-Ainda nem serviram a sobremesa.
-É quase meia noite, não serviram por quê não quiseram. Vamos. –A morena repetiu.
-Vanessa, nós não podemos.
-Como irmãos, já que é isso o que somos hoje, eu ordeno que você pare de reclamar e que obedeça.
-Quem disse que você é a irmã mais velha?
-Posso não ser a mais velha, mas sou a mais sensata. Vamos, Zac. Não quero aturar você reclamando de dor a noite inteira. Anda, aproveita que o Agente Smith foi ao toalete.
-Mas eu quero sobremesa.
-Eu te dou em casa.
-Hm, me dá o que?
-Você está pior do que criança.
-Criança que faz criança...
-Meu Deus, você está bêbado e eu até sei o motivo. Vou me despedir do James, não demoro.
-James. Já o está chamando pelo primeiro nome.
-Passamos dez horas juntos todos os dias, não tenho culpa de ter criado um laço.
-Hm.
-Deixe de besteira e pegue os nossos casacos. Já te encontro na porta. –Disse lhe dando as costas. –James! –V disse se aproximando dele. –Estamos indo. Ele está com dores. Pode dar o recado ao Smith?
-Claro, Anne. Ahn, eu não sei se vocês já foram apresentadas. Anne, essa é a Ciara, Agente transferida de Londres. –O Agente Franco apresentou.
-Ah, prazer. –V cumprimentou-a sem jeito. Havia percebido os olhares constantes da, agora identificada Ciara, que perseguia seu acompanhante. –Anne Efron.
-Ah, que bom finalmente conhecer a irmã do Zac.
-Sim, eu e o Agente Efron somos irmãos.
-De pai e mãe?
-Pois bem, tenho que ir. –Vanessa disse ignorando a pergunta. Não era da conta dela se eles eram irmãos de pai e mãe, e outra, nem ela mesmo sabia dessas informações. –Nos vemos no sábado? –Perguntou ao Agente Franco.
-Não prefere segunda? Assim você aproveita sua visita.
-Eu posso até estar com saudade, mas não quero me estressar e isso acontece quando passamos muito tempo juntos.
-Um fim de semana apenas, Anne.
-Quatro dias: Hoje, amanhã, sábado e domingo.
-Ainda acho pouco.
-Estou com uma leve impressão de que você quer se livrar de mim. Achei que já tínhamos passado dessa fase. –Brincou.
-Não é isso. Bem, se você quer ir, vá. Estarei lá de qualquer jeito.
-Estarei lá no mesmo horário de sempre.
-E o grande dia? Algum plano?
-Me embriagar, esse é o meu plano.
-Grande dia? –Ciara se intrometeu na conversa. –Alguma comemoração?
-Aniversário da bela moça. –Franco disse logo recebendo olhares repreensivos da morena.
-Ah, meus parabéns.
-É amanhã, não hoje. –Disse de mau grado. –Bem, tenho mesmo que ir. O Zac está com dores e eu tenho que levantar cedo amanhã. Até sábado.
-Até. –Os dois disseram em conjunto e Vanessa se encaminhou as portas principais.
-Demorou. –Z disse de cara feia.
-A sua admiradora da noite ficou fazendo perguntas inconvenientes e eu estava tentando fazê-la se mancar. –Respondeu enquanto ele a ajudava a por o casaco. –Somos irmãos de pai e mãe?
-O quê?
-Ela perguntou. Agente Ciara, transferida de Londres.
-Ah, novata. Está com medo de nós sermos uma farsa. Eles desconfiam de tudo e de todos no início.
-E com razão.
-Isso é irrelevante. Somos por parte de pai.
-Porquê?
-Caso algum imprevisto aconteça.
-Que tipo de imprevisto?
-Depois eu sou a criança.
-Eu me corrigi depois; você é o bêbado.
-Tão engraçadinha, nossa. Vamos. –Eles deram alguns passos, mas logo ouviram alguém os chamar. –Ah, não.
-Efron's, ei. –Ciara gritou novamente. –Eu queria saber se vocês podem me dar uma carona. Acabei de ficar sabendo que as outras Agentes com quem vim vão sair para a farra e diferente delas, eu tenho compromisso com o meu trabalho. –Disse encarando Zac. –Posso ir com vocês?
-Não. –Vanessa teve vontade de dizer, mas apenas olhou de cara feia para Z que retribuiu. Ele sabia que em hipótese alguma as outras novatas iriam para a farra em plena véspera de missão de teste e mesmo se fossem, elas não falariam em um jantar com os patrões. Das duas uma: ou ela queria falar mal das colegas de trabalho para conseguir chamar a atenção dele, ou queria testá-los. Pela cara que Vanessa fazia, com certeza era a primeira opção. Mulheres e seus dons de ler pensamentos.
-Eu não acho que seja uma boa ideia. –Ele disse. –Nós temos hora para chegar.
-E porquê? –A loira perguntou arqueando a sobrancelha.
-Não é da sua conta. –V disse antes que se desse conta. –Vamos? –Olhou para o "irmão" que estava com aquele sorriso misterioso. –Não pense nisso. Zac, é serio. Você vai dormir com os cachorros.
-Talvez seja interessante. –Ele disse e logo se arrependeu. Vanessa apenas fechou a cara ainda mais e caminhou até o carro. Estava zangada e ele sabia. Muito zangada. "Perfeito!"
[...]
-E então eu me formei na faculdade, mas o governo me procurou e disse que os trabalhos que eu fiz no colegial chamaram a atenção deles e que ficaram interessados em mim. É nessa casa aqui. –Ciara disse interrompendo-se. –É meio estranho morar sozinha, sabe? –Zac não disse nada, como em todo o caminho, muito menos Vanessa e Ciara logo desceu do banco de trás do veículo. –Se você quiser aparecer por aqui qualquer dia desses é só avisar. –Sorriu para ele. –Você também, Anne. –V apenas ignorou. –Não querem entrar? –Fechou a porta do carro.
