-Agora vamos. –Disse Zac lhe estendendo a mão.
-Que? –Perguntou ela intrigada com o ato.
-Me dê a sua mão.
-Não. Eles já têm motivos suficientes para falarem de nós
dois por uma semana.
-Não seja fresca. Me dê logo sua mão.
-Você pode falar o que quiser, sou eu que vou enfrentá-las
depois.
-Se você fizer o que eu digo, não vai precisar dizer nada.
Vai estar óbvio.
-Não.
-Vai mesmo querer discutir? –Perguntou ele cansado.
-Se for preciso. –Ele deu um sorrisinho. –O que?
-MAS QUE DROGA
VANESSA. –Gritou ele assustando todos lá em baixo.
-Que diabos você pensa
que esta fazendo? –Perguntou ela aos sussurros assustada com o ato.
-Você não queria discutir? Estamos discutindo. VOCÊ NÃO VAI ASSIM.
-SERÁ QUE VOCÊ PODE
PARAR DE GRITAR? DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?
-Nossa discussão será sobre sua roupa, e quando chegarmos,
ninguém vai te incomodar. ESSE PEDAÇO DE
PANO RIDÍCULO. DESDE QUANDO AS ROUPAS SÃO VENDIDAS PELA METADE?
-Você tem certeza que vai funcionar?
-Tenho.
-Tudo bem. –Disse respirando fundo. Ele deveria saber o que
estava dizendo. E se não soubesse, azar o dele, pois ela o mataria. –EU VOU SIM. E RIDÍCULA É ESSA SUA MANEIRA
DE PENSAR QUE PODE ME CONTROLAR.
-VOCÊ PENSA QUE ESTÁ
FALANDO COM QUEM? NÃO SOU SEUS AMIGUINHOS SE É O QUE VOCÊ ACHA.
-EU SEI QUE NÃO. ELES
TÊM EDUCAÇÃO.
-ELES SÃO CRIANÇAS.
-QUE? –Perguntou
realmente assustada. –Enlouqueceu foi?
Quer ser expulso daqui?
-Eu sei o que estou fazendo. No carro te explico. VOCÊ MUDOU MUITO, HUDGENS.
-QUEM MUDOU FOI VOCÊ,
SEU... SEU OGRO.
-SE EU SOU UM OGRO O
QUE VOCÊ É? A FIONA? –Ele disse sério, mas ela não pode deixar de rir. –Não
estraga, Vanessa.
-VAI PRO INFERNO.
–Gritou ela gargalhando e descendo escada abaixo. –Você é um babaca. –Parou no
meio da escada enquanto ria.
-Quanto amor. –Disse a abraçando por trás quando chegaram ao
último degrau. Ela se assustou, mas deveria fazer parte do plano.
-Corrida? –Perguntou se desprendendo do abraço.
-Você realmente gosta de perder pra mim, não é? –Disse
sorrindo percebendo que ela estava entendendo a ideia dele.
-Você continua o mesmo iludido de sempre.
-Assim me apaixono. –Riu.
-Idiota. –Disse lhe dando um empurrão. –Estamos indo. Não me
esperem para o almoço.
-E nem para o jantar. –Zac completou passando o braço
esquerdo pelo ombro dela.
-A tour é pela cidade, não pelo país.
-E como agradecimento te pago um jantar.
-E porque não o almoço?
-Cala a boca, criança. E vamos logo. Temos muito o que fazer
hoje.
-Eu que dou as ordens. Manda quem pode e obedece...
-Quem quer e eu não quero e nem pretendo.
-Cancelo nossa tour. –Disse recomeçando a subir as escadas.
-Fiona... –Disse ele puxando-a pelo braço.
-É a mãe. –Disse enchendo-o de tapas enquanto gargalhava. Os
amigos de Vanessa os olhavam e podiam jurar que os dois já se conheciam há anos
e não há poucas horas. –Agora vamos. –Disse parando de rir. –Gabriela, me faz
um favor?
-Depende. –Disse coçando o olho.
-Quando Alex acordar, diga que vou matá-lo por me deixar tão
preocupada.
-Ah, claro. Digo sim. –Riu.
-Vous étiez
tellement inquiet pour Alex qui a passé la nuit dehors. (Você estava tão
preocupada com o Alex que passou a noite fora.) –Disse Jason em tom debochado.
-Vanessa était tellement inquiet Alex que sa tension
artérielle a chuté et je lui ai emmené à l'hôpital. (Vanessa estava tão
preocupada com Alex que sua pressão arterial caiu e eu a levei para o hospital.)
–Disse Zac passando a mão pela cintura de Vanessa.
- Si Vanessa est si malade, elle doit rester au lit et. (Se
Vanessa está tão doente, ela tem que ficar na cama.)
- Ne vous inquiétez pas, Jason. Si quelque chose arrive à
Vanessa, je sais prendre soin d'elle. (Não se preocupe, Jason. Se algo
acontecer a Vanessa, eu posso cuidar dela.) –Um alarme soou. –Que droga.
–Gruniu ele indo em direção à porta.
-Que foi? –Perguntou Vanessa.
-Alguém chegou perto do carro. –Disse abrindo a porta e viu
que era um guarda aplicando uma multa. –Isso é um absurdo. Não fiz nada de
errado. Isso é preconceito porque o carro é de origem inglesa.
-Pode até ser, mas também é proibido estacionar ali.
-Não é não.
-Sim, é. É proibido a partir das seis da manhã.
