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terça-feira, fevereiro 11, 2014

Capítulo 20

-A cada dia você sai mais tarde. –Zac comentou assim que ela entrou no carro.
-A cafeteria fica agitada nessa época. O inverno tem um gostinho de café quente. –Ela disse se aconchegando mais a ele. –O único problema é o frio.
-Por que você não usa uma jaqueta?
-Por que cobre o “uniforme”.
-Vocês deveriam ter um uniforme padrão.
-Já pensei nisso, mas é melhor assim. É só sair do trabalho, retocar a maquiagem e já estou pronta pra ir pra qualquer lugar.
-Qualquer lugar, até parece. –Negou com a cabeça.
-Calado. E como foi o dia na agencia?
-Normal.
-O Fred disse que queria almoçar com a gente nesse fim de semana.
-E você?
-Disse que não, ué. O que ele me aprontou hoje de manhã... Isso não se faz. E se fôssemos namorados de verdade? Você estaria zangado comigo sem razão.
-Com razão.
-Sem razão, afinal, passado é passado.
-Passado de catraca não.
-É sim e eu não sou catraca.
-Tá legal. –Falou debochado.
-Você nunca falou das suas namoradas.
-Por que não é algo de que eu deva falar.
-O FBI deixa os agentes namorarem? Não imaginava. E onde você as conhecia?
-Eu não vou te responder, Vanessa, pode esquecer.
-Ah, não. Eu mereço saber.
-Não merece não.
-Você é meu namorado e é meu direito saber das minhas antigas concorrentes.
-Vou fingir que não ouvi isso. –Disse parando no sinal.
-Zac, eu tenho que saber mais de você.
-Você já sabe o suficiente.
-Está na defensiva, interessante. –O analisou.
-Eu não estou na defensiva.
-Está sim, eu te conheço.
-Está vendo? Acabou de confessar que me conhece. Quer mais pra que?
-Pra que, ué. Hm, por que será que o Zac está na defensiva? –Perguntou pensando alto.
-Ninguém merece, Vanessa.
-Vai me dizer que nunca namorou?
-Também não é assim.
-É assim, sim. Você era uma criança quando entrou no colégio inglês e só tinha 10 anos quando saiu do colégio militar. Até que faz sentido.
-Mas eu tinha 15 anos quando saí da CIA e fui para o FBI. A CIA da mais liberdade do que o FBI. Por que eu estou te dando explicações? –Percebeu que tinha caído no jogo dela.
-Não, não pare. Conte-me mais. –Disse fazendo carinho no rosto dele.
-Você está me desconcentrando e eu não tenho nada pra contar pra você.
-Me fale da sua primeira namorada, eu quero saber.
-Não tem que saber de nada.
-Você vai me contar, você sabe disso. Eu vou te perturbar a noite inteira.
-Eu sei dormir sobre pressão.
-E sobre peso?
-Que?
-Nem que eu tenha que montar em cima de você e te chacoalhar, você vai me contar.
-Mas que fuxiqueira que você é.
-Não sou fuxiqueira, sou curiosa.
-Dá no mesmo.
-Não, por que fuxiqueira fala e eu sou mais daquelas que ouvem.
-Até parece.
-Cala a boca e me conta logo.
-Se decide: Ou eu falo ou eu calo a boca. –Disse rindo.
-Deixa de ser chato e me conta logo.
-Não tenho o que contar.
-Certo, certo. Tentei fazer do modo mais fácil, mas você não quis. Vou ter que apelar pra Nina. É isso que você quer, Zac? Tem certeza?
-A Nina não tem acesso às informações dos agentes transferidos de outras agencias.
-Mas o Ian tem e se eu perguntar pra ela, ela vai perguntar pra ele. Quer me dizer com a certeza de que vai ficar só entre nós dois ou vai querer que o Ian fale pra todo mundo? Você sabe que ele fala, até eu percebi isso.
-Ele adora me provocar. –Concordou.
-Pois é. Vai me contar ou não?
-Vanessa, me escuta bem. Eu não tenho nada pra te contar. –Falou olhando nos olhos dela.
-Está querendo me dizer que nunca namorou? Por que é isso que está nas entrelinhas. –Ele se calou e ela percebeu que tinha acertado. –Oh meu Deus.
-O que foi? Está passando mal?
-Eu fui à primeira garota que te beijou? –Pôs as mãos na cabeça.
-Não, nããããããão, também não é assim. Eu já tive meus rolos antes.