-Não, obrigado. –Z disse. –Já está tarde.
-Tudo bem, obrigada pela carona. Tchau...zinho. –Disse, mas Zac já tinha arrancado com o carro.
-Será que dá para você tirar essa cara emburrada? Estou falando com você, garota!
-Você vai dormir na casinha do cachorro, bem longe de mim e do meu corpo. Eu quero matar você nesse momento. –V quase gritou.
-Eu só queria vê aonde ela queria chegar.
-E eu só queria chegar em casa antes da meia noite. Eu te falei isso; a noite inteira!
-E o que tem de tão importante em casa para você querer chegar antes da meia noite? É a Cinderela por acaso?
-Você é ridículo.
-Deixe de drama. Foi apenas uma carona.
-Desnecessária, diga-se de passagem. Você acha mesmo que as outras Agentes vão para alguma festa antes de uma missão importante? Foi tudo mentira! Ela só queria chamar tua atenção.
-E dai?
-E dai que ela conseguiu. Eu te pedi para ter respeito não foi?
-Você está dramatizando.
-Ah, claro. Estou mentindo por acaso?!
-Não, mas uma coisa foi ela fazer isso tudo e outra bem diferente foi ter conseguido alcançar o alvo. Em algum momento eu retribui os olhares ou até mesmo respondi algo?
-Não, mas eu sei que só foi porque eu estou aqui.
-Como se a sua presença me impedisse de algo.
-Você é um idiota.
-Se eu fosse você, tirava esse bico da cara. Estamos chegando e eu tenho quase certeza de que seus amigos estão acordados.
-Ah, você se lembrou dos meus amigos agora? –Z apenas revirou os olhos e segurou o riso. Tudo estava ocorrendo perfeitamente como planejado. –Parou porquê?
-O portão tem senha.
-E? Está esperando o que para digitar?
-Estou cansado. Digite você. O painel de controle está do seu lado.
-Exatamente como o seu. –Z apenas desceu o vidro que ficava na porta de Vanessa, que relutante, digitou o código de segurança.
-Morreu? –Ela apenas fechou mais a cara e ficou encarando-o até a porta de entrada. Ele estacionou e sorriu. V apenas revirou os olhos e abriu a porta do carro sem parar de encará-lo. Travou assim que mudou o foco do olhar. –Feliz aniversário, anjo. –Z disse aos sussurros no ouvido dela.
-Parabéns, Vanessa! –Os amigos gritaram.
[...]
-Eu não acredito que você organizou isso. –Ela disse assim que eles passaram pelas portas do quarto principal.
-Foi só um cupcake com vodka. Amanhã, ou no caso mais tarde, terá um bolo de verdade e o melhor champanhe do país.
-Eu me sinto muito mal por ter te tratado daquela maneira. –Confessou impedindo-o de passar. –Desculpa, de verdade.
-Não se preocupe. Eu planejei tudo, mas para que o impacto fosse real você tinha que se zangar comigo. Como que você achou que eu ia esquecer? Teu pai não deixava. Passava a semana inteira planejando coisas. Seus dias eram sempre os melhores na semana do seu aniversário e tudo graças a ele.
-Muito obrigada mesmo assim. –Disse o beijando.
-É melhor pararmos. –Disse se separando dela. –Já saímos bêbados da festa e bebemos vodka aqui. Você vai se arrepender amanhã.
-Tudo bem então. –Disse dando passagem para ele. –Amanhã tem festinha?
-É, ´´festinha``.
-Aqui?
-Em um clube.
-Quem vai?
-Seus amigos e algumas pessoas da agencia.
-Ah.
-Eu vou confessar: eu queria fazer uma surpresa, só nós dois. –Disse de dentro do banheiro. –Mas seus amigos chegaram e distorceram os meus planos, por isso fiquei tão zangado. E bem, por sorte nós temos escutas nos quartos e eu fiquei sabendo que eles estavam planejando uma surpresa pra hoje de madrugada e eu pedi para a Leslie falar com eles. Sorte que deu tudo certo.
-Não se preocupe, baby. Eu gostei, e muito. Nunca pensei que você fosse fazer algo assim para mim.
-Você age como se eu não gostasse de você.
-Não foi minha intenção. –Disse começando a tirar o vestido. –É que você estava muito normal essa semana e eu achei que você não se lembrava. Nem eu me lembrei.
-Mentirosa. Eu sei que você contou os dias. –Disse saindo só de cueca do quarto. –Ahn, eu vou voltar pro banheiro.
-Qual é, Zac. Até parece que nunca me viu de lingerie.
-Estou bêbado, por isso: fique longe.
-Tudo bem. Vai demorar? Eu preciso tomar banho.
-Eu só vou tomar uma ducha rápida. –Disse voltando pro banheiro, mas dessa vez deixou a porta aberta. –Se quiser tirar a maquiagem aqui, sinta-se a vontade. Vou fechar o box.
-Ok.
Depois de Z tomar banho, foi a vez de Vanessa tentar amenizar a ressaca que viria no dia seguinte. Voltou para o quarto e encontrou-o de olhos fechados.
-Já está dormindo?
-Não, só com dor de cabeça. E você?
-Também. –A morena disse se deitando. –Eu realmente queria te agradecer!
-Também. –A morena disse se deitando. –Eu realmente queria te agradecer!
-Você já agradeceu.
-Não devidamente. –Bufou. –Eu te tratei tão mal e um simples "obrigado" não é suficiente pra mim.
-Para mim é. Você já fez pior!
-Ajudou muito. –Ironizou. –Me deixa agradecer de verdade. –Pediu se aproximando.
-Estamos bêbados. Não é uma boa ideia.
-Só uns amados bobos.
-Estamos bêbados! –Repetiu. –Perderemos o controle.
