-E então? –Ele perguntou com os olhos ansiosos.
-E então o que? –V fingiu indiferença.
-Como foi o treino?
-Foi bom.
-Ele pegou pesado com você?
-Não, foi o mesmo de ontem. Acho que posso me acostumar com isso.
-Como você é cínica. –Disse sem acreditar.
-Eu? Porquê?
-Você pediu para o Agente Franco aumentar os seus exercícios sem me consultar e ainda pergunta? Não bastou o que me fez ontem?
-Eu só pedi isso porque quero aprender a me controlar. Não quero te machucar de novo.
-Eu não acredito em você.
-Pois eu não posso fazer nada.
-Tem certeza de que não é para descontar no Ian?
-O quê? Isso nem passou pela minha cabeça. –Respondeu exasperada.
-Tudo bem, me desculpe.
-Vem cá, o que vocês pensam de mim, hein? Eu não sou vingativa, muito menos agressiva. Sou um doce de pessoa.
-Quem não te conhece que te compre. Você, doce? Por favor, não insulte os meus hematomas.
-Olha quem fala: a pessoa mais amável do mundo. Tão sensível e amoroso, não é? Sem falar na paciência infinita.
-Você ainda não me viu sendo grosseiro, muito menos sem paciência. Um conselho: não queira ver.
-Ai, que medo.
-Engraçadinha. –Disse parando no sinal vermelho. –Quer almoçar em algum lugar?
-Pode ser na casa mesmo.
-Nossa casa.
-Casa!
-Nossa casa! Nós moramos lá, então o termo correto é "nossa casa".
-Tanto faz. O importante é que a Leslie me falou hoje de manhã que iria fazer macarronada para o almoço e eu me deixou desejosa.
-Estás gravida? –Z disse fingindo espanto.
-Ah, claro. Estou grávida da água. Melhor: do dedo.
-Eu sempre desconfiei. Você e essa sua mão que saem sempre juntas...
-Não seja patético. Acho que nem há perigo de eu estar grávida.
-Tem certeza? Acho que Jason adoraria ser pai.
-Não seja ridículo. Você sabe muito bem que nunca rolou nada entre mim e Jason, muito menos desse tipo.
-Então com quem?
-Deixe de ser fuxiqueiro.
-O que? Eu só quero saber o tipo de pessoa que dorme na minha cama.
-Sua cama? Minha cama.
-Minha cama. O quarto era para ser meu.
-Mas é o maior da casa!
-Exatamente. Você achou mesmo que o maior quarto seria seu?
-Lógico. Sou a protegida de vocês, devo ter conforto.
-Estamos nos dedicando a sua proteção e você ainda quer conforto? Se não fosse por mim, nem na casinha do cachorro você dormiria.
-E tem cachorro lá?
-Uns doze, eu acho.
-Tem um canil?
-Eu não diria um canil...
-Zac!
-O que?
-Eu sou alérgica a cachorros.
-Não é não.
-Sim, eu sou. Se um cachorro se aproxima de mim, minhas pernas ficam bambas e logo perco o equilíbrio.
-O nome disso é "medo".
-Que seja. Prefiro dizer "alergia".
-Medo.
-Alergia!
-Medo!
-Alergia e preste atenção no trânsito. –Disse bufando. –Por que você é tão chato?
-Já tivemos essa conversa antes: não gosto de infantilidade.
-Eu sou infantil por não gostar de ser mordida por cachorros? Me desculpe, mas o infantil aqui é você. –Ele engoliu em seco e ela preferiu se calar. Sabia que ele estava tentando se controlar. Minutos depois, Zac estava estacionando no jardim da casa.
-Boa tarde, senhores. –Leslie logo os recebeu. –Eu tomei a liberdade de servir o almoço na área da piscina. Como o clima está abafado, eu achei que seria melhor...
-Tudo bem, obrigado Rosalla. –Z disse entrando na casa pela porta da frente, deixando as duas para trás.
-Aconteceu alguma coisa? –Leslie perguntou.
-Não, nada. Ele é de momento. –V explicou bufando. –Vou lavar as mãos e já volto. Mal posso esperar para experimentar a sua macarronada. –Sorriu para a governanta e entrou logo em seguida. Assim que subiu nos primeiros três degraus, Vanessa sentiu suas pernas pesarem. Estava exausta e ainda estava na metade do dia. Resolveu poupar energia e lavar as mãos na cozinha mesmo.
-O senhor Efron não vai almoçar? –Leslie perguntou assim que Vanessa começou a se servir.
-Han, acho que sim. Eu estou com tanta fome que até me esqueci dele. –Disse largando a colher. Minutos depois, Zac apareceu pela porta lateral. –Finalmente.
-Não se serviu antes por que não quis. –Zac alfinetou-a.
-Não me servi por que sou educada, diferente de alguns. –Replicou servindo-se. Comeram em silêncio. Ela sabia que Zac estava fazendo de propósito, mas ela não ia ser a primeira a dar o braço a torcer.
[...]
