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quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Capítulo 38

-Então, como vocês estão?  –V perguntou encontrando os amigos no saguão do hotel.
-Queremos explicações! –Gabriela disparou.
-Logo, eu prometo.
-Porquê não agora?
-Por que eu não sei o que responder. Estou no escuro junto com vocês.
-Quer que a gente acredite que o Zachary não te disse nada?! –Alex perguntou debochado. 
-Sim, por que é a verdade. Ele não quis conversar ontem a noite. Na verdade, ele está muito zangado comigo.
-Com razão.
-Cale a boca, Alex! –James disse abraçando a amiga. –Não vê que ela está nervosa?
-E que culpa eu tenho? Se ele terminasse com ela...
-Não! –Vanessa exclamou com os olhos marejados. –Não...
-Vanessa, está tudo bem. –Alexandra disse se aproximando para abraçá-la também. –Seja o que for, vocês vão se resolver. 
-Não entendo o porque do drama. –O loiro reclamou revirando os olhos.
-Ela está apaixonada, não entende?
-Não, eu não entendo e não aceito!
-Você não tem que aceitar nada, não é assunto seu.
-Parem, por favor. –V pediu fungando. –Eu só vim perguntar se posso tomar café da manhã com vocês.
-Cadê o seu noivo?
-Já disse que ele está zangado comigo. Preferi deixá-lo sozinho.
-Não quer tentar resolver o assunto hoje de manhã? –James perguntou e ela apenas negou com a cabeça. –Tudo bem, então. Pensamos em comer alguma coisa na cafeteria da frente, o que você acha?
-Eles fazem umas panquecas deliciosas. 
-Já comeu lá?
-Algumas vezes.
-Então vamos. –James a libertou do aperto dos braços para poderem andar.
A cafeteria estava do mesmo jeito que ela se lembrava. Até a garçonete ruiva que não tinha tirado os olhos do seu acompanhante anterior estava lá. A ruiva pareceu reconhecê-la já que a encarou e em seguida fez o mesmo com James que continuava com o braço ao seu redor protetoramente.
Vanessa bufou audivelmente quando se acomodaram numa mesa no canto e logo sentiu a cutucada de James.
-A garçonete! –Ela explicou.
-O que tem ela?
-Bem... –A porta da cafeteria foi aberta e por ela entrou um Zac muito preocupado e afoito. Ele correu os olhos pelo lugar e quando a encontrou, fechou a cara. –Merda!
-O que foi? –Alexandra perguntou olhando pra trás. –Ah, entendi. Quer ir falar com ele?
-Querer eu não quero, mas preciso. –V se levantou. –Eu não sei se volto, então, não me esperem pra fazer o pedido. –Ela avisou dando a volta na mesa e indo até ele. –Oi.
-Oi? Só oi? Porquê diabos você não me avisou que ia sair? –Z questionou cheio de raiva puxando-a para a calçada. –Já não basta o susto de ontem a noite? Você tinha que ter me avisado!
-É que você mal olhou na minha cara desde que chegamos e eu pensei...
-Que com a droga de um bilhete estaria tudo bem? Você poderia muito bem ter me avisado.
-Você estava dormindo!
-Que me acordasse, então!
-Você ia se zangar!
-E como você achou que eu ficaria quando acordasse e percebesse que você não estava no quarto?
-Meu bilhete foi claro.
-Foi vago! –A corrigiu. –"Estou indo tomar café com os meninos." Nem um endereço, nem um aviso se tinha levado o telefone ou não, e por acaso, não. –Disse tirando o aparelho do bolso e entregando a ela. –Já te falei pra não sair sem ele; preciso te rastrear.
-Eu não sabia que a gente ia vim pra cá e sinceramente eu pensei que ia voltar e te encontrar na mesma posição. Você tem um sono pesado demais.
-Você sabe que não é assim quando estou com você.
-Desculpa. –Disse tentando pegar nele, que recuou.
-Não. Estou perturbado demais e vou acabar te machucando.
-Eu não toco em você desde ontem. –Ela falou sentida. –Sinto sua falta.
-Agora não. Quer entrar pra comer?
-Quero um beijo!
-Vanessa...
-Eu sei que você está me odiando no momento, mas preciso disso. Só para saber que tudo vai ficar bem entre nós.
-Você foi muito teimosa e desobediente.
-Como sempre fui. Por favor, não vamos brigar por isso. Eu não quero perder você.
-Eu também não. É tudo muito novo pra mim e você me confunde demais.
-Você fala como se comigo fosse diferente. Eu nunca fiz parte disso ou me envolvi com alguém como você. É complicado, mas eu não quero desistir. Eu gosto muito de você e só a ideia de te perder algum dia... Eu acho que eu amo você.
-Você não pode!
-E porquê não? Só porquê somos agentes?
-Eu matei o seu pai!
-Você não fez isso; não é sua culpa! Foi um acidente, uma distração momentânea. O mesmo aconteceu com a gente ontem. Se eu tivesse te acertado de verdade eu acho que me mataria.
-Não pense nisso; erros acontecem.
-Então não se culpe pelo que aconteceu com o meu pai. Foi um erro de cálculo e a culpa não é sua, é do Flecher. –Ele suspirou. –Me perdoa por ontem a noite?
-Pelo que exatamente? Você fez muitas coisas.
-Por tudo.
-Só um beijo? –Ele perguntou e ela sorriu antes de agarrá-lo. –Você ouviu a minha pergunta? –Z disse depois do beijo.
-E você ouviu quando eu disse que te amava?
-Achava que me amava. –A corrigiu.
-Tanto faz. –O beijou novamente. –Podemos voltar pro hotel?
-Você não quer tomar café da manhã?
-Quero aproveitar você nesse tempo livre. A Nina disse que eles iam trocar tudo e eu tenho certeza que as escutas já foram instaladas.
-E o que você acha que nós vamos fazer caso voltarmos?
-O que eu sei que vamos fazer por que vamos voltar é continuar de onde paramos.
-Acho melhor não. E se alguém entrar na hora? O Ian está de olho na gente.
-Não vi ele ontem.
-Ele está trabalhando em oculto.
-Nós trancamos a porta.
-Vanessa...
-Vem logo. –O puxou e logo saltou no colo dele. –Me carrega.
-E eu tenho opção?