-Essa sua rejeição me faz pensar que não sou boa o suficiente pra você!
-E suas ações me fazem pensar que eu estou passando uma imagem errada; de que só faço coisas boas querendo algo em troca. Eu gosto de você, de verdade, e é por isso que não quero estragar nossa amizade. Você vai se arrepender assim que acordar. Só dorme, ok?
-Não estou tão bêbada assim! Eu sei o que eu quero e eu quero ficar com você.
-Se de manhã você estiver tão generosa como agora nós conversaremos, ok? –Ela nada disse, somente se virou e cobriu-se dos pés a cabeça.
[...]
-Bom dia. –Ela ouviu debaixo das cobertas.
-Só se for pra você. –Resmungou saindo de seu "casulo". –Que gosto é esse na boca?
-Algo que diz que não deves beber tanto. És um pouco fraca. –Disse insinuando para as duas garrafas de vodka que estavam no quarto perto da porta. –Come algo que passa. –Lhe ofereceu a bandeja.
-Só se for pra você. –Resmungou saindo de seu "casulo". –Que gosto é esse na boca?
-Algo que diz que não deves beber tanto. És um pouco fraca. –Disse insinuando para as duas garrafas de vodka que estavam no quarto perto da porta. –Come algo que passa. –Lhe ofereceu a bandeja.
-Café da manhã na cama, nossa.
-É mais um lanche.
-Eu não dormi tanto assim. –Disse procurando o relógio de cabeceira.
-Dormiu sim. Nós dois na verdade. Foi uma noite e tanto. –Suspirou.
-Como assim; eu fiz algo? –V perguntou preocupada. Não lembrava-se de muita coisa por conta da bebida, mas sabia que ele tinha organizado uma surpresa com seus amigos, mesmo que ela não conseguisse lembrar de como havia reagido.
-Que cara de assustada é essa?
-É que eu não me recordo de muita coisa. Nós... –Engoliu em seco. Sabia que ficava muito "saidinha" quando tomava alguns drinques.
-Ah, claro. A noite inteira. Não lembra? Me chamava de amor e de garanhão... –Z disse caindo na gargalhada. Em menos de segundos, Vanessa havia passado de morena para branca.
-Isso é sério?
-Me diga você: Foi bom ou ruim? –Disse encarando a morena.
-Bem, levando em conta de que não consigo me lembrar de nada...
-Hmm, pelo menos não descarta o "bom".
-Efron!
-Não, Vanessa, não aconteceu. –Z disse sentando-se ereto. –Você até quis, mas claro, eu não permiti. Eu sei que sou irresistivelmente sexy e encantador... –Sorriu vendo Vanessa relaxar visivelmente. –Mas se tivesse acontecido, tenha a certeza de que teria sido mais do que bom.
-Pare com isso agora. –Rebateu fechando a cara.
-Estás tão mal humorada.
-É o que acontece quando se acorda e logo se depara com a versão humana do Chucky.
-Bem lembrado; tenho que fazer umas coisas. –Disse se aproximando até ficarem praticamente colados.
-E o que é? –Engoliu em seco.
-Alimentar os cachorros e tomar banho. –Sorriu antes de lhe dar um beijo na testa.
-Pois a humanidade agradece. –Disse tentando fazer graça. Sabia que tremia. "O que você tem na cabeça, Vanessa? Mas pensando bem... será que seria assim tão ruim?!"
-Você devia fazer o mesmo.
-Não com você, não mesmo. Nunca.
-Como?
-Você ouviu bem. Eu nunca tomaria banho com você.
-Mas eu nem sequer insinuei isso.
-Então...
-Existem outros banheiros, ou você se esqueceu disso também?
-Não, eu lembro. Argh! –Disse entrando no seu casulo novamente.
-Estás se sentindo bem? Estás estranha.
-Estou bem, só não acordei totalmente.
-Pois trate de fazê-lo. Temos uma coisa séria para conversamos depois.
-Do que se trata?
-Depois.
-Mas... –Bufou. Ele já tinha batido a porta.
Sem se importar com o tamanho do pijama ou com o estado do seu cabelo, V resolveu segui-lo. Encontrou-o na cozinha conversando com James.
-É mais um lanche.
-Eu não dormi tanto assim. –Disse procurando o relógio de cabeceira.
-Dormiu sim. Nós dois na verdade. Foi uma noite e tanto. –Suspirou.
-Como assim; eu fiz algo? –V perguntou preocupada. Não lembrava-se de muita coisa por conta da bebida, mas sabia que ele tinha organizado uma surpresa com seus amigos, mesmo que ela não conseguisse lembrar de como havia reagido.
-Que cara de assustada é essa?
-É que eu não me recordo de muita coisa. Nós... –Engoliu em seco. Sabia que ficava muito "saidinha" quando tomava alguns drinques.
-Ah, claro. A noite inteira. Não lembra? Me chamava de amor e de garanhão... –Z disse caindo na gargalhada. Em menos de segundos, Vanessa havia passado de morena para branca.
-Isso é sério?
-Me diga você: Foi bom ou ruim? –Disse encarando a morena.
-Bem, levando em conta de que não consigo me lembrar de nada...
-Hmm, pelo menos não descarta o "bom".
-Efron!
-Não, Vanessa, não aconteceu. –Z disse sentando-se ereto. –Você até quis, mas claro, eu não permiti. Eu sei que sou irresistivelmente sexy e encantador... –Sorriu vendo Vanessa relaxar visivelmente. –Mas se tivesse acontecido, tenha a certeza de que teria sido mais do que bom.
-Pare com isso agora. –Rebateu fechando a cara.
-Estás tão mal humorada.
-É o que acontece quando se acorda e logo se depara com a versão humana do Chucky.
-Bem lembrado; tenho que fazer umas coisas. –Disse se aproximando até ficarem praticamente colados.
-E o que é? –Engoliu em seco.