-Bem, como vocês podem ver, espalhamos agentes por toda essa área, mas nenhum sinal do Flecher. –Vanessa escutou a voz de Zac. Levantou-se sonolenta e seguiu a voz.
-Estamos fazendo o possível para encontrá-lo, mas ele sabe se esconder muito bem. –Dessa vez, ela não pode reconhecer a voz.
-E como vai o treinamento? –Smith perguntou.
-Bom, está indo bem. Ela pediu um avanço por conta própria, mas acho que não passa de hoje. Estava tão cansada que praticamente desmaiou depois do banho.
-Não é bom ela se desgastar demais.
-Eu sei, Smith, mas você conhece a peça. Teimosa que só ela.
-Tente controlá-la.
-Como se fosse possível.
-Vamos com calma, rapazes. –O estranho disse novamente. –Estamos perdendo o foco. Eu acho que uma hora ou outra o Flecher vai aparecer novamente. Ele já falhou antes.
-Mas estamos em L.A., é mais fácil para ele se esconder.
-Como para nós também, para protegê-la. Podemos aproveitar a presença dela para armar uma armadilha. Alguma visita aos lugares em que ela morou. Com toda a certeza, Flecher está esperando por isso.
-Não acho uma boa ideia. –Z protestou. –Ele desconfiaria. Sabe que ela não anda desprotegida. Seria obvio demais.
-Mas precisamos saber do paredeiro dele. Com certeza ele deve está em alguma área próxima da ex moradia de Vanessa.
-Façam uma busca, então. Mas não a metam nisso. Não valerá a pena arriscar a vida dela. Temos que tomar cuidado para ele não descobrir aonde ela está e aonde ela treina. Isso é o importante.
-Sempre tão cuidadoso, Agente Efron. –Smith zombou.
-É a minha função, não é? –Vanessa estava ficando enjoada com o rumo que a conversa tomava e decidiu voltar para o quarto, mas sem querer derrubou um vaso com flores que ficava no meio do caminho.
-
Droga! –Sussurrou. –
É assim mesmo, Vanessa Hudgens. Quem manda ser tão estabanada? Parece até que tem cinco braços e uma perna.
-O que você faz acordada? –Z perguntou erguendo o olhar para o corredor do andar de cima. Todos os presentes que estavam na sala de estar se viraram para olhar também. –Responda!
-Não estou falando com você. –Disse fazendo cara feia antes de descer as escadas. Ela só tinha duas opções: enfrentá-lo ou fingir que não tinha ouvido nada. Optou pelas duas.
-Você deveria está na cama. Amanhã vai levantar cedo.
-“
I must confess, that my loneliness... is killing me nooow, don't you know I still believe”... –Cantarolou indo para a cozinha. A música não tinha sido uma boa escolha para a situação, mas estava na sua cabeça desde que tinha acordado. Britney e suas músicas grudentas.
-E depois eu que sou o infantil. –Z disse indo atrás dela.
-Enquanto você agir como criança, eu vou agir também. Vai vê assim você percebe o quão irritante é com essa sua inconstância.
-Já me chamaram de tudo, menos de inconstante.
-“
When I'm not with you I lose my mind, give me a singggggggg...” –Recomeçou a cantarolar enquanto dançava pela cozinha.
-Se você quer continuar agindo assim, como uma criança de seis anos, problema seu.
-Exatamente! Problema todo meu.
-Do mesmo modo que minhas ações só interessam a mim.
-Se elas não envolverem outras pessoas, tudo bem.
-Vanessa, o que é que você quer, caramba?
-Que você pare de mudar de humor nessa velocidade que meu cérebro não pode acompanhar.
-Então converse com Deus e pergunte porque tantos problemas me surgem de uma hora pra outra.
-Como assim?
-Você é mais inteligente do que isso, por favor. Vá se deitar. Se não percebeu, não estamos sozinhos, e esses trajes não são adequados.
-Está com ciúmes?
-Ciúmes? Por favor, Vanessa. Estou te avisando, mas vá em frente: continue passeando só de camisa pela casa que está repleta de Agentes cheios de testosterona. Vai até poupar o trabalho deles de procurar nas esquinas. Se quiser, eu aviso que você está sem calcinha também.
-Não seja patético, e faça o favor de devolver o meu celular.
-Sinto muito, mas a resposta é "não”. Você precisa dormir e não ficar perdendo tempo com bobagens.
-Achei que a vida fosse minha.
-E é, mas o quarto também é meu e eu preciso dormir, o que não acontece quando você fica mexendo naquele negócio.
-Então durma em outro quarto.
-A errada é você, mude-se você.
-Argh, você é mais criança do que eu. –Disse voltando para a sala. Parou no meio do caminho quando ouviu o toque do seu celular. –Zachary, devolve. –Disse olhando para ele com os olhos semicerrados.
-Não, e vá dormir.
-Zac!
-Vanessa, vá dormir agora.
-E se for importante?
-É a Gabriela, não é importante.
-Eu não falo com eles desde que cheguei aqui, me devolve.