[...]

-Todos prontos? Não esqueceram de nada? –Z perguntou no corredor do elevador.
-Sim, já pegamos tudo. –Alexandra disse. –Não sei se é uma boa ideia.
-Não se preocupe, o invasor já foi detido.
-E quem garante que não vão fazer de novo? E porquê ele entrou lá afinal? –Foi a vez de Gabriela se manifestar.
-A segurança foi reforçada e depois de deixá-los lá eu vou cuidar pessoalmente do assunto e fazer de tudo para tornar as mudanças permanentes. –Ele garantiu.
-É uma casa grande e é claro que chama a atenção. –V disse. –Entraram atrás de dinheiro.
-Achei que você não sabia de nada. –Alex implicou.
-O Zac me contou quando voltamos. –Ela disse o repreendendo com o olhar.
-E você tomou café ou só ficou batendo papo?
-Alex, me deixa em paz.
-Eu vou deixar vocês na casa e em seguida vou para a reunião. –Z disse interrompendo os dois. –A Vanessa vai comigo se vocês não se importarem.
-Eu me importo.
-Isso é problema seu, Alex.
-Vocês querem parar? –Z se irritou. –Se você quiser ir Alex, será bem-vindo. Vamos precisar do seu depoimento de qualquer maneira. Se não, um policial vai aparecer por lá durante a tarde para colhê-lo.
-Eu vou.
-E nós vamos ficar sozinhos? –Gabriela perguntou.
-Vocês querem dar uma volta pela cidade?
-Se for seguro.
-Eu vou ver o que posso fazer. –Z disse depois de sentir os beliscões discretos da namorada. –A tarefa dos seguranças é proteger a casa e não pessoas.
-Não me diga. –Alex ironizou.
-Amor, acho que o Alex deveria ficar em casa. –V disse.
-Estou começando a concordar. –Z disse beijando-lhe a cabeça.
-E deixar vocês sozinhos sabe-se lá aonde? De jeito nenhum.
-Porquê o ciúme repentino, Alex? –Gabriela perguntou divertida. –Eles moram juntos, dormem juntos e estão noivos. Vai me dizer que acha que eles nunca...
-Gabriela!
-Eu só quero te mostrar o quão patético você está sendo. Nem o Jason é assim.
-Ei! –O francês se manifestou.
-É a verdade.