-Alimentar os cachorros e tomar banho. –Sorriu antes de lhe dar um beijo na testa.
-Pois a humanidade agradece. –Disse tentando fazer graça. Sabia que tremia. "O que você tem na cabeça, Vanessa? Mas pensando bem... será que seria assim tão ruim?!"
-Você devia fazer o mesmo.
-Não com você, não mesmo. Nunca.
-Como?
-Você ouviu bem. Eu nunca tomaria banho com você.
-Mas eu nem sequer insinuei isso.
-Então...
-Existem outros banheiros, ou você se esqueceu disso também?
-Não, eu lembro. Argh! –Disse entrando no seu casulo novamente.
-Estás se sentindo bem? Estás estranha.
-Estou bem, só não acordei totalmente.
-Pois trate de fazê-lo. Temos uma coisa séria para conversamos depois.
-Do que se trata?
-Depois.
-Mas... –Bufou. Ele já tinha batido a porta.
Sem se importar com o tamanho do pijama ou com o estado do seu cabelo, V resolveu segui-lo. Encontrou-o na cozinha conversando com James.
-Eu não acho que será uma boa ideia. –Z disse. –Eles costumam estranhar.
-O máximo que pode acontecer é uma mordida.
-Eles foram treinados para matar.
-E você não consegue controlá-los?
-Nem sempre.
-Amor, onde você pensa que vai? –V perguntou se aproximando de Zac que agradeceu com os olhos. –Não está pensando em me trocar por aqueles pulguentos, não é?
-Eles precisam se alimentar.
-E eu preciso do meu namorado no meu aniversário. Eles podem ficar um dia sem comer. –Disse lhe roubando um beijo.
-Eles não comem há mais de três dias; estão praticamente morrendo.
-O problema não é meu. Você teve todo o tempo do mundo pra isso, hoje não.
-Mas Vanessa... -Ela lhe interrompeu com mais um beijo.
-Não quero nem saber.
-É rápido.
-Nem na velocidade da luz.
-Eu posso alimentá-los pra você. –James sugeriu sorrindo.
-Vocês vieram aqui para me vê ou para ficar babando esses cachorros? –Fez bico.
-Você vai ficar com o seu namoradinho nesse tempo. É rápido, Vanessa.
-Não mesmo. Não quero ninguém mexendo com aquelas pragas hoje. –Disse abraçando Zac novamente. –Se eu te ver por lá, você dorme no sofá. –Disse olhando para o "namorado".
-Então, pombinhos –Alex iniciou – vocês desceram pra tomar café ou pra ficar se pegando na nossa frente?
-Já tomamos café. –V disse se afastando de Zac.
-Onde que nós não vimos? –Alexandra perguntou.
-No quarto.
-Hm, café da manhã na cama, hein? –Gabriela sorriu maliciosa.
-E o que tem demais?
-Nada, só a música da Aguilera que me veio na memória. "Sex for Breakfast" conhece? –V apenas revirou os olhos e abriu a geladeira. Ouviu o sistema de proteção da casa sendo ativado e logo ergueu a cabeça.
-Ah, não. –Gruniu e correu para a sala, mas já era tarde demais. As postas já estavam trancadas e com as placas de titânio encaixadas no chão. –Efron!!!! –Gritou antes de gargalhar. –Isso não vale.
Os amigos olharam espantados a cena. Um pouco mais de cinco minutos depois, as portas começaram a subir e Zac entrava sorrindo pela porta de entrada.
-Isso é golpe baixo. –Ela reclamou quando ele se deitou por cima dela no sofá.
-Você não queria vê, pois não viu.
-Idiota. –Sorriu antes de lhe da um beijo. –Você precisa de um banho.
-Mas antes, preciso pedir para alguém vir treinar com eles hoje.
-Mas que obsessão!
-Você faz o mesmo com seu tempo com "o James". –Tentou imitá-la.
-Como faço com você.
-Mas eu sou exceção.
-E eu sou humana.
-Isso não vale. Eles são meus bebês.
-E eu sou sua namorada. Pare de se preocupar tanto com esses pulguentos.
-Eles são mais limpos que você.
-Levando em consideração o dono, eu tenho minhas duvidas. –Ele sorriu e trocaram mais alguns beijos. –Ok, você está me esmagando.
-Passo o mesmo todas as noites. –Disse antes de sair de cima dela. –Vou tomar banho. Com licença.
-Eu vou com você.
-Não, aniversariante. Passe um tempo com seus amigos.
-Eu tenho o resto do dia livre. –Ele apenas segurou o riso e subiu as escadas. –Bem, preciso tomar um banho também.
-Mas Vanessa... –Jason disse.
-Deixem ela. –Alexandra interrompeu. –É o seu dia especial e ele é o namorado. Somos apenas os amigos que estão de passagem.
-Bobos. Eu só preciso de uma ducha rápida; prometo que não demoro.
-Olhe lá hein. Nada de sexo no chuveiro.
-Gabriela!
-O que? Eu apenas comentei.
-Guarde seus comentários pra você. –V disse subindo as escadas o mais rápido que pode. A amiga era tão indiscreta as vezes e Alex não parava de fuzilar-lhe com o olhar. –Zachary, pode dizer o que você tem pra me contar. –Ordenou.
-Depois, Vanessa.
-Tudo bem. Vou tomar uma chuveirada no banheiro do corredor. Qualquer coisa, grite!
-Ok. –Separando somente o roupão e a lingerie, V saiu do quarto. Estava no meio do caminho quando sentiu aquele puxão.
-Ai que susto, Alex. –Disse dando tapas leves no amigo. –Quer me matar do coração?
-Do coração não, mas de porrada talvez. Você está se envolvendo, Vanessa.
-Não estou, Alex. –Revirou os olhos.
-Sim, está. Eu te conheço muito bem para saber disso.
