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sexta-feira, janeiro 31, 2014

Capítulo 19

-Conte tudo. –Gabriela falou abrindo o pote de sorvete.
-Contar o que?
 -Vanessa perguntou ingenuamente.
-Como o que? Sobre o Zac, mas desde o começo. Como a amizade de vocês começou, se vocês já ficaram antes...
-Eu já disse que somos apenas amigos, Gabriela.
-Eram. –Alexandra relembrou-a.
-Ah, sim. Éramos. –Disse tentando convencer a si mesma.
-Pois bem, se conheceram... ?
-Não quero falar do passado. –Abraçou uma almofada.
-Por que não?
-Por que lembra minha mãe e meu pai que eu não conheci.
-Tudo bem então.
-Então fale da atualidade com o Zac. Como vocês se reencontraram? –Alexandra perguntou sorrindo.
-Meninas...
-Por favor, Vanessa. Você não fala nada sobre ele. Acho que ele já falou mais dele do que você.
-Dá ultima vez que eu falei dele pra vocês, nós dois discutimos, lembram?
-Mas não estamos pedindo segredos ou assuntos particulares e sim sobre vocês dois. Reencontraram-se onde? –Gabriela pressionou.
-Na rua. –Iria falar que foi na cafeteria, mas as amigas poderiam perguntar a Fred sobre isso. –Ele me reconheceu enquanto eu estava vindo pra casa.
-E ai?
-E ai nada. Ele me ofereceu carona e só.
-Certo. E como foi que ele te pediu em namoro? Digo, na primeira vez.
-Bom... –Não queria entrar em detalhes. Sabia que as meninas na primeira oportunidade questionariam Zac sobre tudo. E se ele negasse? Descobririam a mentira. Ela tinha que conversar com ele, mas e se ela esquece-se de algum detalhe?
-Conta.
-Há dois dias atrás... –Semicerrou os olhos. –Nós fomos para o cinema, lembram?
-Ah, sim. Ele te pediu em namoro no cinema? Que sem graça.
-Na verdade, nós ficamos no cinema. –O que não era toda uma mentira. Eles quase haviam ficado. Se atrapalharam e como eles estavam muito próximos os lábios roçaram, mas nada muito concreto. –Ele disse que queria falar comigo a algum tempo sobre nossos sentimentos e decidimos falar com vocês antes de tomar alguma decisão, afinal, vocês são como a minha família.
-Aw, que fofo. Mas se nós não tivéssemos aprovado, como você reagiria?
-Lógico que você aprovaria, Gabriela. Não tínhamos duvidas sobre a sua opinião.
-Mas e se o resto não aprovasse? Digo, o Alex e o James. Eles são tipo, nossos irmãos mais velhos. O Tyler nem tanto já que ajuda nas nossas fugas noturnas.
-Tínhamos mais receio da opinião de Alex. Ele não se dá muito com o Zac, isso é mais que óbvio. O James é durão, mas sabe respeitar as nossas vontades.
-E o Jason e o Louis? O Louis nem tanto, ele até gostou.
-Mas o Jason... –Alexandra disse sorrindo.
-A opinião do Jason era outra de que não tínhamos duvidas. Ele não gosta do Zac, nunca gostou.
-Isso por que ele gosta de você.
-Não me importo.
-E o Zac, o que pensa sobre isso? –Gabriela perguntou.
-Bom, ele sabe que eu só quero a amizade de Jason e ele confia em mim.
-Mas no Jason, ele confia?
-Não tem o que confiar. Eu nunca ficaria sozinha com o Jason por muito tempo, o Zac morreria. –Sorriu e era verdade, mas por outro motivo. Zac não deixava ela ficar sozinha com outras pessoas por muito tempo, mesmo se supervisiona-se de longe. Tinha medo de algo acontecer a ela, afinal, o Flecher estava a solta e atrás dela.
-Homens com ciúmes é a coisa mais fofa.
-Depende do nível dos ciúmes. –V disse prendendo o cabelo em um coque.
-O que é isso? –Alexandra e Gabriela perguntaram em conjunto olhando para a mão direita de Vanessa.
-O que? –Olhou para a mão e lembrou-se. –Ah, sim. Ele me deu enquanto nos despedíamos.
-Ele te deu um ANEL? –Gabriela perguntou gritando a última palavra.
-Sim, para simbolizar. Não precisa dessa afobação.
-Vanessa, isso é diamante.
-Não, não é. É zircônio.
-É diamante. –Gabriela insistiu.
-Não é.
-Vanessa, meus pais são ricos e minha mãe tem diversas joias, até eu tenho. Eu sei muito bem diferenciar diamantes de zircônios e isso é diamante.
-Está enganada.
-Zircônios brilham, mas não tanto. Quer saber? Vou buscar um par de brincos de diamantes e um anel de zircônio pra te provar que o seu é diamante. –Gabriela disse se levantando e saindo em direção ao seu quarto. Segundos depois ela entrou no quarto novamente se jogando na cama de Alexandra. –Aqui estão. Mê dê seu anel. –Pediu e Vanessa entregou relutante. Será que Zac tinha dado mesmo um anel de diamantes para ela sendo tudo uma farsa?
-E então? Se convenceu que é zircônio? –Vanessa perguntou tentando disfarçar sua curiosidade.
-Não, por que não é. Olha a diferença do seu anel para o meu. O seu brilha muito mais. –Mostrou. –Agora se comparar com os meus brincos, as pedras são praticamente idênticas.
-Você só pode está de brincadeira. –Disse pegando pra comparar. –Droga, Zac.
-Que foi, Vanessa? Ele é seu namorado, deveria te presentear.
-Mas com diamantes?
-Vocês são amigos a muito tempo e por isso ele tem que ser romântico em dobro pra ultrapassar a linha da amizade.
-Não não não não não não e não. Ele não deveria ter gasto tanto comigo. Eu vou matar ele.
-Você deveria era agradecer. Está em extinção homens que ainda dão joias para as mulheres, ainda mais diamantes.
-Mas...
-Mas nada. Se você brigar com ele, eu arranco isso que você chama de cabelo. –Vanessa revirou os olhos. "Mas ele me paga... Ah, se paga" pensou se deitando.

[...]