As portas do elevador se abriram e eles saíram. Zac já tinha fechado a conta então eles foram direto para as ruas. As meninas estranharam o carro que já os esperava –o mesmo da noite passada, mas não falaram nada a respeito.
Vanessa e Zac foram no carro dele juntamente com Ian e Nina que estavam lá dentro. V até estranhou o comportamento profissional que todos estavam tendo. O assunto deveria ser realmente sério. Depois de convencer Ian a fazer um passeio turístico com os amigos de Vanessa, eles voltaram para a casa e ela juntamente com Alex, Zac e Nina foram para a agência.

-Então invadiram para tentar matar a Vanessa? –Alex perguntou.
-Não temos certeza. –Axel disse. –O cara continuou afirmando que só queria dinheiro mesmo depois de torturas, mas eles são bem treinados. Podem continuar negando se quiserem, mesmo que isso os leve a morte.
-E como ele entrou?
-Suspeitamos que tenha sido pela floresta. –Zac disse. –Eu relutei em ficar com a casa pelo mesmo motivo, mas o Smith insistiu.
-Eu não sabia que ia acontecer. –O Agente se defendeu. –Eu não entendo porque o amigo dela sabe.
-Ele levou um tiro no lugar dela, você sabe.
-E de qualquer modo, ia acabar sabendo. –Nina disse. –O senhor sabe o passado dele.
-Sim, eu sei. Mas ele não deveria saber a verdadeira identidade do Efron. Estamos nas mãos dele.
-Eu fiz pesquisas e coletei alguns arquivos. Acredite, Smith, ele que está nas nossas mãos. –Z disse sorrindo. –Ele não pode provar que eu sou um Agente federal, mas eu posso provar o seu envolvimento com drogas e tráfico de órgãos.
-Isso foi há um tempo!
-Mas não deixa de ser errado e você ainda não pagou pelos seus crimes.
-Se você quisesse fazer algo contra mim já tinha feito. –Alex disse.
-Não tenho motivos suficientes.
-Eu só tento protegê-la.
-Sua interferência só atrapalha.
-Parem! –V pediu no meio deles. –O que importa agora é descobrir como fazer para meus amigos superarem isso. Se eu e o Efron não tivéssemos feito "as pazes" no café da manhã, eles teriam me questionado o porque dos carros, das armas de fogo, da agilidade, da verocidade dos cachorros. Vocês foram muito óbvios.
-Não poderíamos ter mandado um carrinho só de polícia comum com agentes portando simples pistolas, seria tolice. –Axel disse. –É por isso que você precisa se afastar deles; só assim a segurança máxima será efetivada.
-E aquilo não era o máximo?
-Você não viu nada, Hudgens.
-Precisamos arranjar uma desculpa mais elaborada para a proteção. –Alex disse.
-Não precisamos nada. –Nina reclamou. –O Efron é um agente de segurança particular, é mais do que normal que ele tenha seus "colegas de trabalho" na ponta dos dedos a qualquer hora e lugar. Simples assim.
-Muito monótono.
-Alex, nós somos o FBI. O simples já basta. O que você vê nos filmes é apenas ficção. Temos coisas mais sérias para tratar do que passar horas inventando uma desculpa para os amigos dela.
-E se der problema?
-Nós eliminamos os problemas.
-Vanessa, você permitiria isso? Deixaria que eles matassem nossos amigos?
-Ela não tem nenhuma autoridade. –Axel disse. –Se ela reclamasse, ia junto com eles.
-É mais fácil você ir. –Z disse.
-Estamos fugindo do assunto novamente. –V disse. –Ok, temos a desculpa e o motivo da invasão. Próximo tópico.
-Seu amigo precisa se retirar. Vamos falar da sua viagem. –Smith disse.
-Ele pode dar uma voltinha pelo andar do interrogatório, vocês não acham? –Nina disse. –Tem cara de que sabe de mais.
-Nina... –V ameaçou sabendo à que ela se referia.
-Está com medo?
-Ele não precisa passar por isso. Já não dá conta do que sabe, imagina do que não sabe.
-Mas ele só vai extrair coisas, não o contrário.
-Mesmo assim.
-Não se preocupe, eu levo ele. –Ela se levantou. –Meu trabalho por aqui está terminado. Vamos, Alex. Vamos descobrir o que mais você viu. –E o arrastou porta a fora fazendo Vanessa bufar.
-Com ciúmes, Hudgens? –Axel disse.
-Ela já fez muito mal ao Alex e ele já está perturbado o suficiente.
-Não se preocupe, nós estaremos monitorando. –Smith disse ligando a televisão que mostrava todo o caminho que Nina seguia juntamente com Alex. –Mas então, me conte o porquê de você estar de lingerie trancada com o Efron quando os alarmes soaram.