-Não, e boa noite.
-Mas...
-Agora! –Ela fez bico e cruzou os braços. –Vanessa!
-Vou ficar aqui até você me devolver.
-Então vai ficar ai a noite toda, por quê eu não vou devolver. Boa noite. –Disse voltando a olhar para os outros Agentes que estavam na sala. O celular parou de tocar, mas segundos depois recomeçou, deixando-a agoniada. Odiava deixar alguém esperando, ainda mais se fosse Gabriela que com toda a certeza iria levar a rejeita para o lado pessoal. Não pensou duas vezes e logo saltou em cima de Zac. –Vanessa!
-Devolve!
-Não. –Disse atirando-a no chão.
-Atende pelo menos. Ela vai pensar que ainda estou zangada.
-O problema é dela. –Disse prendendo-a pelos pulsos.
-Zachary, atenda agora! –Ordenou.
-Você vai dormir depois?
-Atenda primeiro, e depois conversaremos sobre isso. –Ele bufou, mas sentou-se nos quadris dela e tirou o celular do bolso. Apertou a tecla verde e nem teve tempo de falar nada.
-Por quê diabos você não atende esse telefone? –Gabriela perguntou tão alto que ele nem precisou colocar no viva-voz. –Você ainda está zangada? Desculpe, Vanessa. Você está bem? Está precisando de algo? Como estão as coisas por aí? E o seu namoro com o Zac, como vai? E ele, continua bem?
-Olá, Gabriela! –Z disse aproveitando que ela deu uma pausa para recuperar o folego. –Estamos bem e vocês?
-Estamos todos bem, obrigada. Cadê a Vanessa?
-Ela está um pouco ocupada no momento. Você sabia que existe uma coisa chamada "fuso-horário"?
-Sim, mas eu não aguentava mais esperar. Ela disse que ligaria assim que se instala-se, mas nada até agora. Fiquei preocupada.
-Estamos bem. –Repetiu. –Não se preocupe. Apenas ficamos sem tempo de telefonar.
-Saí de cima de mim agora, Efron. Você pesa. –Vanessa gritou se debatendo, fazendo-o rir. –Está rindo do que? Tenho cara de palhaça por acaso? –Ele riu mais ainda. –Pare de rir, eu ainda estou zangada com você.
-Gabriela, eu peço para a Vanessa te telefonar depois, quando desocuparmos, tudo bem? Tchau. –Desligou sem aguardar resposta.
-Ei, eu queria falar com ela! –V reclamou.
-Querer não é poder.
-“Querer não é poder” blah blah blah. Saí de cima de mim. –O empurrou novamente, mas dessa vez ele se moveu, saindo de cima dela. –Vou ficar toda roxa.
-Como você é dramática, meu Deus.
-Você deveria fazer uma dieta. Está cada vez mais pesado. Vai acabar me quebrando desse jeito. –Disse se levantando.
-Certo, certo. Você que precisa comer mais arroz e feijão.
-Só se você diminuir as massas. –Disse arrumando a camisa. –Você vai demorar muito? Não gosto de dormir sozinha.
-Meia hora no mínimo. Estamos sendo interrompidos, sabe?
-Vou subir, mas se você não aparecer em meia hora, eu vou trancar a porta e você vai dormir do lado de fora. –Disse antes de lhe dar um beijo um pouco demorado.
Semanas se passaram e Vanessa estava pegando o jeito. Acordava cedo e fazia uma breve caminhada pela propriedade que continuava achando grande demais para apenas duas pessoas. Treinava dezesseis horas por dia; dez com o Agente Franco e seis com Zac. Ian estava na Suíça em uma missão de acordo com Zac. Ah, Zac"... Sua relação com ele estava indo bem; brigavam sim, mas depois faziam as pazes e dormiam abraçados, o que ela amava. Quando ele era convocado para participar de algum projeto noturno, V não conseguia dormir. Já tinha se acostumado com o "irmão" durante a noite. Quase não se viam de dia, somente no café e no almoço. O dia quatorze de dezembro estava chegando e ela estava preocupada. Será que Zac sabia o dia do seu aniversário? E se ele não lembrasse? Querendo ou não, ela se importava com o que ele sabia sobre ela e até queria que ele fizesse algo, uma festa surpresa ou um jantar. Ela queria comemorar seus vinte e quatro anos, mas não queria fazer isso sozinha. Queria passar essa data com ele e somente
ele.
-Bom dia senhorita Vanessa. –Leslie disse entrando no quarto. –Eu sei que a senhorita dorme pouco, mas tem umas pessoas na sala querendo falar com a senhorita.
-E quem são? –V perguntou esfregando o olho. Estava tão cansada e mal tinha dormido na noite anterior.
-Não os conheço, senhorita.
-O Zac já chegou?
-Ainda não, senhorita.
-Ele nunca demorou tanto em uma missão. Vou acabar perdendo a hora. –V disse olhando o relógio de cabeceira. –Bem, eu já vou descer. Obrigada, Leslie.
