Páginas

sábado, maio 03, 2014

Capítulo 28

-Você está bem? –Vanessa perguntou assim que a garçonete os deixou a sós.
-Por que não estaria?
-Você está tenso e calado.
-Impressão sua.
-Você está assim desde ontem a noite. Aconteceu algo?
-Não, não aconteceu nada.
-Zac, você não me engana. O que houve?
-Não Vanessa, eu só... Depois nós conversamos.
-Não, depois não. Quero respostas agora! –A morena exclamou.
-Vanessa...
-Tem a ver com o Ian não está conosco, certo?
-Não apresse as coisas. Na hora certa você vai ficar sabendo.
-Zac, você está me assustando. Você é a pessoa mais confiante que eu conheço. O que está te preocupando? Tem algo a ver com o Flecher? Vamos ter que viajar novamente?
-Você está se preocupando a toa. Não tem nada a ver com o Flecher e não, não vamos precisar viajar novamente. Pelo menos não agora.
-Então o que é?
-Depois Hudgens.
-Ih...
-O que?
-Você só me chama de Hudgens quando está muito zangado e eu sei que não te fiz nada. O que houve?
-Eu vou parar de te responder.
-Você só está me deixando mais preocupada.
-Mais um pio e eu vou passar a te ignorar.
-Mas... –Zac ergueu uma sobrancelha e ela entendeu o recado.
-Aqui está. –A garçonete ruiva disse colocando a bandeja entre os dois distraindo-os. Zac agradeceu pelo serviço e voltou a olhar para a Vanessa que estava de cara fechada.
-O que foi? –Z perguntou assim que eles ficaram sozinhos novamente.
-Vai me dizer que não percebeu? –Perguntou irônica.
-Percebi o que?
-Os olhares assanhadinhos da garçonete.
-Vanessa, por favor...
-Ah, então você viu?
-Não, não vi nada. Isso é coisa da sua imaginação.
-Ah, claro. E a chuva é ilusão de ótica. –Disse revirando os olhos.
-Vanessa, não seja boba. Se você ainda não percebeu, eu não quero compromisso com ninguém.
-Sim, eu já percebi isso.
-E tem mais, se você quer passar o tempo livre comigo e com o Ian vai te que começar a se acostumar com isso.
-Mas como você é convencido. –Disse fazendo-o rir. –Não sei o que essas moças veem em vocês dois para quase quebrar o pescoço de tanto olhar. Só podem ter miopia, coitadas.
-É mais provável que você tenha miopia já que és a minoria.
-Vai me dizer que todas as garotas do mundo morreriam por vocês?
-Pelo Ian eu não sei, mas por mim, sim. Até você, não negue.
-Até parece. Por favor, Efron. Nada a ver.
-Nada a ver, aham. Você acha que eu me esqueci de que você quase babou quando me viu sem camisa pela primeira vez? Sem contar que você quase me beijou na primeira vez que me viu.
-Como? Mas que calunia. Isso nem passou pela minha cabeça na hora.
-Ah, claro. Você praticamente virou gelatina nos meus braços e não estava pensando em me beijar, claro. –Z ironizou.
-Claro que não. Se por algum momento eu quase desfaleci, foi por que eu tenho medo de altura.
-Hm.
-É verdade! E não mude de assunto. O que te preocupa?
-De novo esse assunto, Vanessa? Esquece isso.
-Mas eu estou preocupada, poxa.
-Está se preocupando a toa, eu já disse.
-Você está me enrolando.
-Você que está me enrolando. Nem tocou na comida.
-Só como se você me disser o que houve.
-E eu só te digo o que houve se você comer e vamos ser realistas, eu não tenho nada a perder, ao contrário de você.
-Argh. –Reclamou antes de comer um pedaço da panqueca.
-Boa garota. –Disse fazendo ela lhe dar língua. –Não, menina má. –Disse apontando o dedo na cara dela.
-Engraçadinho. Não aponte que é feio. –Disse dando um tapa na mão dele. –Para onde o Ian foi, afinal?
-Não sei, Vanessa. Ele só me disse que ia resolver algumas coisas.
-Do tipo...?
-Sua estadia, passaporte, coisas assim.
-Entendi. –Disse vendo a garçonete ruiva passar por eles e dar uma piscadela para Zac. –Viu agora?
-Sim, vi.
-E?
-E o que?
-E vai ficar por isso mesmo?
-Como assim, Vanessa? O que você quer que eu faça? Que brigue com ela?