-NOUS AVONS SAUVÉ LEUR PAYS ET C’EST AINSI QUE VOUS NOUS
REMERCIEREZ? (Nós salvamos seu país e é assim que nos agradecem?)–Gritou ele
indo em direção ao guarda.
- Américaine (americanos). –Disse Jason com deboche. Todos
na república, até mesmo Louis que era seu irmão, o olharam com a cara fechada.
-Ele está certo. Nós americanos que salvamos sua pátria.
–Disse James.
-Seus ancestrais, não vocês em si.
-Você entendeu, Jason. –Disse Vanessa. –Acho que vou vê
Alex.
-Ele vai demorar mesmo. Se não tomar cuidado com as palavras
pode até ser preso.
-Duvido. –Disse Vanessa rindo. –Volto já. –Disse subindo as
escadas correndo. Bateu na porta do quarto de Alex e nada. Deveria estar
dormindo. Ele precisava, afinal... Lágrimas tomaram conta de seus olhos quando
lhe veio à memória todo o pesadelo da noite passada. Seu amigo no chão
agonizando. Ela entrou no quarto e o encontrou dormindo. Aproximou-se da cama
dele e acariciou-lhe a face. Ele se mexeu um pouco antes de abrir os olhos.
-Desculpe. Não queria te acordar. –Disse enxugando as
lágrimas.
-Não tem problemas. Estava esperando você. Temos que
conversar.
-Depois. Agora você precisa de descanso. Está melhor?
-Na medida do possível. –Sorriu sem forças. –Eu quero te
dizer que...
-Não, não diga nada. Conversaremos outra hora.
-Promete?
-Prometo. Não pense que vai fugir de mim assim tão fácil.
–Sorriu. –Ainda quero saber como fez para enganá-los.
-Tenho um dom. –Riu e Vanessa pode perceber o quão fraco ele
estava.
-Por que não esta em um hospital? Você está fraco e precisa
de cuidados.
-Estou melhor aqui. Hospitais me deixam depressivo.
-Você não muda. –Negou com a cabeça. –Vou te deixar
descansando. Depois eu volto.
-Vai sair? –Perguntou notando as roupas dela.
-Sim, só volto à noite, eu acho... Estou descobrindo a
verdade sobre minha família. Assim que eu chegar volto aqui para te contar.
-Vou ficar te esperando.
-Espere dormindo. –Sorriu. Depositou-lhe um beijo na face e
se retirou. Respirou fundo e desceu as
escadas. –Estou indo. Beijo para todos e boa sorte com a entrevista Alexandra.
–Disse abraçando a amiga.
-Obrigado. Vá que seu gato lhe espera.
-Há- Há. –Fingiu uma risada.
-Está bem? –Perguntou Louis a puxando pelo braço. Louis era
da estatura de Vanessa e tinha os olhos claros e cabelo num tom loiro
platinado. Era dois anos mais novo que Jason, e mais simpático que ele também.
-Sim. –Sorriu. –Bem, se me derem licença...
-Sua carruagem lhe espera, princesa. –Tyler falou apontando
para a porta onde o carro de Zac a esperava. Era preto e os vidros fumês
impediam de ver qualquer coisa.
-Au revoir (Até logo.) –Disse ela saindo e sendo acompanhada
por Louis. Assim que fechou a porta do carro desabou num choro.
-O que foi? –Perguntou ele assustado parando de acelerar.
-Eu fui ver Alex. Ele está tão debilitado, tão fraco.
Lembrei-me de ontem à noite quando pensei que ele iria... –Não conseguiu completar
a frase. Ele a abraçou de lado.
-Xiiiu, não diz mais nada. Já entendi. –Terminando a frase
acelerou novamente.
-Para onde estamos indo? –Perguntou ela mais calma depois de
alguns minutos.
-Para a agência. Vou pegar seu atestado e depois vamos ter
uma reunião com dois agentes a respeito de nossa viagem para a América. Vamos
decidir quando vai ser e como executaremos tudo.
-Certo. –Seguiram o resto do caminho em silêncio. Chegaram a
agencia e Vanessa notou que era uma loja de conveniência. Ou deveria ser. –Essa
é a agência?
-Sim. Você não percebeu ontem por que era de noite, mas sim.
Parece um lugar comum, mas não é.
-Já passei aqui em frente diversas vezes... Quem diria.
–Sorriu. Desceram do carro e ela entrelaçou a mão na dele, que a olhou
intrigado. –É que me sinto mais segura assim, e não quero me perder. –Ele
apenas assentiu a apertou a mão dela. Entraram na ‘loja’ e passaram para os fundos.
O ambiente era outro. De madeira, passou a ser de metal. Entraram em um
elevador e seguiram em silêncio. Chegaram ao andar escolhido por Zac, cujo ela
não se preocupou em saber qual era, e saíram do elevador. Zac foi seguindo pelo
corredor e ela tinha que se espremer para não esbarrar em algum agente. Ele
parou e deu duas batidinhas da porta. ‘Entre’ respondeu alguém de dentro da
sala. Eles entraram.
-Bom dia. Vanessa, esses são Ian e Nina. –Disse Zac fechando
a porta atrás de si.
-Nina? –Perguntou assustada.
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Obrigada a quem comentou e pelo 'boa sorte' para o enem. Hmmmmmm, de onde será que a Vanessa conhece a Nina?? Só no próximo hehehe.
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Obrigada a quem comentou e pelo 'boa sorte' para o enem. Hmmmmmm, de onde será que a Vanessa conhece a Nina?? Só no próximo hehehe.