-Você é louco? Você pensa que eu sou o que? –Vanessa perguntava enquanto o esbofeteava dentro do carro.
-Qual é o seu problema, sua louca? Eu só te desejei bom dia. –Z disse tentando se defender. Ela mal havia entrado no carro e já estava tendo um ataque.
-Você me deu um anel de diamante, DIAMANTE. Você é louco?
-Eu te falei que era do tipo romântico. –Respondeu não entendendo o por que da histeria.
-Você sabe que isso é uma farsa, não sabe?
-E você me deixa esquecer?
-Diamante é demais, Zac.
-Esse anel era da sua mãe. Seu pai deu a ela quando a pediu em casamento, mas quando foi embora levou-o de volta para não deixar nenhuma pista com ela. –Disse segurando os braços dela.
-E você me dá ele assim, sem falar nada?
-Queria uma serenata?
-Você podia ter me contado isso antes.
-Preferi dá a você e quando tivesse oportunidade, conta-se.
-Mas tinha que me da como anel de compromisso?
-Você queria o que? O anel que vem dentro daquele ovo da páscoa?
-Seria muito melhor do que um anel de diamante.
-Eu não entendo você, de verdade. Você não gosta de joias? Que tipo de mulher é você?
-Eu gosto de joias, mas isso é uma farsa. Tudo isso é de mentira e eu não quero me apegar á nada que envolva você por que pode nos prejudicar no futuro. Eu imaginava ganhar um anel de diamantes do meu futuro marido e não de um amigo do meu pai. Eu não posso aceitar...
-É seu, Vanessa. Foi da sua mãe e agora é seu.
-Compra outro anel e mê dá, esse eu não posso usar, ainda mais se foi tão importante para minha mãe.
-Eu não te entendo.
-Não somos namorados de verdade, você não tem que me dá joias de verdade e nem se preocupar em me dá presentes por que não é importante. Isso tudo é teatro, uma farsa. Nada é real. Tudo é mentira.
-Você tem razão, desculpa. –Disse ligando o carro.
-Não precisa ficar chateado. –Percebeu que havia magoado ele, mas no fundo ela não queria se magoar. Eles iriam embora da França e depois tudo acabaria. O namoro falso acabaria e eles voltariam a ser apenas "amigos". Talvez outra pessoa fosse cuidar dela nos EUA, afinal, o trabalho do Zac era apenas tirá-la da França em segurança. Se ela ao menos tivesse a certeza de que eles manteriam uma relação tão amigável quanto essa no território americano... –Zac, por favor.
-Não estou chateado.
-Não minta para mim.
-Não estou mentindo.
-Está sim. Você está chateado.
-Não estou chateado, apenas não quero conversar.
-Não quer conversar por que está chateado.
-Não estou chateado.
-Está magoado então.
-Vanessa...
-Desculpa, ok? Eu não queria ser rude. Eu só quis dizer como me sinto.
-Como sempre. –Disse sussurrando, mas ela ouviu.
-Como assim?
-É sempre assim, Vanessa. Você sempre se poem em primeiro lugar, sempre. Você sempre está no topo da sua lista, pra tudo. Ninguém mais importa além de você.
-Não é assim, eu me importo com os outros.
-Não minta pra mim. A única pessoa que importa pra você é você mesma. Os outros sempre são a segunda opção.
-E você queria o que? Não tenho mais ninguém no mundo, estou sozinha. Não tenho ninguém pra se importar comigo. Se eu não me importar, quem é que vai? Estou totalmente sozinha.
-Você tem tios e tias...
-Que eu não conheço, e do que adiantaria conhecê-los agora? Não estavam comigo quando eu mais precisei, não preciso deles agora. Sou independente desde os meus 17 anos e depois que minha mãe morreu... –Engoliu as lágrimas. –Você acha que é fácil pra mim? Eu larguei as fraldas a pouco tempo praticamente e já passei por tanta coisa...
-Você quer falar de sofrimento? Eu não vejo meus pais desde os meus 8 anos e só descobri a morte deles depois que só havia ossos no túmulo.
-Você os conheceu, pelo menos.
-Melhor se não os tivesse conhecido. Não tem um dia em que eu não pense neles, se eles se orgulhariam de mim, do meu trabalho, das minhas escolhas... Você se considera independente, mas sempre estávamos te vigiando e te protegendo desde que nasceu. Eu sou totalmente independente desde os meus 10 anos. Quando você aceita trabalhar para o governo, você está abrindo mão de si mesmo, se colocando em último lugar na lista de pessoas importantes. Sempre os outros, nunca você. Eu sei o que são dificuldades, Vanessa, e realmente sei o que é ser sozinho no mundo.
-Não tem nenhum parente?
-Ter eu tenho, mas não quero falar sobre ela. Não agora. –Ela. Zac tinha apenas uma mulher como parente. Deve ser alguma prima, pensava Vanessa. –Mas eu nunca a conheci pessoalmente, então é o mesmo que nada.
-Digamos empate, então. Nós dois temos vidas trágicas.
-Minha vida não é tão trágica. Meu trabalho trouxe coisas boas.
-Como o que por exemplo?
-Seu pai e você. –Disse parando o carro e ela viu que eles tinham chegado na cafeteria.
-E espiar a vida dos outros? –Perguntou sorrindo.
-Nem todo mundo tem uma vida tão interessante como a sua. Juan Pablo... –Cantarolou.
-Ai, eu não acredito. –Disse gargalhando. –Você lembra?
-Seu primeiro namorado francês, como eu poderia esquecer? Cantorzinho de quinta categoria e você se derretia.
-Ele era lindo e eu estava encantada. Nunca tinha sido tão bem tratada por um homem, muito menos por um francês.
-Depois que ele conseguiu o que queria, te chutou e você descobriu que todos os franceses são encantadores.
-Ele não me chutou, eu que o chutei. Ele queria avançar na relação e eu não quis.
-Seu pai quase pirou. Sério, tive que conversar muito com ele para fazê-lo mudar de ideia. Ele queria se encontrar com o Juan e mandar ele sair do seu caminho.
-Sério? Oh meu Deus. –Riu.
-Toda vez que você arranjada um namorado novo seu pai pirava e lá ia eu de boa vontade acalmá-lo.
-Que exagero. Meu gosto não é dos piores.
-Acredite, é sim.
-Ninguém merece. Eu não tenho que conversar isso com você.
-Tem sim, somos namorados. Você me deve explicações. –Falou como um maníaco a fazendo gargalhar.
-Eu tenho que ir trabalhar, querido, e você também. Não gosto de homem vagabundo. Não nasci pra sustentar ninguém.
-Te digo o mesmo. Bonjour mon amour. (Bom dia meu amor.) –A beijou no rosto.
-Bonjour. (Bom dia.) –Disse abrindo a porta se deparando com Fred. –Bonjour Fred. (Bom dia Fred).
-Bonjour lady Vanessa, bonjour Zac. –Fred disse e ele apenas acenou. –Nenhum beijo do casal?
-Fred! –Vanessa o repreendeu.
-Lady Vanessa, vocês são namorados agora. Cadê o romantismo?
-Eu acabei de tomar café, não é hora de trocar salivas. Que nojo.
-Hey. –Zac protestou dentro do carro.
-Nada contra você, mon amour. (meu amor). É que eu não sou assim.
-É sim. –Fred e Zac disseram juntos.
-Excusez-moi, des ennemis. (Com licença, inimigos). –Pois a mão na cintura.
-Lady Vanessa, eu tinha que te puxar pelos cabelos para fazer você largar seus outros namorados e entrar na cafeteria.
-Como quem por exemplo?
-Que eu conheci: Juan Pablo, o outro Pablo, Carlos...
-Tout droit, tout droit. Arrive. Je comprends. (Tudo bem, tudo bem. Chega. Eu entendi.) –Vanessa disse interrompendo-o.
-Só os que eu conheci, teve aquele outro loirinho que eu não sei o nome e o dos olhos verdes...
-Je comprends., Fred. (Eu entendi, Fred.) –Vanessa repetiu de entredentes.
-Ok, lady Vanessa. Eu vou deixá-los a sós.
-Agora é tarde, hein. –Disse vendo-o entrar na cafeteria. Olhou para Zac e ele estava com a sobrancelha erguida.
-Nossa.
-Você os conhecia, por favor. Não faça essa cara.
-Eu não me lembrava de todos.
-Eu me apaixono facilmente.
-Sua catraca. –Gargalhou.
-Não sou como uma catraca, não sou tão rodada. –Fez biquinho.
-Não, imagine. –Debochou.
-Cala a boca. Eu vou matar o Fred.
-Faça o que quiser, catraca, mas antes um beijo.
-Que?
-Pelo que percebi seus amigos vão cobrar muito isso. Ande, dê logo. –Ela revirou os olhos. –Direito, sem birra.
-Você está muito saidinho pro meu gosto. –Disse entrando no carro novamente. Lhe deu um selinho demorado e depois, desceu. –Bonjour.
-Bonne journée et bon travail. (Tenha um bom dia e bom trabalho). –Disse antes dela fechar a porta.