-Mas rolo não é namoro.
-Mas envolve beijos e algumas outras coias. Eu não quero entrar em detalhes, até por que não tenho muito o que falar, mas assim que entrei para o FBI o Gregory me aconselhou a não me envolver com mulheres para não correr o risco de isso interferir no meu trabalho. Eu tive pequenos rolos na CIA e há alguns meses me envolvi com uma mulher, mas nada de muito sério. Seu pai sempre me alertou e eu sempre segui seus conselhos por que ele era muito sábio.
-Eu fui sua primeira namorada? Ai que nojo.
-Hein? Você escutou tudo o que eu disse ou somente essa parte? Você está me ofendendo, sabia?
-O problema não é com você, é comigo.
-Nem vem com esse papinho, e não é você mesma que fala que nosso namoro é teatro? Não precisa dar esse show, o nosso namoro não é real.
-Mas...
-Mas nada, deixe de criancice.
-Não é criancice.
-Ah, não? É o que? Crise da meia idade?
-Deixe de palhaçada, o assunto é sério.
-Você torrou minha paciência até eu falar e agora não aguenta? Por favor, amadurece, Vanessa.
-Eu sou bem amadurecida.
-Percebe-se. –Ela bufou e o silêncio tomou conta do ambiente. Chegaram na república e ele puxou o freio de mão. –Quer que eu desça para cumprimentar seus amigos? –Perguntou sem olhá-la.
-Não, não é preciso. –Disse tirando o cinto de segurança. A porta da república abriu e eles viram os amigos de Vanessa romperem por ela.
-Olha lá, eles chegaram. –Gabriela disse apontando para o carro do Zac.
-O que houve? Que felicidade é essa? –Vanessa perguntou descendo do carro juntamente com o Zac.
-O James foi promovido e ganhou aumento de salário. –Alex disse a abraçando.
-Parabéns, James. –Disse se soltando Alex a abraçando o amigo.
-Obrigado. Vocês vão comemorar conosco? –James perguntou olhando para Zac.
-Como assim? Mal ganha aumento e já quer torrar tudo? O que a Gabriela fez com você? –Vanessa perguntou fazendo drama.
-O que eu aprendi com você, ué. –Gabriela disse fazendo-a rir.
-E então, vocês vão conosco ou preferem ficar sozinhos? –Alexandra perguntou.
-Hmmmmmm.
-Gabriela. –Vanessa disse revirando os olhos. –Estou precisando de um banho de banheira antes de pensar em qualquer coisa. Se vocês me esperarem...
-Claro, nós esperamos. Não teria graça sem você. –Tyler disse arrancando sorrisos de todos.–E você, Zac?
-É, pode ser. –Disse ignorando o olhar de reprovação de Vanessa. –Só não demora, amor. –Disse fazendo ela revirar os olhos e entrar para a república, batendo a porta com força.
-Vocês estão com algum problema? –Alex perguntou olhando para Zac que apenas deu de ombros voltando ao carro dele e dando ré, estacionando perto de umas árvores. –Acho que o casal teve DR.
-Você acha? –Gabriela perguntou. Depois de meia hora, os amigos já estavam cansados de esperar. Estavam todos sentados nas escadas da república e nada da Vanessa descer. Ouviram um barulho de motor e viram que Zac tinha ligado o carro. –Acho que ele cansou de esperar.
-Melhor ainda. –Alex disse antes de ser beliscado por Alexandra. –Ai, que foi? É minha opinião.
-Calado. Ela já está estressada. Se o Zac for embora, é aí que vai se estressar mesmo. –A loira disse.
-Não acho. –Disse esfregando o braço. Eles viram Zac acelerar o carro e parar na frente da porta da república. A porta se abriu e por ela Vanessa apareceu com calças jeans preta, camisa de manga longa azul escuro e um casaquinho bege.
-Onde vai ser a comemoração? –Ela perguntou trancando a porta.
-Naquele barzinho perto da cafeteria. –Tyler respondeu.
-Ok. –Disse abrindo a porta do carro.
-Eu falei para não demorar. –Zac resmungou.
-Não te perguntei nada. –Ela respondeu batendo a porta do carro com força antes da arrancada dele.
-Acho que não foi uma boa ideia convidar o Zac. –Gabriela disse se levantando.
-Você acha? –Alexandra perguntou.

