Parece uma ninfomaníaca’ pensou ela corando. –Deixe-me passar.
-Cours, mademoiselle. (Claro, senhorita). –Disse ele no mais perfeito francês, lhe dando passagem. Ela voltou ao banheiro. Assim que fechou a porta, trancou-a e escorou-se na mesma. Suspirou. ‘ Que belo par de olhos. Que boca sedutora. Que sorriso brilhante. Que cheiro maravilhoso. E o corpo? Tão convidativo... Que isso, Vanessa? Onde você esta com a cabeça? Esta levando a sério o plano de vocês? Não, de maneira nenhuma. Só posso estar louca. Isso é sono. É, isso. Estou ficando perturbada pela falta de sono. ’ Disse ela abrindo a mochila. ‘Droga’. Seu hidratante corporal havia se partido sujando quase todas as suas coisas. Tirou tudo com cuidado para vê se dava para salvar algo. A única coisa que tinha se salvado eram suas roupas íntimas que estavam em um pacote separado das outras roupas. Sua calça estava suja em uma das pernas e do mesmo jeito se encontrava a blusa. Fora as roupas íntimas, apenas suas coisas do nécessaire estavam intactas. O jeito era pedir algo emprestado para Zac. Vestiu sua roupa de baixo e quando estava quase pondo a toalha novamente, viu a burrada que tinha feito. Tinha posto a toalha em cima das roupas sujas, ou seja, mais um item sujo de hidratante.

-Existem pessoas burras, mas hoje eu superei todas elas. –Disse irritada. –Isso que da perder sono. Esta vendo, Vanessa? –Falava ela sozinha. –É isso que da sair de casa escondido. É castigo de Deus.
-Algum problema? –Perguntou Zac do lado de fora. Ela se apressou em abrir a porta, mas apenas o suficiente para a cabeça sair.
-Ér, alguns imprevistos. Posso te pedir um favor?
-Ham, claro.
-Pode me emprestar uma blusa sua? É que houve um probleminha durante nossa ‘aventura’ e meu hidratante sujou toda a minha roupa.
-Ah, claro. –Foi até o quarto no final do corredor deixando-a esperando. Meio minuto depois ele volta com uma blusa de cor cinza e de manga longa nas mãos, que ela logo tratou de pegar antes de se trancar novamente. –Educação mandou lembranças. –Gritou ele do lado de fora. A porta se abriu novamente, mas dessa vez ela saiu.
-Desculpe a grosseria. Obrigado pela camisa.
-Caiu bem em você. –Disse ele olhando bem a morena a sua frente. A camisa não era tão comprida como ele pensou ser. Cobria apenas um terço das coxas de Vanessa. Coxas grossas e torneadas, ele não pode deixar de notar. Zac teve que piscar para sair do transe.
-Obrigado. Agora, se me der licença, vou dormir.
-Não quer vê um pouco de TV? Eu sei que você gosta de assistir jornal antes de dormir.
-Depois vamos ter que conversar sobre o quanto você sabe sobre mim. –Riu, mas falava serio. –Pelo horário que imagino ser, o jornal das nove passou há muito tempo.
-O da madrugada deve esta passando.
-Ah, tudo bem então. –E sentou-se no sofá. Ligou a TV e foi assisti o jornal da madrugada que já estava na metade. Zac trabalhava em alguma planta numa escrivaninha mais afastado da sala, perto da cozinha. Depois de toda a programação, Vanessa desligou a TV.
-Agora, se me der licença...
-Claro, à vontade. Boa noite. –Disse ele sem olhar para ela, o que a deixou irritada.
-Educação mandou lembranças. –Disse com ironia.
-Han? –Ainda sem olha-la.
-Educação mandou lembranças. –Repetiu, agora com um tom zangado na voz.
-Fiz algo?
-Deixou de fazer.
-O que te falta? –Perguntou a olhando pela primeira vez desde a hora no jornal.
-Nada. Boa noite. –Sorriu e saiu. Ele ficou intrigado e foi atrás dela. Quando ela tentou fechar a porta, ele a impediu. –Com licença. –Proferiu indignada enquanto tentava empurrar a porta. Perdia tempo, ele era mais forte.
-Você é louca? –Perguntou ele que parecia se divertir com a situação.
-Porque dizes isso?
-O que aconteceu lá na sala a pouco, podes me explicar?
- Não aconteceu nada.
-Então porque falou aquilo? És louca? Se for, pode me dizer, vou entender perfeitamente.
-Engraçadinho. –Desistiu de competir e foi se sentar na cama.
-Então, vais me dizer?
-Só falei a verdade. Educação te faltou. Ou não sabes que é errado falar com uma pessoa sem olha-la nos olhos? –Ela cruzou as pernas e pôs as mãos cruzadas em cima do joelho sorrindo.
-Você é louca, isso sim. –Riu. –Boa noite. –Fez menção de sair.
-Espera. –Disse se levantando.
-O que foi agora? Quer que eu te embrulhe?
-Não, engraçadinho. Onde você vai dormir?
-Na sala.
-Não há quarto de hóspedes?
-Há, mas uso-o para guardar os equipamentos.
-Ah.
-Quer compartilhar a cama? –Riu. Ela o encarou totalmente envergonhada.
-Você que sabe. –‘ Que? Vanessa, você definitivamente esta louca. Um estranho... Eu tenho que dormir logo ou vou acabar enlouquecendo de vez. ’ Ele a olhou estranhamente. –Di-digo... Esse é seu AP e eu não quero chegar lhe expulsando. Se quiser, a gente divide.
-Agradeço a oferta, mas vou recusá-la. Eu não vou dormir tão cedo, e não quero lhe acordar quando me deitar.
-Bom, você que sabe. Se mudar de ideia, a porta vai estar encostada.
-Tudo bem. Boa noite mais uma vez. –E saiu. ‘Que diabos, Vanessa? Esta louca? Compaixão. É isso que você esta sentindo. Compaixão, já que ele vai dormir na sala e você nessa cama espaçosa e quentinha. Esta com pena dele que esta te tratando tão bem, pelo menos na maioria do tempo. Ele que pode sentir frio de madrugada, já que esta sem camisa... Para, Vanessa. Só pode esta louca. Dormir. Tens que dormir.’ e fechou os olhos se aconchegando mais ainda ao travesseiro que abraçava.

