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sábado, agosto 08, 2015

Capítulo 49

-Gabriela Garcia, que raios deu em você hoje? –Vanessa berrou. –Que susto!
-O que você aprontou, hein? Está muito assustada pro meu gosto.
-Depois nós conversamos, eu preciso sair.
-Porquê?
-Vou me encontrar com o Zac; a gente precisa conversar.
-Sobre?
-Não é da conta de ninguém. –Forçou passagem. –Eu volto logo.
-Não devia nem sair.
-Gabriela, por favor. Eu prometo que volto.
-Vanessa...
-Por favor!
-Tudo bem, mas fique com esse celular na mão. Vou te ligar pra saber se está bem; você está nervosa demais.
-Eu vou ficar bem, não se preocupe. –Abriu a porta e saiu correndo o mais rápido que pode.

     Ouviu passos pesados e resmungos logo atrás de si e correu mais ainda. Aproveitou que os seguranças estavam saindo e praticamente voou pela porta aberta correndo até o portão. Sentiu o peito doer quando estava na metade do caminho e gastou suas últimas forças pulando no colo do namorado.

-Calma aí, maratonista. –Z brincou. –Porquê o desespero?
-Você... Eu... Meu peito... Ar. –Tentou formar uma frase enquanto respirava fundo.
-Calma, Hudgens. Relaxa que está tudo bem. –A abraçou e ouviu o soluço. –Porquê você está chorando? O que aconteceu lá que eu perdi? Vanessa, me conta. –A morena só chorava e Z tirou a chave do bolso e a jogou para um homem que ela desconhecia. –Pietro, leva o carro. A gente vai na van.
-Efron, ele vai desconfiar.
-Ele já sabe. –Puxou Vanessa para uma van que estava um pouco distante dos portões da mansão. –Vai ficar tudo bem, viu? –A pegou no colo. –Você está me assustando, Hudgens.
-Seu mentiroso filho de uma chocadeira quebrada que faz ovo podre! –Gritou saindo dos braços dele e o socou. –Eu devia matar você, Zachary Efron!
-Vanessa...
-Não me toque! Só me tira daqui, mas não fala comigo. Entendeu?
-Jones, temos um problema. –Z disse pressionando a escuta. –A garota surtou.
-Surtou? Você não viu nada. É essa a van? –Apontou. –Como que abre esse negócio? –Z abriu a porta e entrou logo atrás de Vanessa. –Porquê está me olhando?
-O que deu em você?
-Zac, eles tem câmeras e escutas em toda essa área e eu sou a namorada enganada. Queria que eu te enchesse de beijos?
-Você poderia ter me avisado. –Passou as mãos no cabelo. –Que susto, Vanessa! Eu achei que você não tinha resistido a pressão da primeira missão. Sua fingida de primeira categoria. –A empurrou.
-Um segundo, Efron: não fingi nada. Você quase me fez ter um troço! Faz isso rápido antes que te peguem, faz aquilo antes que te peguem; corre que vão te pegar. –Imitou a voz dele. –Eu quase morri de antecipação.
-Eu só estava te alertando. Enzo correu sim atrás de você.
-Por que eu corri primeiro.
-Não; correu por que ele viu que você remexeu nas coisas. Tenho certeza que você não colocou nada no lugar.
-Claro que sim!
-Girou o fecho do envelope na mesma quantidade que estava?
-Que?
-Eles são perfeccionistas, Vanessa. Normalmente contam até quantos milímetros tem de um lápis para outro na mesa. A primeira coisa que Enzo deve ter visto quando você saiu foi o envelope premiado.
-O que são todos aqueles números?
-Diversas coisas.
-Como o que por exemplo? –Z a encarou. –Não me olhe assim. Eu fiz o trabalhinho sujo e tenho direito de saber.
-Bem, é todo um esquema. Fontes nos disseram que são números do registro dos criminosos, a quantidade de pessoas que enganaram ou executaram e quanto ganharam por isso.
-E porquê isso interessa pra vocês?
-Por que é a concorrência deles e os sócios também. Sendo inimigos ou não, eles se juntariam contra o FBI e a CIA.
-E por quê a CIA não se junta com a gente pra lidar com eles?
-Não é uma gangue, Vanessa, é todo um outro mundo. Isso mudaria muita coisa, inclusive o capitalismo. A gente só prende se aceitar o outro que vai ficar no lugar.
-É tudo uma farsa, então?
-Sim.
-A garotinha está sabendo demais, Efron.
-Jones, ela está envolvida. –Z o encarou.
-Garotinha. –V desdenhou. –Ir lá fazer o trabalho ninguém quis, né? Palhaços.
-Vanessa!
-Eu disse que não estava fingindo, Zac. Você e eu precisamos conversar.
-Só depois que você for diagnosticada por um psiquiatra.
-E porquê? Já fui em missões antes.
-Mas nunca diretamente, sem contar que você precisa voltar.
-Você disse que não era necessário!
-E não era, mas você prometeu pra sua amiguinha e eu que não vou ficar ouvindo você reclamar da consciência pesada por que não voltou.
-Nós precisamos mesmo conversar, Efron!
-Com certeza, Hudgens.

[...]