[...]

O jantar ocorria bem na medida do possível. Zac e Vanessa não trocavam uma palavra com o outro, mas mesmo assim estavam sentados lado a lado.

-Então, Vanessa. Como foi na cafeteria hoje? –James perguntou.
-Do mesmo jeito de sempre.
-Você está saindo mais tarde ultimamente.
-A movimentação aumenta nessa época do ano.
-E você ganha pelas horas extras? –Alexandra perguntou.
-Até parece. Eles dizem que é descontado por eu usar calça jeans e não um vestido como é o combinado e eu prefiro deixar pra lá. –Disse dando um gole na sua cerveja.
-Isso por que você é besta. –Zac comentou olhando as horas no relógio de pulso.
-Guarde seus comentários para quem se importa.
-E você não se importa?
-Não.
-Ah,não?
-Não. Sua vida e a lata do lixo são o mesmo para mim. –Disse olhando pra ele.
-Não sabia que você achava o lixo tão interessante assim.
-E não acho.
-Então não compare minha vida com o lixo.
-Comparo, por que sua vida não é interessante.
-Se não fosse interessante, você não me perguntaria sobre ela. Se bem que ela se tornou um lixo quando você começou a fazer parte dela. Tantas horas treinando para acabar sendo babá e eu odeio ser babá.
-Então não seja.
-Se fosse tão fácil...
-Você que complica.
-Eu que complico? Eu tento fazer com que tudo ocorra de maneira pacífica. Você que faz as perguntas e não aguenta as respostas.
-Se você ficasse calado...
-Agora a culpa é minha? Você que fez as perguntas.
-Se você me conhecesse tanto como diz, teria ficado calado mesmo sobre pressão só para não me afetar, ou então teria mentido.
-Eu não minto, não sou como você. –Se levantou deixando algumas notas em cima da mesa, deixando-a de queixo caído. Ela semicerrou os olhos e logo foi atrás dele.
-Você não vai me deixar falando sozinha, Zachary. –Gritou indo atrás dele.
-Quando você crescer, a gente volta a tocar no assunto.
-Eu já sou bem grandinha pra conversar sobre suas idiotices.
-Minhas idiotices? Quem foi que ficou dando piti por um motivo idiota há algumas horas? Foi eu?
-Não era idiota.
-Era sim, Vanessa, mas é claro que você não escutou tudo. Só escutou o que te importou.
-Só escutei o que deveria escutar.
-Deixe de ser patética. O que faz atrás de mim? –Perguntou destravando o carro. –Você não queria que eu estivesse aqui, percebi pelo seu olhar. Já que quer tanto um tempo para pensar sobre o que “conversamos”, eu vou embora e você aproveita pra pensar nesse tempo. Quando for a hora, liga pra Nina ir te buscar e levar para o apartamento dela.
-Não, você não pode e nem vai fazer isso comigo. –Disse empurrando ele para longe do carro. –Você vai voltar pra lá e vamos fingir que isso nunca aconteceu.
-Acontece que eu não recebo ordens de ninguém, muito menos de uma mulher.
-Pois vai aprender a receber. Eu não sou nenhuma marionete, mas você pintou e bordou comigo desde que me conheceu e agora é a minha vez.
-Você não manda em mim e nunca vai mandar, poem isso na sua cabecinha e me deixa passar.
-Não. –Se posicionou na porta no carro dele impedindo a passagem.
-Vanessa...
-Zac, deixe de criancice.
-Quem é que não quer me deixar passar? A criança aqui é você.
-Vamos conversar.