-Eu já disse que não estou envolvida emocionalmente com o Zac, mas você não acredita e eu não sou nenhum papagaio para ficar repetindo isso.
-Se você assumir, eu paro de insistir, prometo.
-Assumir o que, pelo amor de Deus?
-Não acredito que você tem coragem de mentir na minha cara, Vanessa. Não depois de tudo o que passamos.
-Alex, pela milésima e ultima vez: Eu e Zac nunca passamos da zona de amizade. Se temos essa química é porque é um tipo de "bônus" que veio no meu pacote. Nem considero amizade já que não foi do modo convencional, mas mesmo assim. A gente se dar muito bem, pelo menos na maioria das vezes, e somente isso. Não tem sentimento algum envolvido.
-Mas eu vejo como você olha para ele.
-Com os mesmos olhos que olho para você, para o James, para Jason. –Suspirou cansada. –Vocês são meus amigos e eu agradeço por terem me apoiado nos momentos que precisei. Ele está fazendo o mesmo agora; está me ajudando e me dando todo o suporte que preciso nessa nova vida. Não posso ser ingrata e dizer que o que você quer ouvir. Ele me faz bem e eu gosto dele, mas não do modo que você diz.
-Me promete que nunca vai se envolver?
-Eu não posso te prometer isso, Alex.
-Viu? Isso significa que tem sentimento sim.
-Eu não posso prometer nada, porque não sei o dia de amanhã. Eu não tenho o controle sobre a minha vida, nunca tive. E nem se tivesse eu o faria. Não tenho que dar satisfação da minha vida a ninguém, muito menos a você que até no meu aniversário fica me azucrinando. Por favor, Alex. Já deu por hoje. –Se libertou do aperto do amigo e se trancou no banheiro.
-Passo o mesmo todas as noites. –Disse antes de sair de cima dela. –Vou tomar banho. Com licença.
-Eu vou com você.
-Não, aniversariante. Passe um tempo com seus amigos.
-Eu tenho o resto do dia livre. –Ele apenas segurou o riso e subiu as escadas. –Bem, preciso tomar um banho também.
-Mas Vanessa... –Jason disse.
-Deixem ela. –Alexandra interrompeu. –É o seu dia especial e ele é o namorado. Somos apenas os amigos que estão de passagem.
-Bobos. Eu só preciso de uma ducha rápida; prometo que não demoro.
-Olhe lá hein. Nada de sexo no chuveiro.
-Gabriela!
-O que? Eu apenas comentei.
-Guarde seus comentários pra você. –V disse subindo as escadas o mais rápido que pode. A amiga era tão indiscreta as vezes e Alex não parava de fuzilar-lhe com o olhar. –Zachary, pode dizer o que você tem pra me contar. –Ordenou.
-Depois, Vanessa.
-Tudo bem. Vou tomar uma chuveirada no banheiro do corredor. Qualquer coisa, grite!
-Ok. –Separando somente o roupão e a lingerie, V saiu do quarto. Estava no meio do caminho quando sentiu aquele puxão.
-Ai que susto, Alex. –Disse dando tapas leves no amigo. –Quer me matar do coração?
-Do coração não, mas de porrada talvez. Você está se envolvendo, Vanessa.
-Não estou, Alex. –Revirou os olhos.
-Sim, está. Eu te conheço muito bem para saber disso.
-Eu já disse que não estou envolvida emocionalmente com o Zac, mas você não acredita e eu não sou nenhum papagaio para ficar repetindo isso.
-Se você assumir, eu paro de insistir, prometo.
-Assumir o que, pelo amor de Deus?
-Não acredito que você tem coragem de mentir na minha cara, Vanessa. Não depois de tudo o que passamos.
-Alex, pela milésima e ultima vez: Eu e Zac nunca passamos da zona de amizade. Se temos essa química é porque é um tipo de "bônus" que veio no meu pacote. Nem considero amizade já que não foi do modo convencional, mas mesmo assim. A gente se dar muito bem, pelo menos na maioria das vezes, e somente isso. Não tem sentimento algum envolvido.
-Mas eu vejo como você olha para ele.
-Com os mesmos olhos que olho para você, para o James, para Jason. –Suspirou cansada. –Vocês são meus amigos e eu agradeço por terem me apoiado nos momentos que precisei. Ele está fazendo o mesmo agora; está me ajudando e me dando todo o suporte que preciso nessa nova vida. Não posso ser ingrata e dizer que o que você quer ouvir. Ele me faz bem e eu gosto dele, mas não do modo que você diz.
-Me promete que nunca vai se envolver?
-Eu não posso te prometer isso, Alex.
-Viu? Isso significa que tem sentimento sim.
-Eu não posso prometer nada, porque não sei o dia de amanhã. Eu não tenho o controle sobre a minha vida, nunca tive. E nem se tivesse eu o faria. Não tenho que dar satisfação da minha vida a ninguém, muito menos a você que até no meu aniversário fica me azucrinando. Por favor, Alex. Já deu por hoje. –Se libertou do aperto do amigo e se trancou no banheiro.
Aquele banho foi o mais demorado que havia tomado. Lavou os cabelos e fez uma hidratação profunda em cada uma das mexas. Depois disso, mergulhou na banheira e ficou brincando com a espuma até seus dedos se engelharem mais ainda. Quando eles já estava sem nenhuma sensibilidade, resolveu repetir o processo de hidratação. Estranhou quando ouviu batidas na porta.
-O que é, Alex?
-Sou eu, Vanessa. –Zac resmungou. –Estás bem? Nunca demoraste tanto em um banho.
-Estou bem, só lavando o cabelo.
-Fio por fio? –Ironizou. –Saia logo dai que precisamos conversar.
-Estou no meio de uma hidratação, Zac. Vou demorar uns quinze minutos.
-Então abra a porta.
-Não mesmo.
-Quer que eu arrombe? –Desafiou-a.