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Capítulo quentinho. Acabei de terminá-lo. Cheguei do médico agorinha mesmo e corri pro pc só pra terminar pra dá esse gosto há vocês. Todo mundo deve conhecer aquela pessoa "catraca", hein? Pra quem não sabe, catraca é aquela coisa que fica no meio dos ônibus para as pessoas que pagaram passagem passarem. Todo mundo passa na catraca, por isso aqueles amigos que já namoraram muito podem ser considerados como uma catraca. Enfim, a Vanessa é uma na fic (e na vida real, cof cof). Descobrimos um pouquinho, só pouquinho, sobre o Zac. Será que essa parente é prima mesmo? Hm, não sei, não sei. A Vanessa tá chique, hein? Anel de diamante é só pra quem pode. Enfim, curtam o capítulo, comentem e um obrigado a quem comentou.
Xx

sábado, janeiro 25, 2014

Capítulo 18 + Divulgação

-E então, como vai ser de agora em diante? –Vanessa perguntou enquanto eles passeavam de mãos dadas pela Rue de Rivoli, uma das ruas mais famosas de Paris.
-Digamos que vamos ser um casal diferente.
-Mais diferente do que já somos? É possível? –Riu.
-Acredite ou não, é. –Sorriu de volta. –Nosso relacionamento vai ser bem acelerado, digamos assim.
-Imaginei que fosse. Espero que você não tenha tido problemas pela minha enrolação para começarmos nosso relacionamento.
-O agente Smith quis me pressionar, mas eu o coloquei no seu devido lugar, não se preocupe.
-Não quero que você tenha problemas por minha causa.
-Então coopere comigo.
-Se você fosse menos mandão, quem sabe.
-Eu nasci encantador desse jeito, fazer o que? –Riu.
-Que gracinha, não viaja muito por que quanto maior a altura, maior a queda.
-Quem é você pra falar de altura se tem apenas meio metro?
-Que engraçadinho.
-Se não existisse o salto alto, acho que eu já teria pisado em você.
-Nossa, diz o gigante de cinco metros. Você deve ter no máximo 1,70 de altura.
-Acertou em cheio, hein?
-É um dos meus dons, fazer o que?
-Como você é convencida, nossa senhora.
-Sou realista, meu bem. –Ele a girou. –Não faz isso. –Riu.
-Você é uma princesa e princesas giram. –A girou novamente.
-Como você é romântico. Quem diria que debaixo de todo o mau humor matinal e da barba por fazer existia um coração.
-Como você é engraçadinha. –Disse a puxando.
-Fazer o que se nasci encantadora desse jeito. –Riu enquanto passava os braços envolta do pescoço dele.
-Que gracinha. Já falei que você devia ser comediante?
-Já, umas trezentas vezes.
-E por que você não seguiu meu conselho ainda?
-Você não é tão bom conselheiro.
-Nossa, magoou. –Fez bico.
-Aw, desculpe. Esqueci que você tinha coração. –O beijou no rosto.
-Que fofos! –Gabriela gritou atrás deles.
-Vocês não tinham ido ao Musée Du Louvre (Museu do Louvre)? –Zac perguntou.
-Sim, mas já voltamos. Gabriela queria bisbilhotar vocês. –Alexandra disse.
-Alexandra. –Gabriela protestou olhando para a amiga.
-Que foi? Só disse a verdade.
-Você fala como se só eu quisesse bisbilhotar. Você queria também, esqueceu?
-Eu queria acompanhá-los à distância, assim poderíamos flagrar alguns beijos, mas não, você tinha que se aproximar.
-Meninas, por favor. Não briguem. –Vanessa pediu.
-Desculpem-nos, não queremos estragar a noite de vocês. –Alexandra disse.
-Falando nisso, por que não vamos dar uma voltinha no La Seine (Rio Sena)? –Alex perguntou sorrindo. –É romântico, perfeito para um casal. –Arqueou a sobrancelha.
-Eu iria sugerir isso, mas apenas para mim e Vanessa. –Zac disse olhando-a.
-Mas você não se incomodaria se nós fossemos também, certo?
-Na verdade, eu me incomodara sim, mas vocês podem ir.
-Ah, sendo assim nós não vamos. –Alexandra disse.
-Por que não? –Alex perguntou.