-Não da pra conversar com você, Vanessa. Só quer saber impor sua opinião. Eu já ouvi o que você tinha pra me dizer, agora sai.
-Não vou sair.
-Vanessa...
-Vai me tirar a força? Tenta.
-Você sabe que eu consigo. –Ameaçou-a.
-Encosta um dedo em mim e eu faço sua caveira pro agente Smith até ele te tirar da missão e você não cumprir a promessa que fez para o meu pai.
-Você não seria capaz.
-Experimenta.
-Hudgens...
-Me da a chave. –Estendeu a mão. Ele relutou, mas acabou entregando. –Ótimo.
-Eu não entendo você. Queria que eu fosse embora e agora não me deixa ir.
-Eu não queria que você fosse embora.
-É verdade, não queria que eu vinhe-se.
-Eu queria ficar sozinha, mas já que você veio, vai te que ficar até o final.
-Ninguém merece.
-E agora, o que vamos dizer para o pessoal?
-Eu não vou dizer nada. Vou ficar aqui até a hora de ir embora.
-Você vai entrar comigo.
-Não vou não.
-Vai sim, por que eu não confio em você. Quem me garante que você não vai embora andando ou de táxi?
-E deixar o carro com você? Não estou tão louco assim.
-Mesmo assim você vai entrar comigo, até porque está frio aqui fora.
-Não me importo.
-Zac.
-Vanessa, me deixa. Você não nasceu grudada em mim, pode muito bem entrar sozinha. –Disse apoiando-se na parede do restaurante ficando de costas pra ela.
-Acontece eu não quero ir sozinha.
-Acontece que você não tem querer. –Disse imitando a voz dela. Ela revirou os olhos e o abraçou por trás.
-Vamos comigo, por favor.
-Se eu for, não vou te dar uma lição.
-Que lição?
-Cada ato gera uma consequência. Você tem que parar de ser tão impulsiva e pensar antes de falar. Tem que ser mais reservada e só falar o necessário mesmo se te fizerem perguntas.
-Mas eu nasci assim.
-Mas você pode mudar, é só ter força de vontade, até por que isso pode te meter em problemas.
-Como assim?
-Esse seu jeito pode magoar algumas pessoas, mas também pode irritar outras. O Flecher já quer acabar com você, não precisa de outras pessoas.
-Mas eu não faço por querer.
-Então pense antes de falar. Pense se suas palavras ou atitudes podem magoar outras pessoas. Se achar que não, pense novamente.
-Ok, ok. Acho que já entendi.
-Que bom.
-Entra comigo, vai. –O beijou no pescoço.
-Algo me diz que o que eu te disse entrou por uma orelha e saiu pela outra.
-Nada a ver. Eu ouvi tudinho e arquivei. Tenho que pensar antes de falar, repensar e ser menos impulsiva. Acontece que eu estou com frio e ainda quero sobremesa.
-Eu prefiro esperar aqui. Entra você, eu espero. –Virou-se pra ela.
-Mas eu quero ir com você. –O abraçou.
-Vanessa... Eu não entendo você, sinceramente.
-O que não entende? Eu não quero enfrentar as meninas sozinha. Se você for, elas não vão perguntar nada. Vamos, eu quero sobremesa.
-Tem chocolate lá em casa, se quiser. –Ela olhou pra ele fazendo biquinho. –Não faz essa cara.
-Você é um homem mal, Efron.
-Estou te oferecendo chocolate e sou um homem mal? Eu não sou de dividir, mocinha, muito menos comida. –Disse fazendo ela rir.
-Tudo bem, então. –Disse olhando nos olhos dele. –Vou me despedir do pessoal. –Disse antes de beijá-lo, assustando-o.
-Olha, o casal já fez as pazes. –Alexandra disse fazendo eles se separarem. –Continuem, eu não me importo.