-Por nada, com licença. –A governanta disse saindo do quarto. Vanessa lavou o rosto rapidamente e vestiu o robe preto de seda de Zac. Estava curiosa para saber quem estaria procurando-a. Será que aconteceu algo com ele? Logo saiu do quarto, mas no meio do corredor parou.
-Vocês? –Perguntou em choque.
-Sim, nós. Feliz aniversário Vanessa!! –Gabriela disse aos pulos.
-Parabéns! –Alexandra disse sem jeito pela histeria da amiga.
-Gostou da surpresa? –Foi a vez de Tyler perguntar.
-Eu não sei o que dizer. –A morena finalmente encontrou a voz e iniciou a descida. Estava confusa. Ainda não era o seu aniversário. Será que os amigos haviam confundido?
-Que cara de confusão é essa? –James perguntou.
-Não está feliz em nos ver? –Jason perguntou e pela primeira vez ela o notou.
-Não, não é isso. É só que... hoje não é meu aniversário.
-Ainda não, querida, mas na França já é. –Gabriela disse a abraçando. –Senti saudades.
-Eu também.
-E o Zac? –Tyler perguntou depois que todos se acomodaram no sofá.
-Ele está trabalhando. Já deveria ter chegado na verdade, vou perder a... –Olhou o relógio de parede. –Já perdi a hora. Preciso ligar avisando que não vou, já volto.
-Só eu que reparei que ela estava usando a blusa e o robe do Zac? –Alexandra perguntou com um sorriso malicioso assim que Vanessa desapareceu pela cozinha.
-Quem garante que é dele?
-Ah, Jason, por favor. De quem mais seria?
-Com licença, aqui está o que me pediram. –Rosalla disse servindo-os.
-Que chique, até governanta você tem. –Alexandra disse assim que Vanessa apareceu atrás de Leslie.
-Como é que você consegue bancar uma casa deste tamanho e uma governanta com um mísero salário de administradora? –Jason perguntou no seu inglês falho.
-Eu não moro aqui sozinha e não ganho tão mal assim.
-Não me entenda mal, é que você acabou de se mudar e é estranho.
-Não se preocupe comigo, não estou fazendo nada ilegal, muito pelo contrário. –Vanessa disse se sentando novamente dando uma piscadela para Leslie que logo se retirou com um sorriso.
-E seu chefe? –Alex perguntou.
-Que chefe?
-Você não foi ligar para avisar que não ia?
-Ah, sim. Ele disse que não tem problema e que amanhã eu também não preciso ir.
-Claro, é seu aniversário. Não iríamos deixar você sair daqui! –Gabriela exclamou.
-Vocês vão passar quanto tempo em L.A.?
-Só ficaremos até o natal.
-E planejaram isso sozinhos? –V perguntou se referindo a viagem.
-Claro. Achou que o Zac iria nos trazer? –Jason interrogou com desprezo. –Ele faz questão de te afastar de nós.
-Não é verdade.
-Então por quê você não liga?
-Eu não tenho tempo para isso. –Disse se acomodando melhor no sofá. Tinha treinado com o Agente Franco até tarde na noite anterior e estava dolorida.
-Você está bem? –Tyler perguntou notando a careta da amiga.
-Sim, só estou um pouco cansada. Vocês tem lugar para ficar ou...?
-Sim, nós temos. Pelo endereço que você nos deu, o seu "
AP" deveria ser minúsculo. –Alexandra disse. –Vem cá, de quem é essa casa?
-Meu chefe não achou certo eu ficar morando sozinha em um AP minúsculo depois de tanto tempo morando acompanhada e decidiu me alugar essa propriedade que divido com o Zac.
-E o aluguel?
-Também dividimos.
-E o AP dele?
-Está alugado.
-E vocês como vão?
-Bem, estamos bem.
-Já transaram? –Gabriela perguntou.
-Gabriela!
-O que? Já estão namorando há meses, moram sozinhos... Não me diga que nunca pintou um clima?
-Eu vou atender o telefone. –V disse se levantando e indo até o outro lado da enorme sala. –Anne Efron falando. –Gelou ao se lembrar que não estava só. –Sim, eu mesma. {...} Aconteceu alguma coisa? {...} Certo, obrigada pela informação. Boa tarde. –E desligou bufando.
-Algo errado
Anne Efron? –Alex perguntou debochado.
-Não, nada. Só o... colega de trabalho do Zac me avisando que ele vai atrasar.
-Porquê?
-Problemas com o sistema de segurança. Eu já volto. –Disse indo até a cozinha. –Leslie, eu preciso que você prepare a comida favorita do Zac.
-Aconteceu alguma coisa?
-Problemas com a segurança e ele vai começar a se culpar e ficar uma fera consigo mesmo. Você precisa fazer tanto o almoço quanto a sobremesa, o jantar, o lanche... bem, faça o melhor que puder.
-Sim, senhora.
