Páginas

sexta-feira, outubro 25, 2013

Capitulo 6

Zac acordou e olhou para o lado. Levou um susto, mas logo lembrou-se do que havia acontecido, ou melhor, do que não havia. Levantou-se e viu que eram seis e vinte. Droga. Vanessa não o havia acordado. Pensou em lhe acordar, mas viu como estava a face da morena. Parecia feliz. Estava num bom sonho, com toda a certeza. Tomou um banho rápido e trocou de roupa no quarto mesmo, ela parecia que não ia acordar tão cedo. Se benzeu antes de enrolar Vanessa na coberta. Ela se mexeu e logo abriu os olhos.

-Que você esta fazendo? Perguntou assustada pela proximidade.
-Estava te embrulhando.
-Porque?
-Eu ia te levar no colo. Parecia estar num sonho tão bom e dormiu tão tarde que preferi não te acordar.
-Ah, sim. Meu sonho... Suspirou. Não havia sido bem um sonho, e sim um pesadelo muito confuso.
-Sonhou com o que?
-Me lembro vagamente, na verdade. As imagens são embaçadas e embaralhadas. Que horas são?
-Seis e trinta e cinco.
-QUE? Pulou da cama. Por quê você não me acordou?
-Na verdade você que ficou de me acordar.
-Ah, foi. Desculpe. Disse procurando a toalha. Correu para o banheiro e se trancou lá. Enquanto tomava um banho rápido escutou uma batida na porta.
-Vanessa? –Perguntou ele.
-Que?
-Vou por sua mochila lé no quarto. Te encontro lá fora. Não esqueça de trancar a porta antes de sair.
-Ok. –Disse constrangida. Não queria ficar sozinha num lugar desconhecido, nem que seja por poucos minutos. E para onde ele estava indo? Terminou o banho e correu para o quarto. Notou que as suas roupas estavam limpas. ‘Será que ele... Não, Vanessa. Algum empregado deve ter feito isso’ pensou afugentando a ideia da cabeça. Pôs a roupa e quando abriu a porta levou um susto.

-Ham, bon jour (Bom dia). –Disse para a moça que deveria ter no máximo 17 anos e estava com roupas de faxineira.
-Bon jour. Désolé. Je ne savais pas que la dame était. L'appartement est toujours vide à ce moment et je... (Bom dia. Desculpe. Eu não sabia que a senhora estava. O apartamento ainda está vazio nesse momento e eu...)
-Non, c'est tout droit. Je suis déjà sortie. Bon jour.(Não, está tudo bem. Eu já estou indo embora. Bom dia.) –Sorriu e saiu incomodada. A moça a olhou de cima a baixo. Deveria estar imaginando que ela e Zac... Oh, Zac. Onde ele havia se metido? Saiu pelo pátio e nenhum sinal da motocicleta ou de Zac. Vanessa com certeza chegaria tarde ao trabalho. Um carro preto se aproximou. Vanessa gelou. Ela estava do lado de fora do condomínio. 'Deveria ter esperado la dentro' pensou. O vidro abaixou e ela encontrou quem tanto procurava.

-Entre. –Disse Zac.
-Porque não me disse que tinha carro? Podia ter usado desde o começo, não acha?
-Esse carro não é meu. Consegui emprestado, mesmo a motocicleta sendo o melhor meio já que estamos atrasados. –Disse acelerando.
-Onde esta a motocicleta?
-Foi pra oficina. O motor estava falhando desde ontem de manhã.
-Então nós poderíamos ter ficado no meio da estrada?
-Provavelmente.
-Muito bom saber. –Disse enquanto ele passava pelo sinal vermelho. –Ei, estava vermelho.
-Você quer chegar mais atrasada do que já está?
-Não, mas já estou atrasada, então não vejo porque a pressa. Segurança em...
-Primeiro lugar. –Completou ele. –Seu pai vivia me falando isso. Você é a cópia exata dele.
-Minha mãe vivia me dizendo isso. –Sorriu nostálgica. Zac lhe ofereceu o café que tinha comprado para os dois e ela agradeceu antes de dar um gole. Pensou em questioná-lo sobre as roupas limpas, mas preferiu não o fazer. Seguiram o resto do caminho em silêncio. Pararam uma quadra antes da república.
-Não demoro. –Disse destravando o cinto de segurança.
-Eu vou entrar com você.
-Não, espera aqui. Não demoro, eu juro.
-Eu vou com você, já disse, agora anda. –Eles saíram do carro. –É o melhor, serio. Há não ser que queira enfrentar as perguntas sozinhas. –Imitou o bico que ela fazia. –Ai, emburradinha.
-Para.