-O casal precisa de privacidade, ué.
-Eu não sei vocês, mas eu vou sim.
-Alex. –Gabriela o repreendeu.
-Não acho que seja oportuno, Alex. –James disse.
-Eu não me importo com a opinião de vocês, a Vanessa também é minha amiga.
-Então respeite a privacidade dela e de Zac.
-O bateaux mouches (barco-mosca) é grande, eles vão ter bastante espaço.
-Alex.
-Parem, por favor. Se o Alex quer ir, que vá. –Vanessa disse apoiando a cabeça no ombro de Zac.
-Sendo assim eu vou também, só para garantir que ele não faça besteiras. –Gabriela disse fazendo os amigos rirem.
-Tudo bem, Gabi. Vamos todos, então. –Disse entrelaçando sua mão na de Zac novamente. Eles seguiram até a beira do rio e pegaram o barco que atravessaria o rio. Zac e Vanessa ficaram na parte de trás do barco fazendo Tyler, James, Gabriela, Alexandra, Jason, Louis, Blake, Fred e Amy, amiga da Vanessa do café, ficarem na parte da frente. –Não acho que vai funcionar. –Sussurrou no ouvido de Zac.
-Vai sim. Se dermos algumas demonstrações de carinho eles logo vão parar de olhar. Senta no meu colo. –Ela fez o que ele havia pedido e passou os braços pela cintura dele.
-Até que é confortável.
-Obrigado pela parte que me toca. –Beijou a cabeça dela.
-Como você faz para manter a forma? Não vi você malhar ou falar de academia uma vez se quer.
-O trabalho exige muito de mim e duas vezes na semana temos treinamento.
 -Ah, sim. Pensei que era genética.
-Meu metabolismo é bem acelerado, o que ajuda um pouco.
-Ai, já vai se achar. Pra que eu fui comentar? –Riu.
-Quem te houve, pensa que eu sou narcisista.
-E é de vez em quando.
-Amor próprio não faz mal a ninguém e você também não fica pra trás.
-Posso te fazer uma pergunta pessoal?
 -Claro.
-O que achou do meu beijo?
-Doce.
-Hm.
-Por quê?
-Meu último namorado disse que eu beijava mal.
-O Jean?
-Uhum.
-E você acreditou nele? Ele só falou aquilo por que estava zangado, afinal, você chutou ele. 
-A Nina disse o mesmo. –Riu.
-Por que é a verdade. Seu beijo é doce, como você por completo.
-O seu também não é ruim.
-Nossa, obrigado pela parte que me toca. –Riu.
-Podemos repetir?


-Han? –Perguntou confuso.
-O beijo. Só para pararem de nos olharem.
-Ah, claro. Tudo bem então. –Ela olhou pra ele. –O que você está esperando? Vem, ué.
-Por quê eu?
-Por que você pediu.
-Que chato, você hein.
-Meu pai me ensinou que quando queremos uma coisa, nós que corremos atrás porque elas não virão até nós.
-Seu pai era narcisista também?
-Um pouco. –Riu. –Vem logo, mulher.
-Olha, você abaixa o tom por que eu sou uma pessoa delicada e doce, como você mesmo já disse. –Fez graça.
-Vem logo bebê. –Disse meloso.
-Ai, que brega. Bebê não, por favor. –Riu
-Meu bebê. –Começou a balançá-la, como se a tivesse ninando.
-Para. –Riu alto chamando a atenção dos amigos. –Isso é irritante.
-Não é nada. Você amava.
-Passado, hoje odeio.
-Odeia nada.
-É, não odeio, mas lembra a minha mãe então para.
-Tudo bem, desculpa.
-Só desculpo com uma condição.
-Mas você adora ser a princesa, não é? –Perguntou já sabendo qual era a condição.
-Sou uma mulher, fazer o que. –Disse sorrindo. Ele se curvou e a beijou.


-Aw, que fofos. –Gabriela gritou do banco da frente do barco.
-Um pouco de privacidade, por favor. –Vanessa pediu se escondendo na jaqueta do Zac fazendo os amigos rirem.
-E você estavam preocupados comigo, não era? –Alex perguntou arrancando gargalhadas de todos.

[...]

-Obrigado pela noite maravilhosa. –Vanessa disse assim que os amigos entraram na república.
-Não há de que. Quis aliviar o peso das suas costas, sabe? Facilitar seu trabalho.
-E funcionou muito bem. Quase que eu acreditei que estávamos namorando de verdade.
-Sou um ótimo ator, já disse. –Falou fazendo-a rir.
-É, você é bom sim. Dá pra ser um extra. –Riu.
-Eu diria o principal.
-Extra.
-Principal.
-Extra.
-Principal. –Disse pondo o rosto dela entre as mãos e balançando de um lado para o outro enquanto espremia as bochechas dela.
-Extra. –Falou com as bochechas espremidas fazendo os dois rirem. –Obrigado, de verdade. –Apoiou-se na ponta das sapatilhas e deu um selinho nele. –Boa noite, Zac.
-Boa noite, Nessa. –Falou vendo-a entrar na república. Eles haviam combinado que ela dormiria lá naquela noite, afinal, as meninas fariam uma festa do pijama. Ele voltou para o carro e dirigiu até o seu apartamento pensando no que havia acontecido. "Coisa do momento" pensou "Efeito do álcool, talvez" dizia pra si mesmo.