-Ah, e eu preciso que você arrume o nosso quarto. Eu realmente iria fazer isso, mas antes de sair ele fez uma bagunça e bem, eles vão querer subir e você sabe. –V explicou se referindo aos amigos e aos projéteis espalhados pelo cômodo que ficava no andar de cima.
-Não se preocupe, senhorita. Já vou subir.
-Obrigada! –Agradeceu voltando a sala. –Então, querem conhecer o jardim? –Sugeriu sorridente. Sabia que precisava tirá-los da sala, pois a governanta precisava de espaço para tirar os materiais da casa.
-Você não vai tomar banho? –Tyler perguntou.
-Depois eu tomo; não estou cheirando mal, estou?
-Não, é só que... sei lá, você sempre teve mania de limpeza.
-Digamos que eu melhorei nesse aspecto. Então, vamos?
-Claro. –Saíram pela porta lateral.
-Porquê você disse Anne Efron no telefone? –Gabriela perguntou.
-Eu tinha me esquecido de como você é curiosa. –V disse revirando os olhos.
-Qualquer um ficaria curioso se sua amiga antedesse o telefone com um nome diferente e o sobrenome do namorado. Não me diga que vocês se casaram?
-Não né, Gabriela. –V disse revirando os olhos novamente.
-Pare de revirar os olhos e responda logo.
-É uma piada interna. –Improvisou. –Anne é o meu nome do meio e Efron é o sobrenome do Zac.
-Isso nós já sabemos.
-E então?
-Porquê Efron? Não achei graça nenhuma ainda.
-O Zac sabe como eu detesto que me chamem de Anne e o Efron é por quê eu sei que ele detesta que o chamem somente pelo sobrenome.
-E você o chama de Anne Efron também?
-Não, só de Efron.
-E porquê o Efron?
-Por quê ele costuma dizer que o Anne combina mais com o Efron do que o Vanessa.
-Vanessa Efron... é bonito também. –Alexandra disse.
-Mas ainda não faz sentindo. Porquê ficar pensando em combinações de nomes? Estão planejando algo?
-Não e chega de tantas perguntas, Olhem, ali está o canil do Zac.
-Achei que você tinha medo de cachorro.
-E tenho, mas ele ama.
-E qual a raça do cachorro dele?
-Não sei, nunca vi, mas deve ter vários aí dentro. Fazem um barulho que Deus me livre.
-E você não se incomoda? –Jason perguntou.
-Até que não. Eles ficam lá e eu cá.
-Mas se você não gosta e a casa foi alugada pelo
seu chefe...
-Eu moro aqui com o meu namorado, decidimos isso juntos como todo o resto e ponto. Não devo dar explicações sobre isso há ninguém. –V disse irritada. Não gostava de mentiras, mas também não gostava que se metessem na sua vida. Ela também sabia que essa resposta daria um fim aos questionamentos dos amigos, pelo menos por enquanto.
-Então, que horas ele chega? –Gabriela perguntou depois de um tempo.
-Daqui a uma hora e meia. Querem vê a cachoeira?
-Tem cachoeira por aqui?
-Não é bem uma cachoeira, é uma represa com algumas quedas d'água. Vamos ter que andar um pouquinho. Essa propriedade é maior do que vocês imaginam.
-Então vamos. –Depois de quinze minutos de caminhada, eles chegaram na represa.
Os amigos logo se espalharam e Vanessa sentou-se em uma rocha para observar. Sabia que não devia estar ali, mas quem contaria ao Zac? Não tinha como ele descobrir.... ou tinha? E será que ele estava bem mesmo? O que teria acontecido
realmente? Odiava informações vagas, mas era isso o que tinha.
-Uma moeda por seus pensamentos. –Alex disse se sentando ao lado dela.
-Você não vai gostar dos meus pensamentos, então passo.
-Ah, qual é. Somos amigos... ou brigamos e eu não fiquei sabendo?
-Nós brigamos, mas já estamos de bem. –Sorriu. –E então, alguma novidade?
-Nenhuma especial, e você?
-Na mesmice.
-E seus –olhou para os lados para vê se ninguém ouvia. – trabalhinhos?
-Ainda estou na fase inicial: treinamentos. Na próxima semana eu vou começar a participar de algumas palestras sobre a "parte teórica" digamos assim.
-Entendo. E o namorico de vocês?
-Não mudou nada se é isso o que você quer saber. Ainda estamos no mesmo nível.
-Coloridos?
-Somente amigos. Eu já lhe disse que se acontecer algo você vai ser o primeiro a saber.
-Hm.
-"Hm" nada. Você até me ofende com essa falta de confiança.
-Tudo bem, mudemos de assunto.
-Na verdade eu gostaria de voltar. O Zac já deve estar chegando e eu nem tomei banho ainda. –Alex revirou os olhos. –Eu vi.
-Você quer que eu finja que gosto dele?
-Não, mas quero respeito. Ele fez e ainda está fazendo muito por mim. Devia ser grato.
-Por te tirar de nós?
-Por me proteger. Eu poderia estar morta.
-Como assim?
-Não posso falar; é confidencial.
-Ah, Vanessa.