-Me de cinco minutos que já estarei no quarto. –Respondeu depois de revirar os olhos. Ele sabia ser tão controlador as vezes.
-Quatro minutos e meio só por ter revirado os olhos. –E se afastou da porta deixando-a boquiaberta. Em pouca semanas de convivência ele já a conhecia muito bem.
Lavou os cabelos as pressas e começou a vestir a peça que tinha levado. Combinaria perfeitamente com o vestido justo que tinha separado para usar durante o dia. Quando estava terminando de fechar o zíper, a porta se rompeu.
-Zachary Efron! –Berrou. –Privacidade.
-Zachary Efron! –Berrou. –Privacidade.
-Pontualidade! –Disse puxando-a para o corredor. –Leslie, arranje alguém para concertar a porta. –Ordenou para a governanta que estava na sala com os amigos de Vanessa.
-Eu estava terminando, não precisava disso.
-Sim, precisava. Você passou quase uma hora e meia dentro daquele banheiro.
-Eu estava hidratando meu cabelo, ou melhor, tentando. Os cinco minutos não serviram nem para tirar o creme direito.
-Não me culpe, foi você quem escolheu o tempo. –Disse entrando no quarto. –Sente-se.
-Espero que seja algo realmente importante. –Bufou.
-Para mim é. –Disse respirando fundo e ela se preocupou. Ele parecia nervoso. –Não sei se você percebeu, mas eu fiquei distante essa semana. Não foi somente pelo seu aniversário. Durante uma reunião com os agentes seniores, o Agente Walter sugeriu que devíamos avançar na nossa relação. Já estamos aqui há doze semanas e nosso tempo está se esgotando. Precisamos que você se dedique mais nos treinamentos pois vamos te inserir aos poucos em missões de treinamento.
-E então? Avançaremos de que maneira? Vamos adotar um cachorro, um bebê?!
-É um pouco mais complexo. –Disse retirando uma pequena caixa do bolso.
-Zac? Não está pensando em... –Sorriu nervosa. Não! Isso era demais.
-Sim, Vanessa. Precisamos noivar. –Ela respirou fundo. "Bem, noivado não significa casamento" pensou.
-E o que eu tenho que fazer?
-Aceitar. –Disse não entendendo. –Você está bem?
-Ai, Zac. Mesmo que seja de mentira e que não signifique que realmente vamos nos casar, ainda me incomoda. É demais. A Gabriela vai se animar e até a Alexandra. Não podemos simplesmente adotar um cachorro, um papagaio ou um rinoceronte? Qualquer coisa.
-Calma, Vanessa. Em primeiro lugar: quem disse que não vamos nos casar? Você não queria um conto de fadas aos olhos de seus amigos? Nem que seja no civil vai acontecer.
-Ah, claro. Como eu não pensei nisso antes? –Ironizou. –Vocês forjam mortes, por que não casamentos? Acontece, Efron, que isso é demais. Além de brincarem com sentimentos, brincarão com Deus. Eu não sou religiosa, mas sei que isso é errado.
-Eu disse civil, Hudgens. Não sou tão frio a ponto de planejar um casamento na igreja, e quero lhe lembrar que estou fazendo o que você me pediu. Além do mais, não durará muito. Já estamos planejando um acidente fatal. Talvez na nossa lua-de-mel, não sei bem.
-Você pode achar que não, mas isso vai machucá-los ainda mais. Por quê não "morremos" logo?
-Por que seria obvio demais para Flecher. Não pense que estou contente com isso, pelo contrário. Fico sem dormir pensando no que isso causará aos seus amigos. Acredite ou não, mas eu gosto deles. Menos de Alex. A propósito, você me confundiu com ele. Por quê?
-Nós tivemos uma pequena discussão no corredor, nada de mais. –Disse se levantando. –Eu não estou preparada para isso. De verdade! –Ela disse indo até as portas de vidro da sacada. Espiou pelas cortinas e viu os amigos perto da piscina conversando e brincando. –Vai ser difícil levar a mentira a esse nível.
-Eu estava terminando, não precisava disso.
-Sim, precisava. Você passou quase uma hora e meia dentro daquele banheiro.
-Eu estava hidratando meu cabelo, ou melhor, tentando. Os cinco minutos não serviram nem para tirar o creme direito.
-Não me culpe, foi você quem escolheu o tempo. –Disse entrando no quarto. –Sente-se.
-Espero que seja algo realmente importante. –Bufou.
-Para mim é. –Disse respirando fundo e ela se preocupou. Ele parecia nervoso. –Não sei se você percebeu, mas eu fiquei distante essa semana. Não foi somente pelo seu aniversário. Durante uma reunião com os agentes seniores, o Agente Walter sugeriu que devíamos avançar na nossa relação. Já estamos aqui há doze semanas e nosso tempo está se esgotando. Precisamos que você se dedique mais nos treinamentos pois vamos te inserir aos poucos em missões de treinamento.
-E então? Avançaremos de que maneira? Vamos adotar um cachorro, um bebê?!
-É um pouco mais complexo. –Disse retirando uma pequena caixa do bolso.
-Zac? Não está pensando em... –Sorriu nervosa. Não! Isso era demais.
-Sim, Vanessa. Precisamos noivar. –Ela respirou fundo. "Bem, noivado não significa casamento" pensou.
-E o que eu tenho que fazer?
-Aceitar. –Disse não entendendo. –Você está bem?
-Ai, Zac. Mesmo que seja de mentira e que não signifique que realmente vamos nos casar, ainda me incomoda. É demais. A Gabriela vai se animar e até a Alexandra. Não podemos simplesmente adotar um cachorro, um papagaio ou um rinoceronte? Qualquer coisa.
-Calma, Vanessa. Em primeiro lugar: quem disse que não vamos nos casar? Você não queria um conto de fadas aos olhos de seus amigos? Nem que seja no civil vai acontecer.