-E então, o que quer conversar? –Z cruzou os braços.
-Somente com privacidade.
-E mais essa. –Bufou, mas logo sorriu. –Vanessa! –Abraçou uma loira alta que aparentava ser da idade dela.
-Quando eu ouvi que Zac Efron estava aqui, precisei ver com meus próprios olhos. –A encarou. –E essa quem é?
-Filha de Gregory Hudgens.
-Que fim trágico do Greg. –A loira negou com a cabeça. –É um prazer, querida. –Sorriu. –E você, como vai? –Cutucou Zac com certa intimidade fazendo a morena os encarar.
-Bem. Poderia me emprestar sua sala? Preciso conversar com a Hudgens em particular, sabe como é.
-Eu sei; fique a vontade, a sala é sua. –Lhe entregou um molho de chaves. –Eu tenho uma reunião agora. Nos vemos no jantar?
-Talvez. Obrigado pela sala.
-Até breve. –Acenou antes de entrar no elevador.
-O que foi? –Z perguntou seguindo pelo corredor.
-Quem é essa?
-Uma amiga.
-E desde quando você tem amigos?
-Sentiu esse cheiro? Eu acho que é ciúme, e você?
-Não estou para brincadeira. Você sabe que me deve respeito por mais que seja tudo uma farsa, Efron!
-Vem aqui, garota. –A puxou pelo corredor e a prendeu entre a parede e a porta. Depois de destranca-lá, a empurrou e bateu a porta com força antes de tranca-la novamente. –Você é ótima, amor. –Tentou beijar Vanessa mas ela recuou. –Ei, o que foi? Te machuquei?
-Eu não estou fingindo.
-Vanessa, a Vanessa é só uma amiga, ok?
-E desde quando você tem amigas? E porquê Vanessa?
-Ok, não somos tão amigos assim, mas já fomos muito próximos. –Abraçou a morena. –O por que do nome dela você vai precisar perguntar para os pais.
-Ela é loira. –Comentou.
-E dai?
-Não se faça de idiota.
-Amor, a Vanessa tem idade para ser minha mãe.
-Aham, e a sua mãe te teve com dois anos? Acho que foi um.
-Ela não é tão nova quanto aparenta. –Sorriu do que parecia ser uma piada. –Existem cremes anti-rugas, plásticas e botóx sabia?
-Mesmo assim, Zachary. Você nunca me falou dela.
-Te incomoda eu não ter falado dela pra você ou é o contrário?
-Não seja patético.
-Eu te conheço muito bem, baby, por isso, não negue seu ciúme.
-Só não achei ela confiável.
-Ela cuidou de mim quando meus pais morreram.
-Achei que você estava num colégio militar.
-E estava, mas alguém precisava pagar para que eu continuasse lá, sabia? Ela foi amiga dos meus pais, principalmente da minha mãe, e cuidou de mim a distância.
-Quando vocês se conheceram?
-Eu já tinha cinco anos no FBI e quando virei agente Sênior, precisei de um treinamento mais intenso.
-E foi ela?
-Seu pai que me indicou. –Ergueu as mãos. –Nós só somos amigos e ela me contou mais sobre os meus pais. Ela era pra mim o que eu fui ou ainda sou pra você.
-Mas você conheceu seus pais!
-E os vi pela ultima vez com oito anos. Você viveu com sua mãe até os dezesseis.
-Já conversamos sobre isso; é difícil para os dois. –Cruzou os braços. –E não é esse o assunto!
-Certo: eu não tenho nada com a Vanessa, nunca tive e provavelmente nunca vou ter, por que a única Vanessa que me interessa é uma morena baixinha que é beeem chatinha e tem Hudgens no sobrenome. Conhece?
-Não, mas pelas características ela me parece ser legal. Vocês deviam ficar juntos.
-Ah, é?
-Sim. –O abraçou. –Não tem mais nenhuma outra desconhecida que vai ficar te cutucando pelo corredor com tanta intimidade como aquela loira aguada?
-Não, ou pelo menos, eu espero que não. E ela é loira original.
-Não chamei de falsificada e sim de aguada. –Deu de ombros e suspirou.
-O que foi?
-Porquê você me chamou de Hudgens na frente dela? Fiquei com ar de desinteressante pra você.
-Amor, você sabe o por que. –Lhe deu um selinho rápido. –Eu só não falei dela pra você antes por que tinha me esquecido.
-Esquecido da sua amiga tiazona próxima?
-Amor...
-Só perguntei.
-Sei.
-Podemos dar uns amassos agora ou só depois?
-Eu quero te levar pra fazer compras.
-E porquê?
-Vamos ter um bebê e você precisa de um bom motivo pra chegar tarde.
-Você sabe que eu não estou grávida de verdade, não é?
-Sim, mas com certeza o Enzo mandou alguém pra nos vigiar que deve estar lá fora só esperando pela gente. Precisamos aparentar felicidade e você estar confusa, mas que aceita a situação, pelo menos por enquanto. Quando ele te questionar, você fica calada. Só precisa atuar essa noite.
-E se ele não se convencer?
-Você inventa dores e eu te tiro de lá.
-Porquê tudo tem que envolver lágrimas e sofrimento pra vocês? Não posso sentir dores; Gabriela vai querer me seguir.
-É só uma hipótese, amor. Você também pode optar por me chamar e eu invado a propriedade com uma equipe e te tiro de lá a força.
-Ok, eu não quero pensar nisso agora. Na hora sempre acontecem imprevistos.
-Então vamos?
-Para onde?
-Vamos alugar alguns filmes e depois fazer compras numa loja infantil.
-Ok. –Suspirou e o beijou levemente. –Eu te amo.
-Se a gente se apressar, acho que teremos um tempo pra ficarmos sozinhos no apartamento treinando algumas coisas. –Piscou pra ela.
-Eu queria ouvir um "eu te amo" de volta, mas isso até que é interessante. –O abraçou.

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Oi. Vivas? Eu sei que deixei o blog as moscas, mas os dias foram passando e o capítulo aqui pegando poeira.... Me perdoem! Vou tentar me esforçar para postar como deveria ser. Quero agradecer a todos os comentários e dizer que vocês mereciam um prêmio por me esperar. Sem mais delongas, espero que gostem.
Xx