-Não insista. Quem garante que você não trabalha para o inimigo?
-Eu já cortei relações, você sabe. E eu não sabia que eles faziam isso com pessoas. Achava que só se envolviam com drogas.
-Hm. –Depois de observar os amigos, Vanessa bufou. –Eu realmente queria voltar. Se o Zac descobrir que eu trouxe vocês aqui...Pior, se ele descobrir que
eu venho aqui.
-E o que tem? Você tem liberdade de ir aonde quiser.
-Sim, mas é perigoso eu andar até aqui sozinha. É muito longe e muito isolado. Ele vai ter um treco, tenho certeza.
-Ele se preocupa com você, eu confesso, mas te tratar bem...
-Por favor, quando que você o viu me tratar mal?
-Quer a lista completa ou alguns exemplos aleatórios?
-Sem graça. Ele não é o senhor bondade, mas é legal.
-Hm.
-Me ajuda a convencê-los a voltar, por favor. Zac já tem problemas demais para se ficar se preocupando com até aonde eu já fui nessa propriedade.
-O que realmente aconteceu?
-É confidencial, Alex.
-Eu sou seu amigo.
-E eu trabalho para o FBI, não posso falar. –Disse se levantando. –Ah, galera. Não estou me sentindo muito bem, podemos voltar? –Falou em voz alta para que os amigos ouvissem.
-Ah, Vane, aqui é lindo. –Alexandra disse.
-Eu sei, mas o Zac já deve estar chegando e eu quero pelo menos ter tomado banho. Anda, vamos. Depois, quem sabe, nós voltamos. –Disse indo até o início da trilha. –Ah, só mais uma coisinha, –Disse assim que se aproximaram da casa. –nada de contar sobre isso ao Zac. Ele morre se souber que eu já fui tão longe sozinha, ok?
-Tudo bem. –Eles responderam em conjunto.
Passaram perto do canil e Vanessa logo ouviu o rugido dos animais. Deveriam estar com fome. Zac era o único que tinha contato com eles e os alimentava e ele estava fora haviam doze horas. Assim que chegaram na área da piscina um carro de porte grande preto irrompeu pelo portão deixando o coração de V aos pulos. Zac logo surgiu pela porta do carona.
-O que aconteceu com você? –A morena logo questionou se aproximando. Z estava com um corte no alto da sobrancelha direita, diversos arranhões pelo pescoço e um torniquete improvisado e ensanguentado no braço esquerdo. –Estou falando com você. –Puxou Zac assim que ele tentou passar por ela e entrar na casa. –O que aconteceu? –Ele apenas revirou os olhos, mas não se moveu. –Vocês podem me explicar?
-Achei que tinha dito para você trabalhar. –Axel disse saindo pela porta do motorista acompanhado pelo Agente Smith.
-E eu achei que você tinha me dito que ele estava bem. Isso parece bem pra você, seu idiota?
-Escuta aqui, garota...
-Não escuto nada. Eu quero vocês do lado de fora da minha casa, agora. Saiam daqui, seus imprestáveis mentirosos.
-Senhorita... –Smith tentou intervir, mas isso só serviu para V avançar no pescoço dele.
-A culpa é toda sua. Recruta-o para passar a noite fora e me devolve ele assim. Você é um imbecil. Sabe que não vai dar conta dos trabalhos e decide coloca-lo no seu lugar para ele se ferrar em vez de você. –Disse o esmurrando. –Saia da minha casa. Saia agora!
-Vanessa, chega. –Z disse a puxando para o seu lado. –Saiam!
-Você precisa de cuidados médicos.
-Ele ainda não foi para o hospital? –V se intrometeu na conversa. –Vocês são loucos? Não para de sair sangue desse torniquete e vocês me dizem que ele ainda
NÃO foi atendido? Que tipo de chefe vocês são, por quê é obviu que de segurança não podem ser.
-A culpa é do seu queridinho que não quis ir. –Axel resmungou.
-Para forçá-lo a fazer coisas perigosas vocês tem toda a vontade do mundo, mas para ir ao médico depois de ferimentos graves...
-Não são tão graves assim. –Z disse.
-Então por quê não para de sangrar? E você cala a boca também. Vamos conversar daqui a pouco. –V disse se virando para os Agentes que estavam na sua frente. –Saiam. –Eles lançaram um olhar para Z que ela não conseguiu entender e logo entraram no carro. –Agora, você e eu.
-Nem comece. –Disse lhe dando as costas.
-Começar com o que? Com minha maldita mania de me preocupar com você mesmo sem querer?
-Se você chama seus discursos sobre cuidados exagerados assim. –Disse entrando na casa e ela logo o seguiu acompanhada pelos amigos.
-Quer fazer o favor de me explicar o que aconteceu?
-Quer fazer o favor de me dizer o por quê? –Perguntou olhando fundo nos olhos da morena e ela entendeu.
-Eu não sabia, é sério. Estou tão surpresa quanto você.
-Você sabe que temos um... jantar hoje a noite não sabe?