-Não, lógico que não.
-Então pronto. Eu não retribui o olhar nem nada.
-Mas também não fez nada para ela parar.
-Vanessa, por favor. Nós fingíamos ter uma relação para seus amigos, mas agora estamos muito longe deles.
-E dai? Exijo respeito mesmo assim. Você não me deixou olhar pra nenhum policial bonitinho do aeroporto e agora quer dar mole para essa "zinha" ai? –Ele ficou encarando-a. –O que?
-Se eu não te conhecesse, acharia que está com ciúmes.
-Ainda bem que você me conhece.
-Exato, e não acho. Tenho certeza.
-Ah, claro. –Ironizou. –Acho que o fuso-horário mexeu com o seu cérebro.
-Ou com o seu. –Ela lhe deu língua. –Você é tão infantil.
-Fale com a minha mão.
-Vanessa... –Disse prendendo o riso.
-Fale com a minha mão, já disse. –Ele jogou o pacotinho de açúcar nela. –Ei, não agrida a minha mão.
-Então não agrida meu coração.
-Como assim?
-Nada, esquece.
-Fala. –Disse se aproximando um pouco dele.
-É que quando você age assim, toda infantil e inocente, me da uma vontade...
-Vontade? –Repetiu tentando lhe ajudar.
-Vontade de... –Se aproximou mais um pouco dela.
-De?
-De apertar essas suas bochechas e nunca mais soltar. –Disse apertando as bochechas dela.
-Au! –Ela exclamou fazendo careta. –Para.
-Foi você que pediu. –Zac disse a soltando. –De nada.
-De nada? Eu devia te agradecer pelo que? Pelos hematomas?
-Por ter deixado você com mais cor.
-Ah, claro. Obrigada pelo roxo.
-Não está roxo, está rosado. –Disse fazendo-a revirar os olhos. –Vem cá, vem.
-Não, nunca mais me aproximo de você.
-Não faça drama e venha logo.
-Não, obrigada. –Ele tentou se aproximar. –Mais um passo e eu chamo a polícia. –Ameaçou fazendo-o gargalhar. –Estou falando sério.
-Você não sabe mentir.
-Sim, eu sei. Ou você se esqueceu de que na primeira noite eu consegui enganar aqueles agentes?
-Sim, é verdade. Você não sabe mentir para mim.
-Talvez. –Disse dando de ombros. –Ham, eu posso te fazer uma pergunta?
-Só se você vier aqui.
-Argh. Deixa pra lá. Eu pergunto pro Ian.
-Você anda muito saidinha pro lado do Ian, Dona Vanessa. Não pense que eu não notei.
-Ele é meu "protetor" ué, precisamos ter um bom relacionamento.
-Aham. Agora vem cá.
-Eu já disse que pergunto pro Ian.
-E eu disse para você vim aqui.
-Argh.
-"Argh" nada, venha aqui. –Ela bufou e deslizou para o lado dele. –Boa garota.
-O que é que você quer?
-O que é que você quer, Vanessa.
-Como assim?
-Não precisamos mais fingir nada já que estamos longe dos olhares dos seus amigos, mas você ainda age como se tivéssemos algo.
-Eu só pedi respeito, Efron. Não sou obrigada a vê você e sua dança do acasalamento com essas mulheres sem sal.
-E eu sou obrigado?
-Não.
-Então pare de olhar para o cara da outra mesa. –Disse empurrando-a de leve.
-Ele me lembra alguém, mas não sei bem quem.
-Não, acho que não. Deve estar confundindo-o.
-Tanto faz. –Disse voltando a olhar para Zac. –Eu não me importo se você paquerar ou coisa do tipo, mas lembre-se que esse é o meu lar, o meu país e não podemos correr o risco de descobrirem a verdade. Tyler e James tem amigos por aqui e eu não duvido nada de que eles pediram para me observar. Eles concordaram muito facilmente com a minha viajem.
-Mas você estava zangada.
-Exatamente por isso. Temos que ter bastante cuidado.
-Certo, certo. –Disse roubando um selinho dela. –Feliz agora?
-HÁ-HÁ. –Forçou uma risada e voltou para o seu lado. –O que vamos fazer no resto do dia?
-Espere e verá.
-O Ian estará envolvido?
-Vanessa...
-O que? –Segurou um riso.
-Prive minha reputação do mesmo modo que eu privo a sua.
-Certo, certo. –Disse dando um último gole no café. –Sabe o que eu quero?
-O que?
-Dar uma volta na calçada da fama. –Zac engoliu em seco. –O que?
-Nada, nada. –Disse respirando fundo.

