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sexta-feira, outubro 18, 2013

Capitulo 5

Depois de meia hora, Zac saiu do banho, apenas com uma toalha amarrada na cintura.

-Que foi? –Perguntou ele, pois ela o encarava.
-Depois dizem que as mulheres que demoram. –Disse Vanessa se levantando e entrando no banheiro em seguida. Tomou um banho de quinze minutos e se enrolou na toalha que havia ali, provavelmente para ela usar. ‘Droga’. Pensou. Havia deixado a mochila com suas roupas em cima do sofá. Abriu a porta devagar e pôs a cabeça do lado de fora. Tudo muito quieto. Saiu em direção ao sofá onde estava sua mochila. Quando se virou para voltar ao banheiro, deu de cara com ele.

-Ai que susto. –Disse ela pondo a mão no peito como se para acalmar o coração que batia aceleradamente.
-Não sou tão feio. –Tentou fazer piada.
-Nem tão bonito. –Retrucou. Mas não era mentira, ele não era tão bonito. Era lindo, e ainda mais assim, sem camisa... ‘Para, Vanessa. O que deu em você? Parece uma ninfomaníaca’ pensou ela corando. –Deixe-me passar.
-Cours, mademoiselle. (Claro, senhorita). –Disse ele no mais perfeito francês, lhe dando passagem. Ela voltou ao banheiro. Assim que fechou a porta, trancou-a e escorou-se na mesma. Suspirou. ‘ Que belo par de olhos. Que boca sedutora. Que sorriso brilhante. Que cheiro maravilhoso. E o corpo? Tão convidativo... Que isso, Vanessa? Onde você esta com a cabeça? Esta levando a sério o plano de vocês? Não, de maneira nenhuma. Só posso estar louca. Isso é sono. É, isso. Estou ficando perturbada pela falta de sono. ’ Disse ela abrindo a mochila. ‘Droga’. Seu hidratante corporal havia se partido sujando quase todas as suas coisas. Tirou tudo com cuidado para vê se dava para salvar algo. A única coisa que tinha se salvado eram suas roupas íntimas que estavam em um pacote separado das outras roupas. Sua calça estava suja em uma das pernas e do mesmo jeito se encontrava a blusa. Fora as roupas íntimas, apenas suas coisas do nécessaire estavam intactas. O jeito era pedir algo emprestado para Zac. Vestiu sua roupa de baixo e quando estava quase pondo a toalha novamente, viu a burrada que tinha feito. Tinha posto a toalha em cima das roupas sujas, ou seja, mais um item sujo de hidratante.