-----X-----

Está aí o capitulo meninas, espero que gostem.. obrigado a quem comentou e desculpem a demora. Hm, nosso casal perigo está tendo seus momentos, hein? O que acham? Dei esse doce pra vocês para me redimir pela demora dos últimos capítulos. Se divirtam e comentem. Quero deixar para vocês o blog de uma das minhas leitoras prediletas, Rafaela Diniz, Nothing Like Us. Eu dei uma lidinha rápida e posso garantir que é contagiante. Até segui. Façam o mesmo, não vão se arrepender.

Xx

terça-feira, janeiro 21, 2014

Capitulo 17

Já fazia um mês que Vanessa estava nesse vai e vem como protegida do FBI. Alex já havia aceitado a situação, mas sempre que podia implicava com o Zac. Este, porém, estava começando a ter problemas com o gênio de Vanessa.

-Eu já disse que NÃO. –Gritou impaciente olhando nos olhos azuis do loiro.
-Vanessa, o nosso prazo está terminando. Já temos uma amizade sólida para teus amigos, precisamos avançar.
-Mas Zac...
-Está cada dia mais difícil te esconder do Flecher, Vanessa. Ele é como uma sanguessuga, o tempo todo a espreita para sugar algo. Precisamos agilizar com isso para voltarmos o mais rápido possível para os EUA.
-Não dá pra esperar mais?
-Não, não dá. Eu já adiei demais por sua culpa. Seus amigos estão mais do que convencidos que somos amigos e tem a total confiança em mim. Até Alex que sempre que pode me ataca confia em mim.
-Eu não sei Zac. –Abaixou a cabeça. –Eu não quero sair da França, não quero deixar meus amigos.
-É o melhor, Vanessa. Tanto para você como para eles.
-Eu não sei. –Olhou para ele com os olhos marejados.
-Você não vai perdê-los e sim ganhar novos amigos. Eu, Nina e Ian. –A abraçou revirando os olhos. Odiava trabalhar com mulheres por isso. TPM sempre era um problema.
-Eu não sei.
-Sim, você sabe. Você sabe que é o melhor. –A beijou na cabeça.
-Será mesmo?
-Você não confia em mim?
-Confio.
-Então não deve existir duvidas. Você sabe que eu não faria nada para te prejudicar.
-Tudo bem. –Ficaram alguns minutos abraçados até que ela se levantou. –Então vamos descer, eles estão nos esperando.
-Vamos. Eu só preciso testar uma coisa. –Disse procurando algo no casaco.
-O que?
-O anel de compromisso. –Tirou uma caixinha do bolso.
-Não achas demais?
-Sou um homem romântico, gosto de fazer como manda o figurino.
-Sei. Nem passou pela sua cabeça que isso irritaria o Alex sempre que ele me visse. –Debochou.
-Não, nem Alex e nem Jason. –Disse sorrindo. –Me dê a sua mão.
-Ai, eu não sei. Não dou minha mão para qualquer um. –Brincou.
-Eu não sou qualquer um.
-É um qualquer. –Riu.
-Nossa, já pensou em ser comediante? Iria lotar os estádios.
-Engraçadinho.
-Fazer o que, nasci assim. –Disse pondo o anel no dedo anelar direito dela. –Perfeito.
-Não sei não, acho que ficou apertado.
-Melhor ainda, não saí nem se você quiser. Vai que surgem oportunidades.
-O que você está querendo insinuar seu agente de meia tigela?
-O problema não está nas minhas palavras e sim na sua cabecinha. Só falei que podem surgir oportunidades.
-Oportunidades de comprar arroz que não é, né Zac? Eu não sou mulher de trair, nem que seja de mentirinha.
-Você é imperativa, Vanessa. –Disse guardando o anel na caixinha.
-Imperativa não é sinônimo de safadeza.
-Uma mulher zangada é capaz de tudo.
-Que bom que você sabe. –Disse olhando-o com os olhos semicerrados.
-Que bonitinha, parece chinesinha. –Disse apertando as bochechas dela.
-Idiota. –Riu afastando as mãos dele.
-Vamos?
-Vamos. –Disse pegando na mão dele.

[...]

-Então, Zac. Algum motivo especial para esse jantar? –Gabriela perguntou depois de tomar um gole de vinho. Zac havia convidado os amigos de Vanessa da republica e do trabalho para um jantar no L'Ambroisie, um dos melhores restaurantes de 3 estrelas da França.
-Na verdade, sim. –Disse olhando para Vanessa que engoliu em seco. –Eu queria comunicá-los que eu não quero ser apenas um amigo de Vanessa, quero algo a mais com ela e a opinião de vocês é muito importante tanto para mim como para ela. O que me dizem? Aprovariam uma relação mais íntima entre mim e ela?
-Bom... –Alexandra disse olhando para os amigos. –Acho que isso não é da nossa conta. A vida particular de vocês é algo em que não devemos nos meter.
-Mas agradecemos e admiramos a sua consideração para com a nossa opinião. –James completou.
-Eu sabia que cedo ou tarde isso ia acontecer. Espero que sejam felizes, apenas isso. Vocês tem meu apoio. –Disse Gabriela.
-La seule opinion qui compte, c'est Vanessa. Elle est d'accord? (A única opinião que importa é a de Vanessa. Ela está de acordo?) –Jason perguntou encarando a morena.
-Oui, je suis d'accord. (Sim, eu concordo.) –Vanessa respondeu gaguejando.
-Vraiment? (É mesmo?)
-J'ai déjà dit oui. (Eu já disse que sim). –Bufou. –Eu agradeço o apoio e a compreensão de vocês. –Olhou para os amigos.
-A sua felicidade em primeiro lugar. –Disse Alex debochado.
-Então Nessa, agora é pra valer. –Disse Zac ignorando Alex. –Você aceita namorar comigo? –Perguntou segurando na mão dela.
-Sim, eu aceito. –Respondeu corando.
-Yeeeeeeah. –Os amigos comemoraram e bateram palmas enquanto Zac beijava a bochecha dela.
-Como assim beijo na bochecha? Vocês são namorados agora, nada disso. –Gabriela disse encarando os dois. –Um beijo de verdade, como os casais fazem.
-Gabi, não acho que seja conveniente fazer isso aqui. –V disse a repreendendo com o olhar.
-Todos nós acabamos de cometer uma garfia por sua causa. Berramos e batemos palmas como se estivéssemos num teatro, o mínimo que você pode fazer é beijar o seu namorado.
-E eu vou beijar, mas não aqui e muito menos na frente de vocês.
-Vamos, Vanessa. Nós merecemos vê o primeiro beijo oficial de vocês. –Alexandra pressionou.
-Eu não quero vê. –Disse Alex.
-Viram? O Alex não quer vê. Não sejam egoístas, até por que estamos jantando.
-E o que tem de errado nisso? Até parece que ninguém aqui beijou antes ou viu algum beijo. Não estou pedindo pra vocês transarem e sim darem um beijo.
-Alexandra...
-Não quero saber. Queremos um beijo. Vamos, iniciem esse namoro logo. Só palavras não bastam, tem que ter ações e gestos para ser consumado. –Vanessa corava cada vez mais. –Até parece que você não quer, Vanessa. Eu sei que você quer.
-Não entendo o por que de você estar corando tanto. Estamos entre amigos e ele é seu namorado. Vamos, um beijinho. –Gabriela insistiu.
-Mas...
-Nós não vamos desistir. –Assegurou-lhe.
-Argh, tudo bem. –Disse olhando para Zac.
-Nossa, até parece que você não quer beijá-lo.
-E eu não quero. Bom, não na frente de vocês.
-Mas vai ter que fazer, anda. Beija logo. –Vanessa olhou pra Zac e ele apenas assentiu.