[...]

-E então, não vai me falar o que está havendo com você? –Vanessa perguntou olhando para as mãos entrelaçadas deles enquanto caminhavam pela calçada da fama.
-Não sei por onde começar. –Ele disse soltando a mão dela.
-Zac, você está me assustando. –Disse olhando para ele preocupada.
-Vanessa, você sabe que apesar de ter o Ian como "protetor" sou eu que serei responsável por tudo o que te acontece, certo?
-Sim, eu sei.
-E que apesar de o agente Smith ser o meu superior, sou eu quem tomo todas as decisões que regem a sua vida, certo?
-Sim, Zac, eu sei disso.
-Você também sabe que eu sempre penso e repenso diversas vezes antes de tomar qualquer decisão e...
-Zac, você está me assustando. Vá direto ao ponto.
-Vanessa, eu tive uma reunião ontem com alguns agentes e eles disseram que você não está totalmente segura. Você tem a mim e ao Ian para te proteger, mas em alguns momentos você vai precisar ficar sozinha e isso te deixará vulnerável.
-E...?
-E decidimos que você precisa aprender a se defender.
-Vou ter que fazer aulas de defesa pessoal? Eu não tenho muita coordenação motora, mas tudo bem.
-Não serão somente aulas de defesa pessoa, Vanessa.
-Então o que serão? –Ele respirou fundo. –Zac, não me enrole.
-Você começará a frequentar uma academia durante três horas para ganhar resistência e fará aulas de karatê para obter coordenação motora e vamos modificando os cursos gradativamente, de acordo com o seu desempenho.
-Vou receber um treinamento de agente, é isso?
-É basicamente isso.
-Mas eu não sou uma agente, Zac. Quantas vezes eu vou precisar repetir isso?
-Essa será a sua última vez, Vanessa.
-Como assim?
-Bem vinda ao time, colega. –Disse Ian surgindo atrás dela com uma mochila preta.
-Como?
-Você entendeu, Agente Hudgens. –Ian disse lhe entregando a mochila. –Desculpe o atraso. Trânsito. –Falou para o Zac.
-Achei que você não viria. –Zac confessou.
-E eu não viria, mas não poderia perder isso. –Olhou para a figura paralisada e pálida a sua frente. –Vanessa?
-Vocês estão tirando uma com o meu belo rosto, não é? –Ela perguntou encarando as belas figuras que estavam na sua frente.
-Não, não estamos. –Zac respondeu. –É a melhor alternativa, Vanessa.
-Eu não tenho coordenação motora e nem força. O que eu vou fazer no FBI? –Quase gritou e algumas pessoas que estavam perto olharam assustadas.
-FBI- Federação das Baixinhas Invocadas. É um novo grupo da Internet e é um sucesso. –Ian disse sorrindo e o trio logo se afastou. –Não nos meta em problemas, Hudgens.
-Então não me metam nisso. Eu não tenho nada a ver com o perfil "agente do FBI". Não cometam essa loucura.
-Não é loucura. É o correto a se fazer.
-Você diz isso por que tem jeito para ser agente. Eu não tenho jeito pra essas coisas. Tenho jeito para administrar empresa.
-Se você pode administrar diversas pessoas em diversos casos, pode administrar a si mesma em casos isolados. Você nunca enfrentará algo sozinha.
-Eu não quero ter que enfrentar nada, nem sozinha e nem acompanhada. Eu não sirvo pra isso.
-Vanessa, dá pra você parar de ser pessimista? –Zac perguntou interrompendo a discussão dela com Ian. –Se ficares pensando que não é capaz, vai acabar tendo um péssimo desempenho.
-Mas...
-Se não queres fazer isso por si mesma, faça pelo seu pai. Honre o sobrenome de vocês. –Pediu olhando nos olhos dela.
-Nossa, essa foi profundo. –Ian disse tirando o casal de seus desvaneios.