Às cinco da manhã a porta do quarto se abria. Vanessa, que tinha o sono leve, logo despertou, mas não teve coragem de abrir os olhos. A porta foi fechada, e segundos depois, ela sentiu uma pressão do outro lado da cama. Sorriu. Ele tinha aceitado o pedido dela. Ela fingiu se espreguiçar e virou-se para o outro lado. Grande foi sua surpresa ao encontrar aqueles olhos lhe encarando.

-Han, oi. –Disse ela e sorriu.
-Desculpe te acordar.
-Não tem problemas. Que bom que pensou melhor.
-Eu não iria vir, mas senti uma imensa dor nas costas e tive que vir me deitar.
-Isso que da ficar por muito tempo na mesma posição.




-É verdade. –Suspirou cansado.
-Muito cansado?
-Sim. Mas finalmente terminei.
-O que era aquilo que estava fazendo?
-Uma planta de um balcão. Há suspeitas de que o dono do balcão esteja traficando pessoas.
-Aqui? Na França?
-Não, na America mesmo. Minha primeira missão assim que pisarmos em solo americano. Decidi adiar logo o trabalho.
-Entendi.
-Mas volte a dormir.
-Perdi o sono. Que horas são?
-Cinco e alguma coisa.
-Mas já?
-É. A noite passa rápido demais.
-E você? Não dorme?
-Cochilo é a palavra correta.
-Tente dormir então. Às seis e meia te acordo.
-Seis e quinze. Seis e meia nós temos que esta na republica.
-Trato feito. –Sorriu e ele lhe retribuiu antes de fechar os olhos e suspirar. ‘Como uma pessoa pode ser linda ate mesmo dormido?’ pensou Vanessa. Endireitou-se novamente quando sentiu os olhos pesarem. ‘Um cochilo, apenas...’


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Hmmmmmmmm, será que vai ser apenas um cochilo? Tadinho dele, acho que ele merecia uma massagem, não é? Eu me habilito u.u Espero que gostem e desculpem a demora.