-Sim, eu sei.
-Ótimo. Preciso de um banho... e você também.
-Então vamos. –Disse antes de se virar para os amigos. –Han, nós já voltamos. Fiquem aqui. –E logo seguiu Z escada acima.
-Ele estava falando da gente? –Gabriela perguntou confusa.
-Acho que não, ele gosta de nós. –Alexandra disse.
-Mas e o tal jantar de hoje a noite? –Alex disse. –Talvez nossa presença esteja prejudicando seus planos.
-Não tirem conclusões precipitadas. Ele tem o direito de querer ficar sozinho, se machucou no trabalho e vocês ouviram quando ela falou sobre ele se zangar quando erros acontecem. –James disse.
-É, quem sabe. –Jason disse.
No andar de cima o assunto era outro.
-Maldita a hora em que o Smith te escalou pra essa missão. Eu te pedi pra não ir. –V disse.
-Eu tenho que trabalhar pra sobreviver, Vanessa. Não sou bancado que nem você.
-E por quem eu sou bancada, posso saber?
-Por mim. Por quem mais seria?
-Eu tenho meu próprio dinheiro, você não precisa fazer isso.
-Se eu deixasse você usar seu dinheiro, logo estaria cheia de dívidas. Você faz diversas compras pra quem não gosta de luxo.
-Eu gosto de me vestir bem nem que seja para ficar em casa.
-E é pra isso que eu estou trabalhando dobrado.
-Você não é o meu pai.
-Sou o seu responsável.
-Argh, chega. Não mude de assunto. Porquê você não se defendeu?
-Ou era meu braço ou o meu pescoço; o que você teria feito?
-Tens razão. E o agressor?
-Fugiu, mas já foi localizado. Está em alguma área do Texas. Só precisamos de algum corajoso para enfrentar o calor escaldante daquele estado. Acho que eu posso...
-Tirar o resto da semana de folga? Também acho. –V disse interrompendo-o. –Não adianta fazer essa cara. Dessa casa você não sai, muito menos sem mim.
-Mas...
-Mas nada. Vamos para esse jantar/teste idiota, mas logo voltaremos e aí de você se sair do meu lado por um segundo que seja.
-E se eu precisar ir ao banheiro?
-Eu também vou, ué. Posso muito bem olhar para o outro lado. Agora calado e me deixe cuidar disso. –Disse terminando de desfazer a última volta da blusa que serviu para fazer o torniquete. –Oh Deus, isso é profundo, Efron.
-Foi uma facada, Vanessa.
-Tem certeza de que não foi o conjunto da Tramontina inteiro? Agora intendo o por quê de tanto sangue.
-Não seja dramática.
-Não banque o machão comigo. Eu sei que está doendo.
-Nem tanto. –Ela pressionou um pouco o ferimento. –Ei, não faça isso.
-Achei que não estava doendo. –Ironizou. –Vai precisar de pontos.
-Que nada. Um curativo novo resolve o caso.
-Me poupe. Nem a sua sobrancelha precisa só de um curativo. Deixe de ser teimoso.
-Eles vão mandar um médico mais tarde, não entendeu?
-Não.
-Aquele olhar de ´´já sabe né`` significava que daqui a pouco um médico estará na porta.
-Ah sim. Mas mesmo assim, precisamos lavar isso. Vamos, eu te ajudo no banho.
-Como?
-Leslie preparou um banho de banheira, não se preocupe. Eu fico com o chuveiro, mas ainda fico de olho em você.
-Certo. –Concordou de mau grado. Depois de meia hora –quinze minutos de banho e outros quinze para repassar o que tinha acontecido e como deveriam agir/falar para os amigos de Vanessa– ,eles estavam descendo as escadas de mãos dadas.
-Então, melhor Zac? –Gabriela perguntou.
-Sim, obrigado. Desculpem a falta de educação, não cumprimentei vocês. Como vão? –Sorriu.
-Bem, obrigada. –Alexandra disse. –E seu braço?
-Melhor, obrigado. E então, o que os trazem a nossa casa?
-Viemos passar um tempo com a nossa amiga, não podemos? –Jason perguntou grosseiro.
-Claro que podem. Já tem aonde ficar? A casa é muito grande e vocês podem se hospedar quanto tempo precisarem. Vão ficar até quando mesmo?
-Até o natal, pelos menos são nossos planos. –Tyler disse.
-Que bom. –Ele disse olhando para Vanessa. Leslie logo se aproximou e entregou alguns comprimidos para Z. –Obrigado.
-E então, vão ficar conosco ou voltar para o hotel? –V perguntou.
-Já pagamos a diária. –Alexandra disse.
-Eles devem reembolsar. Vamos, fiquem conosco. Estou com saudades. –Disse pulando no colo das amigas.
-Ok, ficaremos. –As meninas comemoraram e os rapazes trocaram olhares entre si.
-Então, Zac. –James disse. –Vanessa disse que você tem um canil aqui.
-É, um canil. –Concordou revirando os olhos. –São cachorros que estão em fase de treinamento e por isso estão isolados.