-Eu vou tentar. –Ela disse por fim.
-Ótimo. –Zac disse soltando a respiração.
-Nossa, agente Efron. Você sabe mesmo convencer uma pessoa. –Ian disse sorrindo.
-Aprendi com o melhor. –Voltou a olhar para Vanessa. –Vamos?
-Vamos, seja lá para onde for. –Disse dando a mão direita para ele.

[...]

-Você não está curiosa para saber o que tem dentro da mochila? –Ian perguntou tentando diminuir a tensão. Eles tinham acabado de entrar na academia e Vanessa empalidecia a cada passo.
-Não, não quero.
-Vai ficar nessa mesmo, Hudgens?
-Ian, não força a barra. –Zac ordenou grosseiro. Chegaram até o outro lado da sala e Vanessa logo viu três figuras másculas conversando entre si. O do meio virou-se ao ouvir os passos e dispensou os outros dois. –Agente Franco. –Zac cumprimentou com um aceno de cabeça.
-Agente Efron, Agente Somerhalder. –O Agente Franco cumprimentou. –E quem é a magricela?
-A Agente Hudgens. –Zac disse prendendo o riso.
-Agente Hudgens? –Perguntou surpreso. –Então ela é...
-Sim, ela é a filha do Agente Hudgens, que descanse em paz. –Ian disse.
-Vai da uma volta Somerhalder, vai. –Franco disse. –O papo é com o responsável dela.
-Eu sou o protetor dela.
-Achei que era o Agente Efron.
-Ele é o protetor e eu sou o que é responsabilizado por tudo. –Zac explicou.
-Ah, então essa criaturinha miúda da trabalho, é? Quem diria.
-Como você é babaca, mano. –Vanessa disse estreitando os olhos.
-Acorde.... Garotinha. Você está no meu território. Cuidado com as suas palavras.