[...]

-Eu te falei.
-Cale a boca, Zac.
-Não desconte em mim. Eu já tinha te falado antes e você não acreditou.
-Foi manipulação.
-Porquê é tão difícil você aceitar que o Alex está apaixonado por você?
-Ele não está!
-Ele mesmo confessou em alto e bom som, você ouviu.
-Ele não está, não pode. –Ela disse sentindo os olhos ficarem marejados. –Somos amigos e eu jamais poderei retribuir.
-Ele não pensa dessa forma. Na verdade, ele acha que se eu não tivesse aparecido, você tinha se apaixonado por ele depois de quase morrer por você. É por isso que ele me odeia.
-Não precisa você repetir, eu ouvi.
-Ah, meu amor. –A puxou para um abraço. –Não precisa você ficar assim. Isso não muda nada.
-Claro que muda. Como que eu vou olhar pra ele agora? É nojento, muito nojento. –Ela disse sentando no colo dele. –E eu me sinto mal por pensar assim, mas não consigo evitar.
-Pelo menos ele nunca te agarrou como o Jason.
-Seria o fim.
-Mas ele disse que quase o fez.
-Eu nunca mais vou usar aquela roupa.
-Vai sim, você ficou linda.
-E se ele me agarrar?
-Ele não vai.
-Mas e se fizer?
-Eu quebro a cara dele. –Ela riu. –É sério.
-Eu sei. –Fungou. –Você tem certeza que não tem escutas ou câmeras aqui?
-Não tem. Sou Agente Sênior, e isso é inaceitável no meu nível. Seria uma carreira arruinada ou morte.
-Você é tão mau.
-Descobriu isso agora? Gato e perverso, meu bem.
-Não consigo levar a sério. –Ela disse o beijando levemente nos lábios.
-Sorte sua a porta estar trancada. –Sorriu.
-Você já matou alguém?
-Eu perdi alguma coisa? Como que o assunto veio parar aqui?
-Só me responde.
-O que você acha?
-Que já, afinal, você é agente sênior.
-Preciso responder?
-Quantos?
-Não sei.
-Foram tantos assim?
-Em invasões, que é a minha especialidade, você não tem restrições; você só deve sobreviver e salvar os seus.
-E você sai atirando sem contar quantos acertou?
-É quase isso. –A abraçou mais forte.
-Você lembra qual foi a primeira pessoa?
-Vagamente. Foi na CIA e eu ficava muito afoito sempre que portava um revólver. Era a minha primeira invasão; num depósito, e então eu saí na frente e acertei os vigias. Me senti o máximo.
-Não se arrependeu nenhuma vez?
-Eles eram caras ruins e é isso o que acontece quando as pessoas são más, elas morrem. –Disse sincero.
-E você nunca pensou que alguém poderia estar lá por alguma chantagem ou pra substituir alguém? Poderiam ser pessoas boas.
-Pessoas boas não se envolvem com isso de maneira alguma.
-Hm.
-Porquê esse assunto agora? Estávamos nos divertindo.
-Só você.
-Desculpa, mas foi engraçado.
-Não pra mim.
-Não pra mim. –A imitou antes de lhe roubar um beijo.
-Onde ele está?
-Quem? Seu belo apaixonado?
-Zac!
-Está numa sala separada. –Sorriu. –Estão tentando fazer uma lavagem cerebral nele.
-Como assim?
-Com palavras, Vanessa. –Modiscou-lhe a orelha. –Eu acho que é em vão, mas não contestei. Assim sobra tempo pra nós dois. –Ele disse depositando beijos no pescoço moreno.
-E porquê você acha isso?
-Por que estamos falando do Alex. Ele é irredutível e já fez parte de uma gangue, ou seja, foi treinado pra isso. Tanto é que mesmo com a pressão da Nina, ele ficou calado a nosso respeito.