-Ah, claro. Como eu não pensei nisso antes? –Ironizou. –Vocês forjam mortes, por que não casamentos? Acontece, Efron, que isso é demais. Além de brincarem com sentimentos, brincarão com Deus. Eu não sou religiosa, mas sei que isso é errado.
-Eu disse civil, Hudgens. Não sou tão frio a ponto de planejar um casamento na igreja, e quero lhe lembrar que estou fazendo o que você me pediu. Além do mais, não durará muito. Já estamos planejando um acidente fatal. Talvez na nossa lua-de-mel, não sei bem.
-Você pode achar que não, mas isso vai machucá-los ainda mais. Por quê não "morremos" logo?
-Por que seria obvio demais para Flecher. Não pense que estou contente com isso, pelo contrário. Fico sem dormir pensando no que isso causará aos seus amigos. Acredite ou não, mas eu gosto deles. Menos de Alex. A propósito, você me confundiu com ele. Por quê?
-Nós tivemos uma pequena discussão no corredor, nada de mais. –Disse se levantando. –Eu não estou preparada para isso. De verdade! –Ela disse indo até as portas de vidro da sacada. Espiou pelas cortinas e viu os amigos perto da piscina conversando e brincando. –Vai ser difícil levar a mentira a esse nível.
-Eu sei, mas nós temos que continuar. Você não quer um "final feliz" para nós? Então, esse será o nosso "fim".
-Com morte! –Gruniu. –Porquê tudo tem que acabar em morte para vocês? Não cansam de forjá-la?
-Não.
-E medo? Nem uma faísca de medo de que aconteça de verdade?
-Só no início, depois você se acostuma.
-Claro, por quê é muito comum você chegar no trabalho as sete da manhã, se acomodar na sua mesa e enquanto toma um café, inicia o seu hábito de forjar a morte de desconhecidos ou até mesmo a sua própria morte, com certeza.
-Deixe de bobeira. Vamos ter um relacionamento lindo, como nos contos de fadas. Eles vão gostar, você vai ver.
-Espero... oh merda. –Disse fechando as cortinas novamente.
-O que foi?
-Acho que o Alex me viu.
-E?
-E eu já tenho problemas suficientes com ele achando que nós temos algo.
-Agora ele vai ter a certeza. –Sorriu.
-Não tem graça. –Disse fazendo bico.
-Ei, não me culpe. É você que está usando um espartilho sexy enquanto olha pelas janelas transparentes.
-Ele vai achar que nós... você sabe.
-E a culpa não é minha. Eu vim tomar banho, você que me seguiu.
-Não me amole, Efron.
-Não me amole você. Anda, me dá o seu dedo. Preciso vê se acertei no tamanho do anel.
-Pega qualquer um no meu porta jóias. Eu realmente não quero fazer parte desse plano sujo. –Disse se enrolando no robe.
-Não vai descer?
-Vou.
-E por quê pôs o robe novamente?
-Argh! É isso que você faz comigo; me confunde. –Disse largando a peça no chão. Vestiu a roupa que tinha separado e calçou as sapatilhas que estavam no canto. Prendeu o cabelo e depois de colocar os brincos, olhou para o companheiro de quarto que a observava. –O que foi?
-Você.
-O que tem eu?
-Você me confunde. –Bufou. –Eu tento te entender, mas... É complicado. Você age de uma maneira, mas depois diz coisas que não condizem com seus atos. Eu vou enlouquecer desse jeito.
-Não tente decifrar as mulheres, é tolice.
-Está vendo? –Gritou.
-O que foi dessa vez?
-Seu olhar e sua posturam falavam "eu te ajudo" mas suas palavras são críticas. Eu desisto, Vanessa. Vou pedir ao Ian que assuma a missão. E não se preocupe, nossa morte será em breve, como você pediu. –Disse indo até a sacada.
-Você está brincando comigo? –Questionou seguindo-o. –Você acha que pode fazer isso com as pessoas? Você que vai me enlouquecer, Efron. Me promete o céu e a terra e depois me critica como se eu não merecesse o ar que respiro. Eu... eu realmente não vou discutir com você com uma platéia. –Disse voltando para o quarto.
-Vanessa, nós precisamos conversar.
-Eu preciso descer...
-Para que? Quer ser questionada até explodir? Temos que resolver isso. Você diz que eu te confundo, mas você que faz isso comigo. Me diz como? Sempre procuro deixar tudo explícito.
-Ah claro. Então me diga: porquê você faz isso comigo?
-Isso o que?
-Isso. –Disse o beijando. No começo ele aceitou o beijo, mas logo se afastou. –Está vendo? Você me aceita e depois me despreza. É isso que me confunde.
-Vanessa... você não está se deixando envolver, está?
-Não, é claro que não. –Disse firme. –Mas querendo ou não, isso me confunde. Não sei se você fica comigo por que gosta de mim ou por obrigação.
-Nós já conversamos sobre isso. Temos uma amizade colorida, não foi assim que você disse?
-Sim, eu me lembro.
-Então, o que você quer mais? Flores, chocolates?
-Não, Zac. Quero mais atenção. Você só me conta as coisas quando não tem mais como esconder. Cansei disso. Detesto ser a última a saber dos assuntos que me envolvem.
-Tudo bem. Vou tentar te por apar de tudo a partir de agora.
-Obrigada. –O abraçou.
-A propósito, nós temos compromisso hoje a noite. Lembra?
-Sim, mas você até agora não me disse em que lugar será.
-Como a aniversariante está exigente. Será em uma boate, coisa simples. Ian quem decidiu isso.
-Nossa, obrigada por esclarecer. Não consigo imaginar você num lugar desses.
-Vou levar isso como elogio. –A beijou. –Além do mais, eu vou te pedir em casamento no meio da festa.
-Bom saber.
-Promete que não vai chorar. –Sorriu.