-O que foi que eu te fiz? –Disse andando de costas, ficando de frente pra ela.
-Você é muito grosso. –Cruzou os braços.
-Desculpe, o FBI não da curso de etiqueta. –Sorriu. Ela deu um sorrisinho falso e logo voltou a fechar a cara. –Mas que menina marrentinha você é.
-Já disse que não gosto de falta de educação.
-Aw. A mamãe mimou demais você, foi? –Disse fazendo voz de criança e lhe apertando as bochechas.
-Saí. –Tirou a mão dele.
-Que grossa. Eu deveria deixar você enfrentá-los sozinha.
-Enfrentar quem? –Perguntou irritada parando na porta da república. A porta logo foi aberta e por ela saíram Gabriela, Alexandra, James e Tyler, amigos de Vanessa da república, e Jason , juntamente com seu irmão Louis.
-ONDE VOCÊ SE METEU? –Gritou Gabriela parando no meio da escadinha de seis degraus. –Quer nos matar? Ah, oi. –Disse olhando para Zac e se encolheu. Estava apenas de pijamas e pantufas.
-Eu...eu... Como assim?
-A gente arrombou a porta do seu quarto achando que você tinha desmaiado e adivinha? Você não estava lá. Estávamos quase ligando pra polícia. Onde você estava, mocinha? –Perguntou Alexandra cruzando os braços. Alexandra tinha 20 anos e morava na república desde os 15. Era loira dos olhos castanhos.
-Vocês arrombaram minha porta? Com que direito?
-A Gabi foi ao quarto de madrugada para pegar uma coberta, mas como você não respondia, ela desistiu. Tentou de manhã às cinco e meia, que é seu horário de acordar e nada. Foi te chamar as seis pra tomar café e você ainda não tinha respondido. Achamos que poderia ter acontecido algo e arrombamos. A culpa foi sua de se trancar. Você nunca faz isso, mas já entendi o porquê. –Disse Jason no seu inglês arranhado, olhando Zac de cima a baixo com desprezo.
-A Vanessa se sentiu mal durante a noite e eu vim buscá-la para ir ao médico, mas acabamos conversando e perdemos a hora. –Disse Zac passando a mão pela cintura dela a puxando para mais perto dele.
-E porque não nos avisou? –Perguntou James.
-Eu não queria incomodar. –Disse V abraçando Zac de lado, se sentia mais segura com ele, o que fez o olhar de Jason ficar ainda mais fulminante.
-Mas deveria ter avisado. –Disse Gabriela.
-Me desculpem. Dá próxima vez eu aviso. E Alex, já apareceu?
-Já. Está dormindo. Estava fedendo a cigarro e a bebida. Deve ter ido pra alguma festa. E vocês, já tomaram café?
-Sim. –Disse mostrando o copo vazio do Starbucks na mão. –Se me derem licença... –Disse apontando para ela e Zac. Os amigos entenderam e entraram. –Essa foi por pouco.
-Na hora do aperto você me ama, não é?
-Engraçadinho. E agora?
-Eu liguei para seu trabalho informando seu 'mal-estar' e eles disseram pra você tirar o dia de folga e depois levar o atestado.
-Aí é que tá. Que atestado?
-A gente passa na agência e arranjo um falsificado pra você. Agora, nós entramos, você troca de roupa e saímos em seguida. Temos muito o que vê hoje.
-Então tá. E minha mochila?
-A noite eu trago.
-Então tá. –Eles entraram, Zac saudou a todos e antes que iniciassem uma conversa, ela o chamou para ir ao quarto com ela.

-Hmmmm, Vanessa está de namoradinho. –Disse Alexandra assim que eles subiram.
-Eu te disse que ele era gato, não disse? –Disse Gabriela sorrindo.
-E que gato. –Se abanou.
-Je ne pense pas qu'il soit si mignon. (Eu não acho ele tão bonito)–Disse Jason.
-Vous êtes un homme et que vous aimez Vanessa. (Você é homem e você gosta de Vanessa).

Lá em cima o assunto era outro.

-Por quê diabos me chamou? –Perguntou Zac de cabeça baixa.
-Para Gabriela e Alexandra não me encherem de perguntas aqui em cima e você não ser atacado por Jason lá em baixo.
-Então se apresse.
-Estou pronta. –Ele levantou a cabeça e ela estava com um vestidinho florido tomara que caia na altura dos joelhos e sapatilhas. –Não quis ficar muito produzida e nem muito mendiga.
-Está linda.
-Obrigado.

-----x-----

Ta aí, espero que gostem. Me desejem boa sorte no Enem amanhã e boa sorte pra quem vai fazer também.
Xx

2 comentários:

  1. Amei o cp
    e o James não sabe o que é beleza kkkk
    Posta logo bjsss

    ResponderExcluir
  2. adorei!!
    esta muito bom.
    boa sorte com o Enem, espero que você consiga passar.

    ResponderExcluir