-Yeaaah. Viu? Não foi tão difícil. –Gabriela disse sorrindo.
-Calada.
-Que beijinho sem graça. –Disse Alex. –Esperava mais emoção, sabe?
-Problema seu, Alex. –Disse Vanessa dando um gole no vinho.
-Ui. Zac, boa sorte com a ferinha.
-Eu vou saber domá-la, não se preocupe. –Disse sorrindo.
-Não sou bicho para ser domada. –Se meteu na conversa.
-Mas age como um.
-Olha quem fala. Não posso nem me mexer na cama direito que você reclama.
-Como assim? –Gabriela perguntou semicerrando os olhos.
-Que? –Percebeu que tinha falado de mais quando Zac a beliscou disfarçadamente.
-Você disse que não pode se mexer na cama que ele reclama.
-Eu não disse nada.
-Disse sim.
-Não disse.
-Disse.
-Vocês já transaram? –Alexandra perguntou encarando-os. –Transaram. –Afirmou.
-Não não não não não não e não. –Disse negando com a cabeça. –Eu já disse não?
-Então por que você disse...
-Nós somos amigos de infância, lembra? –Zac se intrometeu na conversa. –Já dormimos juntos diversas vezes, como amigos, é claro.
-Mas você poderia ter mudado o hábito.
-Você já dormiu com ele? –Vanessa perguntou. –Alexandra, é sério. Os maus costumes são eternos. Se ele tivesse mudado esse hábito, maldito diga-se de passagem, o mundo inteiro tremeria.
-Como você é engraçada. –Z disse a puxando para um abraço fazendo-a rir.
-Você me ama, confesse.
-Você que está me enchendo de elogios.
-Aw, eles não são fofos? –Blake perguntou fazendo todos rirem.

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Bom meninas está aí o capítulo. Desculpem a demora, prometo compensá-las por isso. Nosso casal perigo já está "namorando", mas como será para manter essa farsa? E rolou beijinho uhuuu \o/ Agora que a fic vai ficar boa. Já adianto que vocês darão altas risadas durante esse "namoro" skalskaksla Curtam e comentem bastante.
Xx

sexta-feira, janeiro 17, 2014

Pedido de desculpas + aviso

Meninas, quero pedir desculpas pela demora do capítulo. Eu tive e estou tendo sérios problemas com o blogger. Minha irmã criou um gmail na minha conta e eu perdi a senha e o domínio dos blogues, mas estou fazendo de tudo para recuperá-los o mais rápido possível. Acho que amanhã ou domingo eu posto um capítulo novinho. Me desculpem mais uma vez.