-Podemos vê-los? –Tyler perguntou. –Amamos cachorros.
-Ahn, eles são violentos com desconhecidos. Nem a noite eu os solto por medo de acontecer algo com a senhorita Rosalla quando ela deixa a casa.
-Ela não dorme aqui?
-Na verdade, não. –V disse. –Nós passamos o dia fora e ela cuida da casa nesse período, e depois do jantar ela volta para a casa dela que não é muito longe daqui.
-E vocês passam a noite sozinhos? –Gabriela perguntou.
-Sim.
-E você ainda quer me convencer de que não transaram?
-Gabriela! –V disse de olhos arregalados. –Nem comece.
-Qual é, Vanessa. Quase vinte e quatro anos nas costas e quer pagar de santinha? Por favor. Ah, falando nisso, adivinha quem apareceu na república esses dias procurando por você?
-Quem?
-O Zac é ciumento?
-Não; quem?
-Pablo. Menina, você não faz ideia de como ele está. Mais forte e gato, mas o Zac ainda ganha dele. Eu estava dormindo meu soninho da beleza e acordei com um som irritante de música e pedrinhas na janela. Fui vê e lá estava ele perto da janela do seu ex quarto com um aparelho de som e aquelas músicas românticas no último volume, com direito a buquê e tudo.
´´Perguntou por você e eu logo notei que estava pra lá de bêbado. Eu disse que você tinha se mudado. Ele disse que não acreditava e eu falei que era verdade, você estava em outro continente com seu atual namorado, e quem sabe futuro marido, e que estavam morando juntos o que não era nada de mais já que lá você passava mais tempo no apartamento dele do que em casa.
´´Ele faltou me engolir e gritou horrores e disse que ia atrás de você e que você era dele, e a rua inteira acordou. Sorte que o Tyler acordou primeiro que o James e o expulsou antes que a confusão se formasse.
-Você sabe que eu sempre detestei esse cara. –James disse.
-Eu também. –Z disse.
-Você o conheceu? –Alexandra perguntou.
-Ela me contou sobre ele.
-Ah. Pois bem, eu fiquei bestinha. Ele até foi na minha faculdade depois atrás de você e eu dei seu telefone e endereço.
-Gabriela! –James repreendeu-a.
-O que? Ele iria ficar me atazanando e eu imaginei que assim que ele conversasse com o Zac, ele desistiria.
-Mas ele não me ligou. –V disse olhando para o ´´namorado``. –Ou ligou?
-É...
-Zac!
-Eu disse que você estava ocupada demais tomando banho e ele perguntou se eu podia deixar recado, mas você logo apareceu no quarto perguntando qual cor de... bem, você sabe. Ele ouviu e desligou.
-E você não me contou nada sobre isso?
-Para que? Você tem algo pra falar com ele?
-Não, mas...
-Então não precisa se preocupar. Ele não vai mais incomodar.
-Assim espero.
-Eu acho que o Zac é um pouco ciumento sim, Vane. –Alexandra disse arrancando risadas de todos, menos do ´´casal``.
-Não mais do que eu. –V confessou. –Mas bem, quem quer almoçar? Pelo cheiro, o almoço já deve estar saindo.
-Então vamos. –Alexandra disse levantando.
[...]
-Nós vamos ter que nos ausentar por algumas horas. Temos um jantar com os amigos do Zac. –V disse para as amigas assim que o mesmo subiu as escadas.
-E voltam que horas? –Gabriela perguntou.
-Não sabemos, mas vou tentar chegar cedo. Ele está mais do que cansado.
-Volte antes da meia noite, quero comemorar seu aniversário com você.
-Eu nasci de tarde, Gabriela. –V disse revirando os olhos.
-Mesmo assim.
-O Zac não comentou nada sobre o seu aniversário; é algum truque? –Alexandra perguntou.
-Na verdade, eu acho que ele nem se lembra. Essa semana foi tão corrida para nós que nem eu mesma me lembrei. –Mentiu. Ela contava os dias que faltavam para completar 24 anos. Mas será que ele tinha se esquecido mesmo? Não tinha passado da hora um dia sequer, o que significava que ele poderia ter saído para comprar algum presente ou algo do tipo. Festa surpresa estava fora de cogitação. Ele não conseguia nem encontrar os próprios ´´amigos``, imagine os dela. –Bem, eu tenho que tomar banho. Até mais tarde. –Disse subindo as escadas.
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Hey girls, como vão? Acabei de terminar o capítulo. Apressei um pouco as coisas porque 1º não tinha ideias para fazer e 2º eu passei tempo demais sem postar. Não, eu não parei com o blog. Agradeço a quem comentou. Espero que gostem desse também. Eu estou escrevendo a fic ainda, Paula A. por isso a demora. Não deu para postar spoiler dessa vez porquê como eu disse, eu terminei de escrever agora, mas acho que dessa vez vai da porquê já estou avançada com a história na minha cabeça haha. Bem, é isso.
Xx