-Mas ele pode ter ficado com medo da sua ameaça.
-Ele não tem medo de mim e sim de você. –Disse subindo um pouco vestido dela sem deixar de mordiscar e beija-lhe o pescoço. Estava ficando irresistível pra Vanessa.
-De mim? Porquê?
-Por que está apaixonado por você e sabe que você tem sentimentos por mim. –Disse a puxando mais para si. –Você é como fogo, baby. Mexer contigo é pedir para se queimar. Seduz com sua beleza e seu calor, mas com um simples toque pode deixar marcas permanentes.
-Nossa, que apaixonado.
-Não foi um elogio. –Ele disse beijando-lhe a bochecha.
-Você não tem medo de que alguém entre?
-Minha porta está muito bem fechada. –Z disse iniciando um beijo, que mesmo retribuído, era distante. –Você não quer?
-Quero, mas não aqui. É inapropriado.
-E no elevador era apropriado?
-Não, e nós não fizemos lá. Você não quis. –Disse se levantando.
-E você não quis no quarto.
-Eu tentei apimentar no elevador, mas você tinha que vim com seu balde de água gelada. Apagou meu fogo e perdeu a graça. –V disse tentando arrumar o vestido que estava todo amarrotado.
-Apaguei, foi? Duvido. –A puxou novamente para seu colo.
-Pois saiba que apagou.
-Aham. –Logo lhe assaltou o pescoço.
-Zac...
-Efron, Agente Axel. –Eles ouviram a voz ecoar do lado de fora da porta e algumas batidas na mesma.
-Estou ocupado. –Z respondeu normalmente.
-É importante.
-Estou trabalhando no arquivo da Agente Hudgens, deixe isso pra depois. –Piscou pra ela que controlou o riso.
-É sobre ela mesma.
-E você acha que eu vou parar um trabalho pela metade para cuidar de outro do mesmo assunto? Deixe isso para depois, já disse.
-Estarei na minha sala. –E passos foram ouvidos.
-Trabalhando em um arquivo, Agente Efron?
-Sim, Agente Hudgens. Detalhadamente e afundo para não perder nada.
-Humm. –O beijou. –Eu acho que poderíamos deixar isso para depois.
-Ah, você acha?
-Eu amo você e te quero mais do que tudo, mas não aqui.
-E aonde seria?
-Não sei ainda. Porquê você nunca retribui minhas palavras carinhosas?
-Por que eu sei que isso te mantém distante. Se eu falasse o que sinto na mesma frequência que você, já estaríamos nus. –Disse lhe dando um beijo rápido e se levantando. –Eu sinto o mesmo, nunca duvide disso. –Z disse indo até a porta. –Eu vou vê o que ele quer, por favor, ligue o meu computador e preencha as lacunas que estão no seu arquivo.
-Eu achei que ele estava completo, até demais para o meu gosto. –Resmungou. –Porque você não deixa pra trabalhar nesse documento em casa? –V perguntou o abraçando.
-Viu? Por isso que me limito a falar com você sobre sentimentos. Você não se aguenta.
-E quem é que continua firme depois de saber que é amada? –O beijou. –Vamos, baby, não temos muito tempo. Logo o Alex vai ser liberado e nós voltaremos para casa e para o monitoramento.
-Achei que aqui não era o lugar apropriado.
-E não é, mas nós podemos namorar um pouco. –Disse o beijando. –Só um pouco.
-Hmmm, é uma oferta tentadora, mas...
-Não aceito um "não" como resposta.
-O que eu faço com você? –Z disse a puxando para seu colo e Vanessa gargalhou.