Xx

sexta-feira, janeiro 10, 2014

Capítulo 16

-Era o que me faltava. –Zac sussurrou enquanto pegava os braços de Vanessa a fazendo abraça-lo.
-O que você quer aqui, Jason? –Vanessa perguntou bufando.
-A rua é publica, posso ficar aqui quando quiser. –Respondeu o francesinho amargo.
-Na verdade, você está na calçada e ela faz parte da república. Se eles quiserem te denunciar por invasão, eles podem. –Zac respondeu.
-E se eu quiser te denunciar por agressão, eu posso.
-Mas eu não estou agredindo ninguém, estou Vanessa? –Ele perguntou olhando para ela.
-Não, não está. –Ela respondeu abraçando-o ainda mais. –Jason, o que você...
-Nós escutamos você gritando, achamos que você poderia está correndo perigo e vinhemos ver o que era. –Disse Tyler aparecendo atrás dele. –Pelo visto, nos enganamos.
-Nós vamos deixar-vos a sós. –Disse James. –Com licença e desculpem a interrupção.
-Tudo bem. –Disse Vanessa. Tyler e James viraram-se e entraram novamente na republica acompanhados por Jason que antes de entrar encarou o casal. –Ok, eu acho que você arranjou um inimigo.
-Percebeu isso agora? –Perguntou Zac a rodando.
-Eu vou ter uma séria conversa com ele antes de nós dois sairmos novamente.
-Por quê?
-Como por quê? Por que ele tentou te agredir.
-Eu sei me defender sozinho.
-Eu sei que sim, mas acredito que o agente Smith não aprovaria se você se defendesse.
-Eu não me importo com o que o agente Smith aprova ou deixa de aprovar. Ele só está na liderança dessa missão por que eu não o quis fazer.
-E por que não?
-Por que não poderia te proteger tão intimamente como estou fazendo.
-Ah.
-Eu vou voltar para o carro.
-Tudo bem, mas traz ele para mais perto. Eu não vou aguentar andar aquilo tudo com peso nas costas.
-Ok sua sedentária. –Dito isso, ele lhe beijou na testa e se virou para ir. Ela suspirou e entrou na republica.
-Jason, eu quero falar com você. –Disse olhando para o francês que estava emburrado no canto.
-Oui, mademoiselle. (Sim, senhorita). –Disse se levantando.
-Qui pensez-vous est d'attaquer Zac? (Quem você pensa que é para atacar o Zac?) –Perguntou a morena visivelmente irritada.
-Il vous a fait pleurer. (Ele fez você chorar). –Se defendeu.
-C'est pas de vos affaires. (Isso não é da sua conta.)
-Cependant... (No entanto.) –Tentou falar, mas ela o interrompeu.
-Cependant rien. La prochaine fois que vous essayez quelque chose contre lui, tu le regretteras. (No entanto, nada. A próxima vez que você tentar algo contra ele, você vai se arrepender.) –Disse a morena apontando para ele sentindo todo o seu corpo fervendo de raiva. Os amigos olhavam a cena espantados. Nunca haviam visto Vanessa tão furiosa assim. Ela se virou e correu para as escadas. Sentiu alguém a seguindo, mas ignorou. Entrou no quarto e trancou a porta.
-Vanessa, abre essa porta. –Gritou Alex batendo violentamente na porta.
-Não. Eu quero ficar sozinha.
-Precisamos conversar.
-Eu não tenho nada para falar com ninguém. Me deixa em paz. Eu quero dormir.
-Vanessa...
-Vai embora.
-Se fosse ele...
-Se fosse ele quem, Alex? –Perguntou abrindo a porta. –Ele quem?
-O seu amiguinho do FBI, ou digo namoradinho?
-Alex, por favor, não seja patético. Você é meu melhor amigo, deveria me conhecer melhor do que ninguém. Por que eu mentiria para você? Já falei que meu relacionamento com o Zac é somente profissional.
-Mas o modo que você o defendeu...
-Era o certo. Eu tenho que agir como se estivesse apaixonada por ele. Vamos ter um relacionamento, esqueceu?
-E tem como esquecer isso?
-É para a minha segurança, Alex. Se não fosse, eu não traria um estranho para dentro de casa.
-Tudo bem, me desculpe. Eu agi por impulso.
-Mas agora é sério, eu preciso ficar sozinha. Estou muito cansada e preciso acordar cedo amanhã.
-Quando você estiver saindo me mande uma mensagem.
-Ok.
-E outra quando chegar seja lá onde for que você dorme.
-Tudo bem. –Disse dando um sorrisinho antes de abraçar o amigo. –Bonne nuit. (Boa noite.)
-Bonne nuit. (Boa noite.)

[...]

-Aqui, cobertores para você. –Disse Zac entrando no quarto.
-Não precisava. –Disse Vanessa pegando os cobertores.
-Precisava sim. Eu percebi o quanto você tremia ontem a noite.
-Ham... Obrigado. –Disse envergonhada.
-Por nada. Vamos fazer um trato.
-Diga.
-Nada de mentiras entre nós dois, por mais boba que seja. Vamos conviver juntos por muito tempo, por isso acho melhor termos a melhor das relações.
-Tudo bem, então. -Disse estendendo o mindinho. Ele riu, mas concordou. –Então, vai dormi aqui?
-Vou, afasta pra lá. –Disse empurrando ela para a ponta da cama a fazendo gargalhar.
-Idiota. –Disse entre risos.
-A Nina pediu seu telefone, mas eu preferi perguntar pra você primeiro.
-Mas ela me mandou uma mensagem agora a pouco.
-É, eu sei, mas foi ela que fuxicou nos arquivos e conseguiu.
-Seeeei. –Disse rindo.
-Então, boa noite. –Disse apagando a luz do abajur.
-Boa noite. –Disse se ajeitando nas cobertas. –Zac? –Perguntou minutos depois.
-Hm? –Perguntou sonolento.
-Não consigo dormir.
-Quer um copo de leite?
-Não... Quero conversar. –Ele resmungou e ligou o abajur antes de se virar para ela.
-O que houve? –Perguntou passando a mão no rosto visivelmente cansado.
-Eu não sei. Discuti com o Jason, mas isso não me pareceu tão mal até discutir com o Alex.
-Mas vocês não fizeram as pazes?
-Sim, mas... Eu não sei. Tenho medo de ele não conseguir suportar a vida dupla que vai levar sabendo desse segredo.
-Isso não deveria te preocupar, afinal, ele já escondeu coisa muito pior de você.
-Mas ele é meu melhor amigo... Eu não sei. Acho que não deveria ter metido ele nesse rolo.
-Ele estava com você quando aconteceu a tentativa de assassinato. Ele tinha que saber.
-Eu poderia ter inventado alguma coisa.
-Ele descobriria. Ele continua mantendo contato com a gangue, eu já te disse isso.
-Eu sei, mas sei lá. É como eu me sinto.
-Você está assim por culpa da discussão de vocês. Ele é seu melhor amigo e você já criou a ideia de que as coisas só são boas se ele aprovar ou estiver envolvido. Você está muito apegado a ele.
-Ele esteve do meu lado nos piores momentos.
-Eu sei, mas está na hora de desapegar, senão, você quem vai sofrer no final de tudo.
-Mas eu preciso de amigos.
-Eu posso ser seu amigo, juntamente com Ian e Nina.
-Agradeço sua preocupação comigo. Eu sei que preciso me adaptar a essa nova vida de protegida do FBI e te peço paciência comigo, pois preciso de tempo.
-Tudo bem, eu sei ser paciente. –Ela deu um sorrisinho. –Melhor agora?
-Sim, obrigado e desculpe por te acordar. Você está péssimo.
-Ah, obrigado pela parte que me toca. –Disse sorrindo enquanto se ajeitava nas cobertas.

[...]

-Bonjour (Bom dia) lady Vanessa. –Disse Fred assim que a morena entrou na área dos funcionários.
-Bonjour (Bom dia) Fred. –Disse sorrindo.
-Hm, a lady Vanessa está tão feliz hoje que nem brigou comigo por chamá-la de lady. –Disse olhando para Blake.
-Acho que tem homem na história. –Blake disse olhando a colega de trabalho. –Ela mudou até o penteado, olha.
-Não sejam bobos. Eu apenas quis variar um pouco, eu hein. –Respondeu Vanessa.
-Sabemos, sabemos. Pra quem teve uma queda de pressão, até que você está bem. Radiante na verdade.