-Nós já vamos. –Gabriela disse olhando para o casal com os olhos brilhando. –Vocês vão ficar?
-Não, nós também já vamos. –Vanessa respondeu.
-A sobremesa estava uma delícia, você perdeu. –Alex disse lambendo os lábios.
-Ain, não fala. –V pediu fazendo biquinho.
-Se quiser pedir pra viagem...
-Não, tudo bem. Me contento com a sobremesa do Zac. –Os amigos se olharam.
-Vanessa... –Tyler perguntou segurando o riso.
-Que foi? –Perguntou sem entender. –Ah não. –Disse quando a fixa caiu. –Não é isso, seus imorais. São barras de chocolate. Combinamos de ir até a casa dele já que eu perderia a sobremesa.
-Hm, a casa dele, hein?! Já estão assim? –Tyler perguntou cruzando os braços.
-Seu idiota. –Vanessa lhe deu um tapa.
-Eu só comentei, eu hein. –Disse esfregando os braços.
-Guarde seus comentários para você. –Disse voltando para os braços de Zac. –Vamos, amor?
-Vamos. –Disse. Se despediram dos amigos de Vanessa e partiram rumo ao apartamento de Zac.
-Algo que diz que ela não vai dormir em casa hoje. –Gabriela comentou assim que o carro de Zac virou a rua.
-Você acha? –Alexandra perguntou. –Quero só ver o estrago que ele vai fazer.
-Alexandra! –Alex, James e Tyler exclamaram juntos.
-O que foi? É o que eu acho. –Deu de ombros. Os meninos reviraram os olhos e seguiram até o carro de James.

[...]