-Existem pessoas burras, mas hoje eu superei todas elas. –Disse irritada. –Isso que da perder sono. Esta vendo, Vanessa? –Falava ela sozinha. –É isso que da sair de casa escondido. É castigo de Deus.
-Algum problema? –Perguntou Zac do lado de fora. Ela se apressou em abrir a porta, mas apenas o suficiente para a cabeça sair.
-Ér, alguns imprevistos. Posso te pedir um favor?
-Ham, claro.
-Pode me emprestar uma blusa sua? É que houve um probleminha durante nossa ‘aventura’ e meu hidratante sujou toda a minha roupa.
-Ah, claro. –Foi até o quarto no final do corredor deixando-a esperando. Meio minuto depois ele volta com uma blusa de cor cinza e de manga longa nas mãos, que ela logo tratou de pegar antes de se trancar novamente. –Educação mandou lembranças. –Gritou ele do lado de fora. A porta se abriu novamente, mas dessa vez ela saiu.
-Desculpe a grosseria. Obrigado pela camisa.
-Caiu bem em você. –Disse ele olhando bem a morena a sua frente. A camisa não era tão comprida como ele pensou ser. Cobria apenas um terço das coxas de Vanessa. Coxas grossas e torneadas, ele não pode deixar de notar. Zac teve que piscar para sair do transe.
-Obrigado. Agora, se me der licença, vou dormir.
-Não quer vê um pouco de TV? Eu sei que você gosta de assistir jornal antes de dormir.
-Depois vamos ter que conversar sobre o quanto você sabe sobre mim. –Riu, mas falava serio. –Pelo horário que imagino ser, o jornal das nove passou há muito tempo.
-O da madrugada deve esta passando.
-Ah, tudo bem então. –E sentou-se no sofá. Ligou a TV e foi assisti o jornal da madrugada que já estava na metade. Zac trabalhava em alguma planta numa escrivaninha mais afastado da sala, perto da cozinha. Depois de toda a programação, Vanessa desligou a TV.
-Agora, se me der licença...
-Claro, à vontade. Boa noite. –Disse ele sem olhar para ela, o que a deixou irritada.
-Educação mandou lembranças. –Disse com ironia.
-Han? –Ainda sem olha-la.
-Educação mandou lembranças. –Repetiu, agora com um tom zangado na voz.
-Fiz algo?
-Deixou de fazer.
-O que te falta? –Perguntou a olhando pela primeira vez desde a hora no jornal.
-Nada. Boa noite. –Sorriu e saiu. Ele ficou intrigado e foi atrás dela. Quando ela tentou fechar a porta, ele a impediu. –Com licença. –Proferiu indignada enquanto tentava empurrar a porta. Perdia tempo, ele era mais forte.
-Você é louca? –Perguntou ele que parecia se divertir com a situação.
-Porque dizes isso?
-O que aconteceu lá na sala a pouco, podes me explicar?
- Não aconteceu nada.
-Então porque falou aquilo? És louca? Se for, pode me dizer, vou entender perfeitamente.
-Engraçadinho. –Desistiu de competir e foi se sentar na cama.
-Então, vais me dizer?
-Só falei a verdade. Educação te faltou. Ou não sabes que é errado falar com uma pessoa sem olha-la nos olhos? –Ela cruzou as pernas e pôs as mãos cruzadas em cima do joelho sorrindo.
-Você é louca, isso sim. –Riu. –Boa noite. –Fez menção de sair.
-Espera. –Disse se levantando.
-O que foi agora? Quer que eu te embrulhe?
-Não, engraçadinho. Onde você vai dormir?
-Na sala.
-Não há quarto de hóspedes?
-Há, mas uso-o para guardar os equipamentos.
-Ah.
-Quer compartilhar a cama? –Riu. Ela o encarou totalmente envergonhada.
-Você que sabe. –‘ Que? Vanessa, você definitivamente esta louca. Um estranho... Eu tenho que dormir logo ou vou acabar enlouquecendo de vez. ’ Ele a olhou estranhamente. –Di-digo... Esse é seu AP e eu não quero chegar lhe expulsando. Se quiser, a gente divide.
-Agradeço a oferta, mas vou recusá-la. Eu não vou dormir tão cedo, e não quero lhe acordar quando me deitar.
-Bom, você que sabe. Se mudar de ideia, a porta vai estar encostada.
-Tudo bem. Boa noite mais uma vez. –E saiu. ‘Que diabos, Vanessa? Esta louca? Compaixão. É isso que você esta sentindo. Compaixão, já que ele vai dormir na sala e você nessa cama espaçosa e quentinha. Esta com pena dele que esta te tratando tão bem, pelo menos na maioria do tempo. Ele que pode sentir frio de madrugada, já que esta sem camisa... Para, Vanessa. Só pode esta louca. Dormir. Tens que dormir.’ e fechou os olhos se aconchegando mais ainda ao travesseiro que abraçava.

Às cinco da manhã a porta do quarto se abria. Vanessa, que tinha o sono leve, logo despertou, mas não teve coragem de abrir os olhos. A porta foi fechada, e segundos depois, ela sentiu uma pressão do outro lado da cama. Sorriu. Ele tinha aceitado o pedido dela. Ela fingiu se espreguiçar e virou-se para o outro lado. Grande foi sua surpresa ao encontrar aqueles olhos lhe encarando.

-Han, oi. –Disse ela e sorriu.
-Desculpe te acordar.
-Não tem problemas. Que bom que pensou melhor.
-Eu não iria vir, mas senti uma imensa dor nas costas e tive que vir me deitar.
-Isso que da ficar por muito tempo na mesma posição.




-É verdade. –Suspirou cansado.
-Muito cansado?
-Sim. Mas finalmente terminei.
-O que era aquilo que estava fazendo?
-Uma planta de um balcão. Há suspeitas de que o dono do balcão esteja traficando pessoas.
-Aqui? Na França?
-Não, na America mesmo. Minha primeira missão assim que pisarmos em solo americano. Decidi adiar logo o trabalho.
-Entendi.
-Mas volte a dormir.
-Perdi o sono. Que horas são?
-Cinco e alguma coisa.
-Mas já?
-É. A noite passa rápido demais.
-E você? Não dorme?
-Cochilo é a palavra correta.
-Tente dormir então. Às seis e meia te acordo.
-Seis e quinze. Seis e meia nós temos que esta na republica.
-Trato feito. –Sorriu e ele lhe retribuiu antes de fechar os olhos e suspirar. ‘Como uma pessoa pode ser linda ate mesmo dormido?’ pensou Vanessa. Endireitou-se novamente quando sentiu os olhos pesarem. ‘Um cochilo, apenas...’


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Hmmmmmmmm, será que vai ser apenas um cochilo? Tadinho dele, acho que ele merecia uma massagem, não é? Eu me habilito u.u Espero que gostem e desculpem a demora.

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