[...]

-Você está bem? –Alex perguntou a encurralando no corredor do segundo andar. –Está esquisita.
-Estou bem. –V sorriu sem graça. Ele estava somente de toalha e isso a incomodava. –Porquê não estaria?
-Me diga você: o que aconteceu lá?
-Não aconteceu nada, somente trabalho.
-Só isso?
-O que mais seria, Alex? Você sabe que não podemos falar disso aqui. Me deixa passar. –Tentou ultrapassá-lo, mas ele a prendeu na parede. –O que você está fazendo?
-Tentando arrancar a verdade de você: o que houve? O que eles fizeram com você?
-Não fizeram nada, não se preocupe.
-É óbvio que fizeram. Você está fria e distante de mim.
-Estou tentando te proteger, você sabe.
-Você está me evitando, isso sim.
-Alex, por favor, me deixe ir. O Zac está me esperando e...
-O que está rolando entre vocês dois?
-Você sabe que nada.
-Não me parece isso.
-Somos bons atores, só isso.
-Você parece ter medo dele.
-Tenho medo de perdê-lo. Não me olhe assim, não foi nesse sentido. Nós somos amigos e ele é a pessoa mais próxima do meu pai que eu conheço.
-Vou fingir que acredito nisso, mas você ainda vai me contar. –Ele disse abaixando o braço e ela quase correu escada a baixo. Sabia que o amigo estava observando-a, então decidiu se refugiar na cozinha. Se assustou com o que viu de pé ao lado da mesa.
-Zachary! O que você pensa que está fazendo? –V berrou ficando pálida e o cachorro só a encarou.
-Ele vai com a gente. –Ele disse simplesmente.
-Não vai não.
-Sim, ele vai. Não precisa ter medo, ele gostou de você.
-Não, não vou fazer isso.
-Só vamos dar uma volta pela propriedade e você precisa recuperar o treino perdido. Só temos uma semana, se lembra?
-Ele tem mesmo que ir? –Questionou não tirando os olhos do animal que parecia empalhado se não fossem os mínimos movimentos da respiração.
-Sim, e ele vai. Ele vai ficar de olho no lugar enquanto treinamos.
-Mas...
-Ele gostou de você, pode vir. –Ele estendeu a mão e ela aos poucos se aproximou. –Boa garota!
-Idiota. –O beijou rapidamente. –Não tem nenhuma fêmea?
-Algumas, mas elas são ciumentas. –Z disse fazendo uma careta.
-Nos daríamos bem, então. Você sabe que eu não gosto de vê você com essas cachorras. –Brincou o fazendo gargalhar.
-Se dariam bem mal. Elas só faltam me morder quando me aproximo com o seu cheiro.
-É por isso que você só as encontra depois de um banho, não é, cachorrão?
-Obviamente. Adoro meus membros e gostaria de mantê-los no lugar. –Sorriu. –Vamos?
-Você tem certeza de que ele não vai me atacar quando eu te bater?
-Ele não vai. –Garantiu. –E não vai haver luta corporal. Serão tiros.
-Não seria melhor fazermos isso em um local apropriado?
-E vamos fazer, amanhã. Mas hoje, vamos mirar em alguns esquilos.
-Não vou matar nenhum animal.
-Eu duvido também, mas vamos tentar. –Disse a puxando pela cozinha e o cachorro os seguiu.
-E as armas?
-Na minha cintura. –Ele disse e ela logo procurou com os dedos. –Se aproveitando da situação?
-Sempre. –Sorriu e o beijou rapidamente. –Meus amigos não vão se assustar?
-Já estão avisados e nós vamos para longe, acho difícil ouvirem algo.
-Como que você falou? "Eu e a Vanessa vamos atirar em uns guaxinins com esse urso polar de vigia, por isso, não se assustem caso ouçam os entrondos."
-Em primeiro lugar: são esquilos; segundo: se o Jean fosse um urso polar, já teria morrido com esse clima; em terceiro: pistolas não provocam estrondos; quarto e último: já falaram que você devia ser comediante?
-Jean? –Riu. –Esse é o nome dele?
-Sim, e se eu fosse você, não riria. Ele adora, não é, garotão? –Z disse acariciando o animal com a mão livre.
-Sem coleira?
-Ele é o mais obediente.
-Então ele não gosta de mim?
-Ele gosta. –Disse olhando para o cachorro que os encarava. –Jean, ataca ela.
-Zachary!
-Abraço de urso. –O cachorro saltou em Vanessa à derrubando no chão que logo berrou. –Deixe de drama, ele está sendo carinhoso.
-Não.
-Ele quer carinho. Passe a mão nele, e antes que reclame, eles tomaram banho hoje de manhã. –Relutante, ela fez o que ele dizia. Vanessa sentiu o pelo macio sobre os dedos. –Viu?
-Ele pesa. –Ela resmungou.
-Jean, senta. –O cachorro logo saiu de cima de V e Zac a ajudou a se levantar. –E então?
-Se ele tivesse me lambido eu matava você.
-Só você pode lamber, então?
-Lógico. Sua barba é irresistível. –Disse pulando no colo dele e beijando seu rosto. –Pinica, mas é gostoso.
-Estava pensando em tirar, mas já que você gosta...
-Se não passar disso, não me importo.
-Não gosta de bigode?
-Não em você.
-O seu pai tinha bigode e vivia dizendo pra mim deixar crescer também.
-Combinava com ele, mas não vejo você com um.
-Um dia quem sabe.
-Não mesmo. –O beijou e voltou para o chão. –Te amo.
-Eu também. –E a beijou mais profundamente, pegando Vanessa de surpresa.