-Bem vinda. –Zac disse abrindo a porta.
-Não seja patético. –Ela respondeu tirando o casaco.
-Vai querer a sobremesa agora?
-É por isso que estou aqui, não é? –Disse sorrindo. Ele sorriu e foi para a cozinha. –Que droga. –Resmungou.
-O que foi? –Ele perguntou da cozinha.
-Meu celular descarregou.
-Eu tenho uns carregadores ali, depois testamos. –Ele disse voltando para a sala com algumas barras de chocolate nas mãos.
-Me dá. –Disse estendendo as mãos e ele lhe deu uma barra, que ela logo tratou de abrir. –Hmmm.
-Você é uma piada mesmo. Está com frio? –Perguntou colocando as outras barras em cima da mesinha do centro.
-Um pouco.
-Vou buscar um cobertor. –Disse indo até o quarto. Voltou meio segundo depois e ela se aproximou dele, deitando no seu peitoral. Ele cobriu os dois e ela lhe ofereceu um pedaço. Ele ligou a televisão e pôs no jornal. No fim da programação, percebeu que ela havia dormido. –Nessa? –Perguntou chacoalhando-a um pouco.
-Hmmm.
-Tenho que te levar de volta para a república, mocinha, acorde.
-Hmmmm. –Resmungou pondo os braços no pescoço dele.
-Tudo bem, então. Você dorme aqui, mas amanhã cedo você volta para a república, entendido? –Ela não respondeu e ele percebeu que o sono tinha vencido ela novamente. Ele negou com a cabeça e a pegou no colo, levando-a para o quarto. Deitou ela na cama e embrulhou-a.
-Vai me deixar sozinha? –Perguntou abrindo um olho.
-Tenho trabalho pra fazer.
-Ah, não. Deita comigo, vai? Estou com frio.
-Mas e o meu trabalho?
-Amanhã você faz. Tenho certeza de que não é pra amanhã.
-É pra semana que vem, mas...
-Então deita comigo, anda. Nada de “mas”. Anda, vem. –Disse batendo no lado vazio da cama.
-Tudo bem. –Disse tirando a camisa e se deitando ao lado dela. Puxou-a para perto e beijou-lhe a cabeça. Ela suspirou. –O que foi?
-Você me desculpa?
-Pelo que?
-Pelo meu ataque. Eu não queria te ofender, mas é que você me pegou de surpresa.
-Tudo bem. O que passou, passou.
-Tão fácil assim? Achei que você fosse mais rancoroso.
-Depende da situação. Como eu convivo com você, só sairia perdendo.
-Entendi. Então estamos de bem?
-Sim, estamos.
-Ótimo. –Ergueu a cabeça e lhe deu um selinho demorado.
-Por que fazes isso? Não estamos com seus amigos, nem nada.
-Por que me da vontade, ué. Assim me acostumo logo.
-Se acostuma? Você está tirando uma casquinha que eu sei.
-Calado.
-Se aproveitando da situação, que coisa feia, Hudgens. –Disse fazendo ela rir.
-Preciso de um namorado de verdade, poxa.
-E enquanto não arranja um, me usa para aplacar seus desejos?
-É, fazer o que né? –Disse fazendo ele rir. –Sabe que é brincadeira, não é?
-Brincadeira, aham. –Disse ficando por cima dela.
-É brincadeira, sim. Somos apenas amigos.
-Amigos com benefícios. –A beijou no pescoço.
-Mas não de livre e espontânea vontade.
-Ah, não?
-Não. Acho isso coisa de colegial.
-Mas como eu já lhe disse, não frequentei o colegial.
-E por isso me usa para compensar o tempo perdido?
-Do mesmo jeito que você me usa para aplacar seus desejos.
-Mas é seu dever de namorado aplacar meus desejos.
-Mesmo sendo de mentirinha?
-Mesmo sendo de mentirinha. –O beijou novamente. –Se temos que fazer isso, que seja do modo divertido.
-Pela milésima vez: Eu não entendo você.
-Não tem que entender. –Disse fazendo carinho no rosto dele.
-Acho que você bebeu demais.
-Então aproveite. –Disse fazendo ele rir e beijá-la.

-----x-----

Capítulo novinho em folha. Espero que gostem, garotas. Hm, a Vanessa anda bebendo muito ultimamente, não acham? HAHAHAHAHA. Não acho que seja totalmente efeito do álcool e sim de culpa, mas o importante é que teve beijo. A Vanessa é meio imatura ainda, mas com o tempo ela vai perceber como o Zac está sendo legal. Paula, se você achar um boy que nem o Zac, pergunta se ele tem irmão e de preferência gêmeo, por que eu também quero... Quem achar primeiro, que vença lol. Ok, Margarida, conselho gravado. A Vanessa vai aprender muito com o Zac, já está aprendendo na verdade. Eles são um casal não-casal, por isso tem seus momentos hahahaha. Bom, meninas. Obrigado a quem comentou. Enjoy.
Xx

3 comentários:

  1. Eu suuuper amei o capítulo.
    Esses dois são muito engraçados.
    O Capítulo ficou muito fofo.
    Amigos com benefícios, hein?Mas com um "amigo" desse, que não iria querer os benefícios né?
    Kkkk...digo o mesmo pra você. Se você achar um boy tipo o Zac primeiro, vê se ele tem um amigo, irmão, primo. Sei lá.
    O importante é ser tipo o Zac.
    Amei o capítulo.
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    Bjos

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  2. a cada capítulo que leio,amo mais ainda essa fic =D
    tá perfeitaaa *-*
    o Zac e a Nessa juntos são tão fofos :3
    posta mais,kisses

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