-Me poupe. –Vanessa disse revirando os olhos.
-Você não vai falar nada? –Perguntou olhando para Zac.
-Ela tem um gênio difícil. –Disse apenas.
-E o que você quer que eu faça com ela? Seria um prazer acabar com esse jeito "marrento" dela.
-Ensine-a a se defender. –Z disse com a voz grave e Vanessa sabia que ele estava zangado, mas não entendia o porque. –Comece pelo básico e aumente o nível de acordo com o desempenho, e claro, ao final de cada dia, dê a mim ou ao Ian um relatório completo do desenvolvimento dela.
-Certo. –Disse olhando para Vanessa. –Alguma restrição?
-Vanessa? –Zac incentivou-a a falar. –Você não fará nada que não queira. Pode dizer.
-Eu não quero nada que envolva armas de fogo, varas, bastões, correntes, grilhões ou coisas do tipo. –Disse observando o lugar.
-Então não vai sobrar quase nada.
-Comece pelos exercícios básicos de defesa. –Z disse.
-É o máximo que eu posso fazer desse jeito.
-Depois de um tempo, quem sabe, vocês não evoluem.
-Eu não vou mudar de ideia.
-Vanessa, não me desrespeite na presença de terceiros.
-Foi você mesmo que disse que respeitaria a minha opinião e eu tenho quase certeza de que a ideia de lutar com correntes ou grilhões não me atraem em nada.
-Porque não? É a melhor parte. –Ian tentou ajudar.
-Por que se eu pegar numa coisa dessas, significa que ele –apontou para o agente Franco– vai te que pegar em outra e até que eu saiba me defender, vou levar correntadas e eu não estou nem um pouco a fim de ficar marcada.
-Certo, certo. Nada de correntes até você saber se defender.
-Até eu me defender uma ova. Nem depois da morte.
-Certo. Nada de correntes ou coisas do tipo com o Agente Franco. –Zac disse.
-Nem com ninguém.
-Não, Vanessa. Isso faz parte do treinamento. Nem que seja comigo, mas você vai aprender a usar tais armas.
-Argh! –Ela disse revirando os olhos e se afastando para sentar em uma cadeira próxima da parede. Abriu a mochila e um objeto lhe deixou intrigada. –Zac...
-O que?
-Porque aqui dentro tem duas armas?
-Uma para mim e outra para você.
-Mas eu não sei usar armas.
-Ainda não sabe. –Corrigiu-a com um sorriso sedutor. –Deixe essa parte comigo. –Falou olhando para o Agente Franco.
-Zac!
-Somerhalder leva ela pra dar uma volta, por favor. –Franco disse. –Mostra a academia ou sei lá.
-Pare de se referir a mim como se eu fosse uma criança.
-Então pare de agir como uma.
-Agi assim a minha vida toda e você quer que eu pare de agir assim porque você quer?
-Acredito que várias outras pessoas também se incomodam com o seu jeitinho infantil.
-Eu só me importo com quem se importa comigo, ou seja, não é você e nem essas pessoas.
-Chega. Agente Efron, tire essa menina daqui ou eu não respondo por mim.
-Ela está com sono. Não descansou o suficiente há noite passada e ainda não se recuperou do fuso horário. –Zac disse olhando o relógio de pulso. –Somerhalder, leva ela pra comer alguma coisa. Ela deve estar com fome também. Mal tocou no café da manhã.
-Não vou há lugar nenhum sem você. –Vanessa disse cruzando os braços.
-Ah, são um casal? –Franco perguntou surpreso.
-Não, não somos. Simplesmente temos um forte vínculo por culpa do pai dela.
-E que vínculo. –Ian disse pensando alto.
-Não comece, Ian. –Vanessa ameaçou.
-Vamos dar a eles a privacidade para lidar com o planejamento do seu treinamento. –Disse estendendo a mão para ela.
-Eu já disse. Daqui eu não saio sem o Zac e pode recolher a sua mão. Se é o meu treinamento, eu tenho o direito de opinar.
-O Agente Hudgens sentiria vergonha dessa menina. –Franco disse recebendo olhares zangados de Z.
-Penso o contrário. Ela é destemida e teimosa como ele mesmo era. É a cópia exata dele. –Disse com a voz gélida. –Vanessa, por favor. –Fez a última tentativa.
-But mama I'm love with a criminal. –Ela cantarolou como se ele não tivesse dito nada.
-Ela não vai sair. –Zac disse depois de suspirar. –Bom, vamos resolver logo isso. –Disse indo até o outro lado da sala acompanhado pelo Agente Franco e começou a preencher uma fixa.
-Marrentinha mesmo, hein? –Franco perguntou divertido.
-Você não faz ideia. –Deu um sorriso.

[...]

-Tudo certo, então. Ela começa na próxima semana. –Franco disse voltando para perto de Vanessa e Ian.
-Amanhã eu mando os equipamentos dela.
-Vou fazer a revisão e lhe aviso caso precise de algo a mais.
-Certo. Uma boa tarde Agente Franco. –Disse se aproximando de Vanessa que logo lhe estendeu a mão.
-Agente Efron, Agente Somerhalder e Agente Hudgens.
-Até a próxima semana. –Vanessa disse.
-Mau posso esperar. –Lhe deu um sorriso e ela retribuiu com um revirar de olhos. Caminharam de mãos dadas até a saída e lá fora ela bufou. –Não gostei dele.
-E eu não gostei da sua atitude. Não deveria tentar me intimidar na frente de terceiros. –Disse com a voz rouca e ela logo soube que ele estava fervendo por dentro. –Da próxima vez eu não me seguro e lhe dou um belo de um tabefe.
-Você não seria capaz.
-Experimente me intimidar de novo. –Falou com os olhos cheios de raiva.
-Ok, ok. Me desculpe. –Disse já sabendo que não dormiria com ele.
-Se eu virar motivo de piada, Hudgens, você vai se arrepender de verdade.
-Eu já pedi desculpas, que merda.
-Você está me respondendo de novo?
-Não, não foi isso que eu quis insinuar. –Disse olhando para Ian como se pedisse socorro.
-Ok, Zac, a garota já entendeu. Vamos logo por que eu ainda tenho que cuidar do meu treinamento. –Ian disse chamando um táxi e Vanessa soube só por olhar de relance para Zac que o assunto ainda não havia terminado.