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Olá olá olá, como vão? Nossa, como os dedinhos de vocês estão rápidos para comentar, hein? Por isso que deixo vocês curiosas, assim, vocês conversam comigo, né?! Queria aproveitar o embalo e divulgar mais uma vez para as donzelas o blog da Margarida Oliveira Um quarto em Paris que é mais ou menos assim: Os pais da Vanessa e do Zac são amigos e se conhecem há tempos e decidiram juntar todos os seus filhos em um matrimonio para dar continuidade ao seu dinheiro. Até aí tudo bem, mas não, o Zac não ficou para casar com a Vanessa, eles na verdade nem sabiam que seus pais são amigos. Então, paro por aqui. Quem quiser saber de mais, vai atrás da história e comentem porque eu quero saber do casamento da Vanessa com o Alex, ops! Bem, comentem lá, viu? Agora falando de comentários, girls, eu sou maldosa, ainda não aprenderam? Mas agradeço aos comentários, como foram legais hahaha. Esperam que tenham gostado desse também, quero comentários viu?! Eu vou começar a usar o grupo do facebook pra avisar quando postar, então, fiquem de olho. Só queria falar mais uma coisa: NAYLA SUA KENGA.
Xx

5 comentários:

  1. PQP, que capítulo perfeito.
    Zanessa in love.
    Muito amor por esse capítulo.
    A Vanessa está cada vez mais assanhada hein?kkkk
    Arrasou mais uma vez, Thata.
    Os dois se amam s2
    Já estou ansiosa pelo próximo capítulo.
    Posta loguinho
    Bjos

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  2. MELHOR CAPÍTULO
    THAÍS SUA KENGA
    ARRASOU GAY
    DEMAIS
    AMEI
    KENGA E A SENHORA

    Bjs querida
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  3. Mds
    Eles tão cada vez mais juntos,isso é tão lindo,e alex em?
    Ele tem q aprender q vanessa nunca vai ser dele kkkk
    Amei amei

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  4. tem como ser mais perfeito que isso???
    tá tipo mega perfeito esse capítulo *-*
    amando eles dois juntos ♥♥♥
    posta mais,kisses

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