-Acho bem difícil. –O beijou novamente. O beijo se intensificou e Z precisou apoiar as costas na porta da sacada. Segundos depois, a porta abriu.
-Acho que vou ter que trocar essas fechaduras. Estão frágeis. –Ele disse observando os pedaços que sobraram. –Vamos, temos um almoço para ir.
-Onde?
-Surpresa.
-Odeio surpresas.
-Ai já não é problema meu. –Provocou fazendo ela lhe dar língua.
-Claro, por quê é muito comum você chegar no trabalho as sete da manhã, se acomodar na sua mesa e enquanto toma um café, inicia o seu hábito de forjar a morte de desconhecidos ou até mesmo a sua própria morte, com certeza.
-Deixe de bobeira. Vamos ter um relacionamento lindo, como nos contos de fadas. Eles vão gostar, você vai ver.
-Espero... oh merda. –Disse fechando as cortinas novamente.
-O que foi?
-Acho que o Alex me viu.
-E?
-E eu já tenho problemas suficientes com ele achando que nós temos algo.
-Agora ele vai ter a certeza. –Sorriu.
-Não tem graça. –Disse fazendo bico.
-Ei, não me culpe. É você que está usando um espartilho sexy enquanto olha pelas janelas transparentes.
-Ele vai achar que nós... você sabe.
-E a culpa não é minha. Eu vim tomar banho, você que me seguiu.
-Não me amole, Efron.
-Não me amole você. Anda, me dá o seu dedo. Preciso vê se acertei no tamanho do anel.
-Pega qualquer um no meu porta jóias. Eu realmente não quero fazer parte desse plano sujo. –Disse se enrolando no robe.
-Não vai descer?
-Vou.
-E por quê pôs o robe novamente?
-Argh! É isso que você faz comigo; me confunde. –Disse largando a peça no chão. Vestiu a roupa que tinha separado e calçou as sapatilhas que estavam no canto. Prendeu o cabelo e depois de colocar os brincos, olhou para o companheiro de quarto que a observava. –O que foi?
-Você.
-O que tem eu?
-Você me confunde. –Bufou. –Eu tento te entender, mas... É complicado. Você age de uma maneira, mas depois diz coisas que não condizem com seus atos. Eu vou enlouquecer desse jeito.
-Não tente decifrar as mulheres, é tolice.
-Está vendo? –Gritou.
-O que foi dessa vez?
-Seu olhar e sua posturam falavam "eu te ajudo" mas suas palavras são críticas. Eu desisto, Vanessa. Vou pedir ao Ian que assuma a missão. E não se preocupe, nossa morte será em breve, como você pediu. –Disse indo até a sacada.
-Você está brincando comigo? –Questionou seguindo-o. –Você acha que pode fazer isso com as pessoas? Você que vai me enlouquecer, Efron. Me promete o céu e a terra e depois me critica como se eu não merecesse o ar que respiro. Eu... eu realmente não vou discutir com você com uma platéia. –Disse voltando para o quarto.
-Vanessa, nós precisamos conversar.
-Eu preciso descer...
-Para que? Quer ser questionada até explodir? Temos que resolver isso. Você diz que eu te confundo, mas você que faz isso comigo. Me diz como? Sempre procuro deixar tudo explícito.
-Ah claro. Então me diga: porquê você faz isso comigo?
-Isso o que?
-Isso. –Disse o beijando. No começo ele aceitou o beijo, mas logo se afastou. –Está vendo? Você me aceita e depois me despreza. É isso que me confunde.
-Vanessa... você não está se deixando envolver, está?
-Não, é claro que não. –Disse firme. –Mas querendo ou não, isso me confunde. Não sei se você fica comigo por que gosta de mim ou por obrigação.
-Nós já conversamos sobre isso. Temos uma amizade colorida, não foi assim que você disse?
-Sim, eu me lembro.
-Então, o que você quer mais? Flores, chocolates?
-Não, Zac. Quero mais atenção. Você só me conta as coisas quando não tem mais como esconder. Cansei disso. Detesto ser a última a saber dos assuntos que me envolvem.
-Tudo bem. Vou tentar te por apar de tudo a partir de agora.
-Obrigada. –O abraçou.
-A propósito, nós temos compromisso hoje a noite. Lembra?
-Sim, mas você até agora não me disse em que lugar será.
-Como a aniversariante está exigente. Será em uma boate, coisa simples. Ian quem decidiu isso.
-Nossa, obrigada por esclarecer. Não consigo imaginar você num lugar desses.
-Vou levar isso como elogio. –A beijou. –Além do mais, eu vou te pedir em casamento no meio da festa.
-Bom saber.
-Promete que não vai chorar. –Sorriu.
-Acho bem difícil. –O beijou novamente. O beijo se intensificou e Z precisou apoiar as costas na porta da sacada. Segundos depois, a porta abriu.
-Acho que vou ter que trocar essas fechaduras. Estão frágeis. –Ele disse observando os pedaços que sobraram. –Vamos, temos um almoço para ir.
-Onde?
-Surpresa.
-Odeio surpresas.
-Ai já não é problema meu. –Provocou fazendo ela lhe dar língua.
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Hey giiiiiirls. Zilhões de desculpas pela demora. Foram trabalhos, seminários, resumos e ENEM para fazer. Estou tão sem tempo que até desatualizada sobre meus ídolos estou. Graças a Deus já estamos em novembro \o/ Farei de tudo para postar mais frequentemente. Enfim, agradeço a quem comentou. Espero que gostem do capítulo. Eu queria agradecer a Margarida Oliveira por sua belíssima e gigantesca contribuição com esse capítulo. Ela escreveu uma bela parte para mim (que eu adaptei com a permissão dela, claro) e obviamente eu não poderia deixar de divulgar a nova fic dela chamada Um quarto em Paris que está no inicio e já me deixando descabelada de curiosidade. Leiam, sigam e comentem. Vale a pena. Por hoje é só.
Xx
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