[...]

-Porque você fez isso? –Zac perguntou batendo a porta assustando
-Foi sem querer.
-Não, não foi sem querer, Vanessa. Você faz por que quer.
-Eu achava que você gostava de quando eu te enfrentava.
-E eu gosto, mas só quando somos apenas nós dois e não quando tem outras pessoas presentes. Eu prezo muito a minha reputação e ninguém jamais ousou pensar em agir do mesmo modo que você age comigo.
-Ok, eu já entendi. Me desculpe. Prometo não fazer mais isso. –Disse pálida. Nunca tinha visto Zac assim e agora entendia o por que de Nina odiá-lo tanto. Ele realmente era como ela disse. Ninguém ficava acima dele e ele prezava por isso.
-Eu sei que você não vai mais fazer. –Disse tirando a camisa e indo na direção dela.
-O que você vai fazer?
-Vou tomar um banho. –Ela ergueu uma sobrancelha. –Eu jamais vou agredir você sem precisão.
-Como assim sem precisão? –Perguntou dando mais um passo para trás.
-Sem precisão, sem ter algum motivo.
-Como por exemplo...?
-Como por exemplo o treinamento. Você vai ter seu treinamento com o Agente Franco, mas toda a noite nós dois vamos repassar suas aulas. Quero ter a certeza de que você está aprendendo tudo. –Suspirou. –Eu só ameacei te esbofetear na hora da raiva, foi sem pensar. Eu jamais faria isso com você.
-Você parecia bem certo do que falava.
-Mas eu não estava.
-Certo. Eu vou tomar logo o meu banho por que tenho trabalho para fazer. Se quiser serviço de quarto, aproveite, por que esses são os nossos últimos dias aqui.
-Como assim?
-Vamos nos mudar para a casa que eu te falei. Não vai me dizer que pensou que ficaríamos aqui?
-Bom, sim.
-Mas não vamos e vá aproveitando seus últimos minutos com empregada, pois será somente você e eu na casa. –Disse se trancando no banheiro.
-E o Ian?
-Ele tem um apartamento.
-E você, não?
-Sim, eu tenho, mas vou ficar com você.
-Ah, entendi. –Disse tirando os sapatos. Longo dia com grandes descobertas. Ela se recostou na cadeira e ficou pensando em como Zac parecia ter aberto mão de muitas coisas por culpa dela. O inconsciente dela cobrava mais doçura com o Zac. Ele era paciente com ela apesar de tudo. "Para, Vanessa. Essa é a sua forma de defesa e você não vai mudar por ninguém, por mais educado e doce que ele seja com você" disse para si mesma e pegou o telefone para pedir serviço de quarto.

----------x----------

Ei girls. Como estão? Aqui está mais um capítulo e obrigada a quem comentou e esperou pacientemente por minha pessoa postar. Está enorme, hein? Bom, em comparação com os outros está. Espero que gostem. Está cheio de novidades e emoções. Como serão esses treinamentos com o Agente Franco? E como serão os re-treinamento com o Zac? Hmmm, deixem seus palpites. Cumpri minha palavra com vocês e postei hoje (sábado ainda, 22:59 - horário do Acre). Não vou conseguir postar um mega capítulo em WWB hoje, mas amanhã com toda a certeza. Deixei minhas atividades de lado por vocês. Se vou me ferrar? Vou, mas pelo menos cumpri minha palavra. Até o próximo capítulo girls.
Xx