-Blake, por favor. –Disse sem graça.
-Eu não digo nada. Vou trabalhar já que você não vai confessar mesmo.
-Como vocês são bobos. –Disse V pegando seu bloco de anotações. Ela estava feliz sim, mas não pelo que os outros achavam. Ela estava feliz, pois era a primeira vez que trabalhava desde que descobrira a verdade sobre seu pai. A única coisa que parecia normal para ela era o trabalho. Era como se nada tivesse mudado. Um casal sentou-se em uma das mesas que ela servia. Ela foi até eles. –Bonjour, vous ce...(Bom dia, o que...) ah não. Vocês estão brincando comigo? –Questionou reconhecendo Nina e Ian.
-Olha como ela nos trata, querido. Não vamos dar a gorjeta. –Ela fez piada.
-Quero falar com o gerente. –Disse Ian vendo Vanessa o encarar.
-Sério, gente. O que vocês fazem aqui? Não me digam que vieram tomar café? –Perguntou a morena debochada.
-Acho que é isso que se faz numa cafeteria, não é?
-Sério que nem no meu trabalho vocês não vão me deixar em paz? É o único lugar onde o mundo parece normal para mim, ou era né.
-Vinhemos tomar um café, querida, apenas isso. –Disse Nina.
-Por que eu não acredito nisso?
-Por que não é verdade. –Disse Ian. –Durante o dia, você verá muitos rostos conhecidos. São os agentes que estão te protegendo. Nós somos os da manhã de hoje, mas amanhã eu serei o da noite e a Nina a da tarde.
-Ian. –Nina o repreendeu.
-O que? É melhor dizer logo pra ela.
-E o Zac, não vem? –V perguntou interessada, Nina percebeu.
-Vem, mas ele não tem horários regrados. Ele vem na hora que quiser, mas acredito que durante a noite será o horário mais frequente.
-Eu não duvido.
-Então, vai anotar o nosso pedido ou não? Temos que trabalhar, querida Vanessa. –Disse Ian debochado.
-E tem pessoas olhando, Vanessa. –Disse Nina olhando discretamente para dentro do estabelecimento.
-Tudo bem, o que vão querer?
-Um café expresso para mim e um Cappuccino para Ian.
-Ok. –Disse anotando tudo e se retirando em seguida. Chegou a cozinha e entregou as anotações para Fred. –Um café expresso e um Cappuccino, Fred.
-Ok, lady Vanessa. –Disse a fazendo revirar os olhos.

[...]

-Le bonsoir, ce que vous voulez? (Boa noite, o que deseja?) –Vanessa perguntou pegando o caderno de anotações do bolso.
-Não acha que já passou da hora? –Questionou Zac a assustando.
-Estou fazendo hora extra pra compensar a falta de ontem. Mas que susto, homem. Pra que essa capa e esse chapéu?
-Um disfarce. Então, vai demorar muito?
-Não, daqui a quinze minutos a cafeteria fecha.
-Então, me traz um café amargo.
-Apenas isso?
-Oui. (Sim.) –Ela se virou e entrou na cafeteria de novo.
-Um café amargo, Fred. –Disse Vanessa.
-Ok lady Vanessa. Não sei por que decidiu fazer hora extra.
-Não gosto de dever nada a ninguém.
-Mas sua falta foi justificada, lady Vanessa.
-Mesmo assim, Fred.
-Então, vai fazer alguma coisa hoje a noite? –Perguntou enquanto preparava o café de Zac.
-Está me chamando para sair, Fred?
-Como amigos lady Vanessa.
-E sua namorada aprovaria essa ideia?
-A fofoqueira da Blake não te contou? Eu estou solteiro novamente.
-Ham. E foi você ou ela?
-Foi algo em conjunto.
-Traduzindo, ela. –Disse sorrindo.
-Engraçadinha. –Brincou com o cabelo dela.
-O café sai ou não? –Zac questionou no ouvido dela fazendo-a se arrepiar toda.
-O café está saindo, mas eu preciso de espaço. –Disse empurrando-o de lado.
-Só queria saber.
-Pois agora já sabe. –Disse repreendendo-o com o olhar.
-Então vou me sentar aqui. –Disse puxando uma cadeira de uma mesa próxima da cozinha.
-Você o conhece? –Fred perguntou aos sussurros.
-É um amigo de infância. –Disse pegando o café do balcão se virando logo em seguida. –Aqui, senhor. –Disse pondo o café na mesa de Zac.
-Merci beaucoup. (Muito obrigado). –Disse puxando uma cadeira ao lado dele. –Sente-se.
-Estou em horário de trabalho.
-Não tem mais ninguém aqui.
-A esposa do dono está.
-Ela é uma mosca morta.
-Só se for para você. É mais brava do que o marido.
-Não seja boba, sente-se. –Disse a puxando para seu colo.
-Zac. –Se levantou.
-Sente-se um pouco. Passou o dia em pé.
-Não posso. Termine seu café e nós iremos.
-Tudo bem. –Disse terminando o café num gole. –Vamos. –Disse se levantando e entregando algumas notas na mão dela.
-Vou fechar o meu expediente, me espere no carro.
-Tudo bem. –Disse lhe dando um beijo na testa antes de sair.
-Já entendi por que a lady Vanessa anda tão radiante. –Disse Fred.
-Calado, Fred. Você não sabe de nada. –Disse tirando o avental.
-Eu sou homem, Vanessa.
-E dai? Eu sou uma mulher.
-E dai que eu sei que ele não é apenas seu amigo.
-Sim, ele é. Bonne nuit Fred. (Boa noite). –Disse passando o cartão de identificação na maquina.
-Bonne nuit lady Vanessa. (Boa noite). –Disse sorrindo. Viu Vanessa atravessar a rua e entrar em um carro.

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Está aí o capítulo. Desculpem a demora, o blogger estava com falhas e eu não consegui atualizar esse blog. Espero que gostem. Obrigado a quem comentou e sejam bem vindas as novas leitoras.
Xx